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13/09/2007 - 19h23

Renan descarta licença e diz que é o mais qualificado para presidir o Senado

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da Folha Online

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) deu sinais hoje de que não pretende se licenciar do cargo, como reivindica a oposição e setores da base aliada --como PSB e PMDB. Renan foi absolvido ontem no plenário do Senado com 40 votos favoráveis, 35 pela cassação e 6 abstenções.

Em entrevista excusiva para a Rádio Gaúcha, Renan disse que é a pessoa melhor qualificada para presidir o Senado após a crise que se abateve na Casa com a abertura de processos no Conselho de Ética pedindo a sua cassação.

"Se eu não tiver condições de presidir o Senado, quem vai ter nesse quadro de absoluta divisão. Todos perderam [com esse processo]. Eu perdi mais. Ganhou a democracia", disse ele na entrevista.

Diferentemente do que defenderam seus aliados, como o senador Aloizio Mercadante (PT-SP), Renan disse não pretende se licenciar da presidência do Senado. "Não pensei absolutamente nada sobre isso. Vou me recolher com minha família para descansar um pouco."

O peemedebista afirmou que o resultado de ontem significa uma reeleição para a presidência do Senado. "Não deixa de ser a renovação da confiança da Casa no presidente."

Renan reclamou do comportamento da imprensa durante o desenrolar do processo. "Sofremos [a família] nesse calvário onde o que se diz não se escreve. Se escreve o que é contra você. Não se pode falar com setores da imprensa porque não aparece [o que você diz]", afirmou ele na entrevista para a Rádio Gaúcha.

Mônica Veloso

Renan disse que assumiu a paternidade da filha que teve com a jornalista Mônica Veloso fora do casamento e que pretende ter uma relação de proximidade com a menina. Afirmou que já pediu para a Justiça o direito de ver a menina.

HÉLIO SCHWARTSMAN COMENTA ABSOLVIÇÃO DE RENAN

O presidente do Senado disse que o processo que enfrentou foi "político" e disse que errado seria ele ter contratado a jornalista para prestar serviços ao Senado.

"Pagar R$ 8.000 [de pensão] não tem proporcionalidade para o presidente do Senado. Se quisesse misturar o público com o privado, bastava dar emprego a ela, contratasse sua produtora. Aí sim era motivo de cassação. Não tem racionalidade. É uma crise artificial, inventada", disse.

Apesar de reclamar da exposição de sua vida pessoal, Renan afirmou na entrevista que não renunciou porque tinha de provar a verdade. "Ficou claro que o que importava era substituir o presidente do Senado. Deus não me deu o dom da desistência. Por isso não pude desistir. Não podia ser agente da imprudência e da impostura. Estaria aceitando as acusações."

Heloísa Helena

Ele afirmou ainda que as representações do PSOL contra ele são políticas e motivadas pela disputa entre ele e a ex-senadora Heloísa Helena em Alagoas. Ela é presidente do PSOL. "O PSOL entrou com várias representações. É uma coisa local, de Alagoas. Tem que resolver em Alagoas e não no Conselho de Ética. Se não, vai apequenar o Senado. Não pode tirar presidente do Senado por questão política porque em vez de melhorar vai piorar."

Oposição

Renan disse que vai procurar os líderes partidários para tentar apaziguar a crise gerada pelas denúncias contra ele. Tão logo tivesse um resultado, eu iria procurar os líderes para consertar situação. Usar minha habilidade e prestígio."

Ele negou que os processos contra ele tenham paralisado o Senado. "O Senado votou mais de 70 medidas provisórias. Não parou."

Sessão secreta

Renan disse que é a favor do voto aberto em determinadas situações. Segundo ele, o voto fechado protege o eleitor dos interesses da mídia, dos grupos econômicos e políticos.

"Não sou contra voto aberto. Pode haver pressões de setores da mídia, econômico e político. Nessas situações precisamos proteger o eleitor para valer a consciência e não a pressão."

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Comentários dos leitores
Welson Navas (1) 27/09/2007 18h19
Welson Navas (1) 27/09/2007 18h19
SAO PAULO / SP
O nosso futebol está no mesmo caminho dos políticos brasileiros, tramoias e mais tramóias...

sem opinião
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João Marino Delize (14) 27/09/2007 11h07
João Marino Delize (14) 27/09/2007 11h07
MARINGA / PR
Eu acho que os processos contra Renan devem correr paralelo às outras votações. Não é certo que prejudiquem o país dando maior ênfase ao Problema do Renan que os problemas de um país inteiro. Há outras formas de fazer oposição. Se alguma figura ligada ao PMDB votarem contra a CPMF deveriam ser banidas do Partido. Será que não sabem que o PMDB possuem vários ministros no governo?.

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Rui Ruz Caputi Caputi (19) 26/09/2007 13h31
Rui Ruz Caputi Caputi (19) 26/09/2007 13h31
CARAPICUIBA / SP
O fato de voce votar e escolher seus representantes, nao nos garante uma democracia. Ao meu ver ainda estamos distanciados das praticas democráticas. Democracia deveria ser sinonimo de igualdade, justica, bem comum, e infelizmente ainda nao é oque se ve em nosso Brasil. O povo deveria ter instrumentos celeres e diretos de cassassao de mandatos de parlamentares que nao cumprissem com seus compromissos eleitorais efetuados com o povo. Esses impostos excorchantes a que somos submetidos diariamente, isso é insuportável, estamos nos tornando um povo mudo que sofre calado a todas essas injusticas a que somos expostos.

sem opinião
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