Publicidade
Publicidade
Renan descarta licença e diz que é o mais qualificado para presidir o Senado
Publicidade
da Folha Online
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) deu sinais hoje de que não pretende se licenciar do cargo, como reivindica a oposição e setores da base aliada --como PSB e PMDB. Renan foi absolvido ontem no plenário do Senado com 40 votos favoráveis, 35 pela cassação e 6 abstenções.
Em entrevista excusiva para a Rádio Gaúcha, Renan disse que é a pessoa melhor qualificada para presidir o Senado após a crise que se abateve na Casa com a abertura de processos no Conselho de Ética pedindo a sua cassação.
"Se eu não tiver condições de presidir o Senado, quem vai ter nesse quadro de absoluta divisão. Todos perderam [com esse processo]. Eu perdi mais. Ganhou a democracia", disse ele na entrevista.
Diferentemente do que defenderam seus aliados, como o senador Aloizio Mercadante (PT-SP), Renan disse não pretende se licenciar da presidência do Senado. "Não pensei absolutamente nada sobre isso. Vou me recolher com minha família para descansar um pouco."
O peemedebista afirmou que o resultado de ontem significa uma reeleição para a presidência do Senado. "Não deixa de ser a renovação da confiança da Casa no presidente."
Renan reclamou do comportamento da imprensa durante o desenrolar do processo. "Sofremos [a família] nesse calvário onde o que se diz não se escreve. Se escreve o que é contra você. Não se pode falar com setores da imprensa porque não aparece [o que você diz]", afirmou ele na entrevista para a Rádio Gaúcha.
Mônica Veloso
Renan disse que assumiu a paternidade da filha que teve com a jornalista Mônica Veloso fora do casamento e que pretende ter uma relação de proximidade com a menina. Afirmou que já pediu para a Justiça o direito de ver a menina.
HÉLIO SCHWARTSMAN COMENTA ABSOLVIÇÃO DE RENAN
O presidente do Senado disse que o processo que enfrentou foi "político" e disse que errado seria ele ter contratado a jornalista para prestar serviços ao Senado.
"Pagar R$ 8.000 [de pensão] não tem proporcionalidade para o presidente do Senado. Se quisesse misturar o público com o privado, bastava dar emprego a ela, contratasse sua produtora. Aí sim era motivo de cassação. Não tem racionalidade. É uma crise artificial, inventada", disse.
Apesar de reclamar da exposição de sua vida pessoal, Renan afirmou na entrevista que não renunciou porque tinha de provar a verdade. "Ficou claro que o que importava era substituir o presidente do Senado. Deus não me deu o dom da desistência. Por isso não pude desistir. Não podia ser agente da imprudência e da impostura. Estaria aceitando as acusações."
Heloísa Helena
Ele afirmou ainda que as representações do PSOL contra ele são políticas e motivadas pela disputa entre ele e a ex-senadora Heloísa Helena em Alagoas. Ela é presidente do PSOL. "O PSOL entrou com várias representações. É uma coisa local, de Alagoas. Tem que resolver em Alagoas e não no Conselho de Ética. Se não, vai apequenar o Senado. Não pode tirar presidente do Senado por questão política porque em vez de melhorar vai piorar."
Oposição
Renan disse que vai procurar os líderes partidários para tentar apaziguar a crise gerada pelas denúncias contra ele. Tão logo tivesse um resultado, eu iria procurar os líderes para consertar situação. Usar minha habilidade e prestígio."
Ele negou que os processos contra ele tenham paralisado o Senado. "O Senado votou mais de 70 medidas provisórias. Não parou."
Sessão secreta
Renan disse que é a favor do voto aberto em determinadas situações. Segundo ele, o voto fechado protege o eleitor dos interesses da mídia, dos grupos econômicos e políticos.
"Não sou contra voto aberto. Pode haver pressões de setores da mídia, econômico e político. Nessas situações precisamos proteger o eleitor para valer a consciência e não a pressão."
Acompanhe as notícias em seu celular: digite wap.folha.com.br
Leia mais
- Contra Renan, oposição ameaça não votar CPMF e fazer operação-padrão
- Tião Viana diz que clima no Senado é de ressentimento e hostilidade
- Reduto dos Calheiros festeja após resultado
- Lula diz que decisão deve ser acatada e o Senado precisa voltar a funcionar
- Veja a cronologia do caso Renan Calheiros
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Nomeação de novo juiz do Supremo pode ter impacto sobre a Lava Jato
- Indicação de Alexandre de Moraes vai aprofundar racha dentro do PSDB
- Base no Senado exalta currículo de Moraes e elogia indicação
- Na USP, Moraes perdeu concursos e foi acusado de defender tortura
- Escolha de Moraes só possui semelhança com a de Nelson Jobim em 1997
+ Comentadas
- Manifestantes tentam impedir fala de Moro em palestra em Nova York
- Temer decide indicar Alexandre de Moraes para vaga de Teori no STF
+ EnviadasÍndice
avalie fechar
avalie fechar
avalie fechar