Lula diz que sucessão de Renan é assunto interno do PMDB

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu nesta quarta-feira que o PMDB fique com o comando do Senado se o presidente licenciado da Casa, Renan Calheiros, (PMDB-AL) efetivar a renúncia do cargo. Lula disse que, "por direito", a candidatura tem que ser do PMDB --que é a maior bancada partidária na Casa.

"Eu não sei quantos candidatos tem. Só acho que, por direito, a candidatura tem de ser do PMDB, e o PMDB é que tem de se reunir internamente e escolher se isso acontecer porque, por enquanto, o Renan é o presidente licenciado", ressaltou.

Lula evitou discutir a sucessão no Senado porque considera o assunto interno do Legislativo. Ao ser questionado sobre o nome do senador Garibaldi Alves (PMDB-RN) para suceder Renan no cargo, Lula desconversou e disse que não vai interferir na discussão sobre a escolha do novo presidente da Casa.

"Acho que é um problema iminentemente do Senado, que em algum momento vai tomar uma decisão e a decisão, qualquer que seja ela, é o resultado do funcionamento de uma instituição, resultado democrático. Estou deixando o Senado decidir."

Renan terá que definir a renúncia ou retorno ao comando do Senado até segunda-feira, quando termina a licença de 45 dias que lhe permitiu ficar afastado do cargo. O senador disse ontem que só vai definir seu futuro depois que o presidente interino da Casa, Tião Viana (PT-AC), marcar nova data para o julgamento do seu processo de cassação no plenário.

O líder do PMDB no Senado, Valdir Raupp (RO), disse que o peemedebista pretende renovar a licença por mais 30 dias --já que o plenário adiou a votação do seu processo de cassação para o início de dezembro após manobra da oposição para atrasar a votação na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça).

Futebol

Bem-humorado, Lula concedeu uma rápida entrevista depois de participar de cerimônia no Palácio do Planalto. O presidente disse estar otimista para a vitória da seleção brasileira de futebol sobre o Uruguai, esta noite, no estádio do Morumbi (SP).

"Ontem teve a surpresa do futebol. A Venezuela ganhou da Bolívia e a Argentina perdeu da Colômbia. Então hoje o Brasil vai ser a surpresa", afirmou.

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