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Governo escala ministros para convencerem senadores a aprovarem CPMF
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GABRIELA GUERREIRO
RENATA GIRALDI
da Folha Online, em Brasília
O governo vai deflagrar uma operação de guerra para convencer os senadores a votarem em favor da prorrogação da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira) até 2011. A ordem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva é que os ministros compareçam pessoalmente no Senado, para negociações individuais com os parlamentares na tentativa de evitar surpresas na votação da matéria.
A primeira sinalização do corpo-a-corpo oficial em defesa da contribuição foi do ministro Paulo Bernardo (Planejamento).
Segundo ele, não há nada que impeça autoridades a conversarem com os senadores em busca de um acordo. Na opinião do ministro, o clima de impasse gerado pelas denúncias em torno do senador Renan Calheiros (PMDB-AL) não vai ser um empecilho às negociações.
"Dá para conversar. Sei que tem um clima beligerante por conta desta crise, mas não só dá para conversar como é nossa obrigação. Nós temos que conversar com todas as partes envolvidas. Temos outros temas que são relacionados [à CPMF], que precisam ser conversados neste período", afirmou.
Para Bernardo, estão atreladas à aprovação da CPMF as votações do Orçamento de 2008 e a regulamentação de uma PEC (proposta de emenda constitucional) para a saúde. O ministro disse, ainda, que o governo se dispõe a flexibilizar a PEC da CPMF --mas não indicou que isso significaria a redução da alíquota de 0,38%.
"O governo é flexível, portanto não temos o menor problema de conversar e, eventualmente, ceder em algum ponto de negociação. Agora, a primeira coisa é dar início ao diálogo", disse.
O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), afirmou que a determinação da base aliada é retomar o clima de tranqüilidade na Casa para que a PEC da CPMF seja aprovada sem sobressaltos. "Temos conversado com todos os partidos, lideranças, com o presidente Renan, para que se estruture um procedimento que acalme o Senado. Estamos procurando um caminho para pacificar o Senado", afirmou.
A senadora Ideli Salvatti (SC), líder do PT no Senado, disse que a ordem é mobilizar os aliados para a aprovação da matéria --mesmo com o clima de disputa presente na Casa. "Nós não descansaremos nenhum segundo para cumprir essa tarefa para o Brasil. Aqui, as coisas nunca foram fáceis. É óbvio que está mais difícil, mas o Senado nunca deixou de votar as matérias. Essa batalha é muito dura como tantas outras que já tiveram", afirmou.
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Herança do Brasil colonial, serviço público fica refem de sindicatos que defendem, obviamente, somente aumentos de salarios e regalias e estão nem ai para a sociedade privada, que os sustentam.
Mas se pensar, precisamos de uma reforma generalizada, ou seja, um "Nascer de novo" que o torna totalmente inviavel.
Complicado a situação do Brasil.
[]s
Eduardo.
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GUIMARÃES. O povo Brasileiro não aguenta mais.
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