Grupo paulista protesta contra Renan e Mercadante no Senado

Cerca de 20 manifestantes do interior de São Paulo realizaram na manhã desta quarta-feira um protesto nos arredores do Senado para criticar o presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), e o senador Aloizio Mercadante (PT-SP) --que se absteve na votação que absolveu o peemedebista no primeiro processo por quebra de decoro parlamentar no plenário. Com cartazes e megafones, os manifestantes protestaram do lado de fora do Senado, mas separados apenas por um vidro do corredor ao lado do plenário da Casa.

Com cartazes contra Renan e Mercadante, os manifestantes também usaram camisetas com a imagem do Senado ao lado da frase: "Senado Federal, vergonha nacional". Os manifestantes integram a ONG (organização não-governamental) Amarribo, do município de Ribeirão Bonito (SP), situado a cerca de 262 quilômetros de São Paulo.

Os manifestantes se mostraram indignados com a absolvição de Renan e com a abstenção de Mercadante, a quem acusaram de ser "capacho". Aos gritos, recomendaram que Renan se afaste da presidência do Senado. "Traidores da pátria, um ladrão mais 46 picaretas", afirmaram em referência aos 40 votos que absolveram Renan e outros seis que se abstiveram na votação.

Como o protesto ocorreu fora das dependências do Senado, os manifestantes não foram retirados pelos seguranças da Casa. Nesta terça-feira, um grupo de jovens de partidos da oposição foram convidados a se retirar do Senado porque a presidente da juventude nacional do PSDB, Kamyla Castro, foi convidada a comparecer à Polícia Legislativa para explicar por que vestia uma camiseta com os dizeres "Fora Renan".

Kamyla não chegou a ingressar no plenário do Senado, onde o regimento interno da Casa impede manifestações públicas. A jovem circulou apenas nos arredores do plenário, próximo ao gabinete de Renan. "A nossa liberdade de expressão precisa ser valorizada, ainda mais no Brasil em que vivemos hoje. Eu estava passando e um agente da segurança me pediu para que eu o acompanhasse", disse.

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