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Renan diz que "nada mais o magoa" e minimiza conflito com Viana
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RENATA GIRALDI
GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília
O presidente licenciado do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), negou hoje que estivesse magoado com o presidente interino da Casa, Tião Viana (PT-AC). De manhã, Viana disse "danem-se" para aqueles que questionam o cronograma de votações do processo em que Renan é acusado de quebrar o decoro parlamentar pelo suposto uso de laranjas para comprar empresas de comunicação em Alagoas
A reação foi interpretada por parlamentares como um recado ao peemedebista e ao senador Arthur Virgílio (PSDB-AM), mas negada pelo petista.
Sem entrar no mérito da discussão, Renan preferiu afirmar apenas que não se magoa fácil. "Nada mais me magoa. Tenho com o Tião Viana o melhor relacionamento o possível. Tanto é que foi o primeiro-vice-presidente [do Senado]", disse ele.
Ele descartou estar pressionando Viana a definir logo uma nova data para o julgamento do processo e negou a intenção de interferir no caso. "Ao estender a licença, eu não quero interferir de forma nenhuma no processo e qualquer cronograma eu aceitaria com total serenidade", disse.
"Agora caberá à Mesa e ao presidente Tião Viana decidir qual o momento adequado para colocar o processo em votação. Seja qual for o momento que ele considerar adequado, eu acatarei com total serenidade."
Viana adiou para o início de dezembro a votação do processo de cassação que tramita contra Renan depois do relator do caso na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), Arthur Virgílio (PSDB-AM), avisar que pretende entregar seu parecer na semana que vem --o que adia a votação do processo no plenário para o dia 4 ou 5 de dezembro.
Acordão
Renan descartou hoje a existência do suposto acordo articulado pelo PMDB para garantir que ele seja absolvido no processo que tramita contra ele. Em troca, o PMDB votaria em bloco a favor da prorrogação da CPMF.
"Fica demonstrado com isso [com a renovação da licença] que qualquer coisa com a agenda legislativa do Senado é responsabilidade dos partidos e dos líderes. Qualquer coisa da agenda legislativa do Senado, inclusive a CPMF, é de total responsabilidade das lideranças partidárias do governo e da oposição", afirmou o peemedebista.
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