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Simon diz que não vota pela prorrogação da CPMF
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FLÁVIO ILHA
da Agência Folha, em Porto Alegre
O governo deve enfrentar mais um problema no Senado a partir desta segunda-feira, quando volta a tramitar o projeto de prorrogação da CPMF. O senador Pedro Simon (PMDB-RS) afirmou hoje, em Porto Alegre, que não vai apoiar a intenção de continuidade da cobrança como quer o Executivo. Ele era um dos três senadores que ainda não haviam anunciado seu voto.
O senador afirmou que apresentará um substitutivo ao projeto de prorrogação da contribuição. Pela proposta de Simon, um terço dos R$ 40 bilhões arrecadados por ano com a CPMF deverão ser divididos entre Estados (20%) e municípios (10%).
Além disso, os recursos só poderão ser utilizados em saúde e não haverá a possibilidade de uma nova prorrogação depois de 2011, de acordo com o projeto do congressista.
"Do jeito que está [o projeto], não tem como votar. Ou a CPMF cai em definitivo ou retiramos outros impostos", declarou o senador gaúcho.
Simon disse também que a renúncia de Renan Calheiros (PMDB-AL) da presidência do Senado, na quinta-feira, não encerra a crise que mexeu com a Casa durante os últimos quatro meses. "Encerrou um conflito específico. Agora, precisamos caminhar bem daqui para diante", afirmou.
Sobre a possibilidade de ter o senador alagoano de volta à presidência do Senado, Simon foi taxativo: "Não". "Acho que nem ele vai desejar [voltar]", disse o senador, que prevê dificuldades para o colega de partido.
"Entendo que ele [Renan] tenha o direito de se defender, mas o Senado também tem que cumprir com sua missão", disse. A missão a que Simon se refere é "buscar a verdade".
Para ele, Renan errou ao se defender no exercício da presidência. "Não havia como ele fazer a sua defesa e, ao mesmo tempo, defender os interesses do Senado. Isso era impossível", declarou.
Mas o senador gaúcho evitou prejulgar o presidente licenciado do Senado. "Não haverá ressentimentos. Aqui não tem prejulgamento", afirmou.
O senador elogiou a indicação de Jefferson Peres (PDT-AM) para relatar o processo que apura a utilização de "laranjas" na compra de emissoras de rádios e de um jornal em Alagoas por Renan Calheiros. "Nota mil. Teria sido diferente [o desfecho da crise] se desde o começo houvesse um senador imparcial cuidando do caso. Ele fará um julgamento honesto", afirmou.
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Herança do Brasil colonial, serviço público fica refem de sindicatos que defendem, obviamente, somente aumentos de salarios e regalias e estão nem ai para a sociedade privada, que os sustentam.
Mas se pensar, precisamos de uma reforma generalizada, ou seja, um "Nascer de novo" que o torna totalmente inviavel.
Complicado a situação do Brasil.
[]s
Eduardo.
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GUIMARÃES. O povo Brasileiro não aguenta mais.
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