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24/11/2007 - 10h55

Não queremos ser pai dos pobres, diz Guerra

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da Folha de S.Paulo, em Brasília

Eleito para presidir o PSDB e evitar o acirramento da disputa entre os governadores José Serra (SP) e Aécio Neves (MG) até as eleições de 2010, o senador Sérgio Guerra (PE) afirmou ontem em seu discurso de posse no cargo que o partido "não tem dono" e que o embate interno é um "falso problema".

Com perfil conciliador e trânsito nos diretórios estaduais, Guerra discursou ao lado dos dois governadores. Fez discurso recheado de críticas ao PT e fez questão de citar o nome de Serra e Aécio na mesma proporção, sempre como possíveis candidatos ao Planalto.

"É um falso problema. Serra e Aécio podem presidir o Brasil. Minas e São Paulo podem presidir o Brasil. São Paulo pelo exemplo de gestão que tem dado há anos, Minas pela capacidade de solidariedade com os brasileiros, é a terra de Tancredo [Neves]", disse.

Minutos antes, havia dito: "Não é problema para o PSDB ter dois, três, cinco nomes para presidir o Brasil".

O senador ainda citou nominalmente Serra ao apontar o governo paulista como exemplo de ajuste fiscal e gestão, e Aécio como referência de administrador público. Mas manteve o alerta: "Ninguém é dono de ninguém no PSDB".

A intenção do novo presidente da sigla é evitar que o partido realize prévias para a escolha do candidato à Presidência, como defende seu antecessor no cargo, Tasso Jereissati (CE). Ele também é contra uma chapa "puro sangue", com os dois governadores.

Críticas ao PT

Guerra fez um pronunciamento contra o governo Lula. Afirmou que o "núcleo" da gestão petista é formado por "corrupção, cooptação, aparelhamento da máquina e desrespeito à democracia". E emendou: "Agora sob nova roupagem, a do populismo sul-americano".

O tucano também fez um paralelo usando dois temas de última hora da oposição no Congresso, a Venezuela e a TV pública. Sobre o país vizinho, disse que "é preciso enfrentar o processo de armamento como ameaça à América do Sul". Já sobre a TV, afirmou que "o país não precisa de TV estatal para manipular consciências".

"Somos limpos, coerentes e não temos salvador da pátria. Somos a favor dos pobres. Mas não queremos ser a mãe ou o pai dos pobres", completou.

Segundo avaliação de tucanos, o discurso de Guerra cumpriu o papel de estar alinhado aos pronunciamentos duros do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Mas não refletem a linha que o senador pretende adotar à frente da sigla. "Não faremos campeonato de radicalização", admitiu ele.

Ainda conforme avaliação de tucanos, o primeiro desafio de Guerra será conseguir manter a unidade do partido na votação da prorrogação da CPMF. Ele próprio era favorável à negociação com o Palácio do Planalto. Entre os 13 senadores, ao menos quatro estariam dispostos a votar a favor da emenda a pedido de governadores tucanos.

Guerra terá de administrar a crise que envolve o senador Eduardo Azeredo (MG), arrolado na denúncia do valerioduto mineiro.

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Comentários dos leitores
petra fan (32) 02/02/2010 21h26
petra fan (32) 02/02/2010 21h26
o sindicato que está no poder passou 20 anos jurando que queria governar para mudar "tudo isso que está aí".
hoje, tem uma escumalha a compor sua base de governo, institutos de pesquisa amigos que lhe conseguem amostras sortudas, e uma tropa de tonton macoutes a demonstrar sua verve "democrática" na internet.
é impressionante.
sem opinião
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Claudio Rocha (434) 02/02/2010 20h00
Claudio Rocha (434) 02/02/2010 20h00
Quando governo é atuante os desastres provocados pela natureza são diminuidas. O que ocorre em SP com as enchentes é igual ao que ocorreu no governo Bush em New Orleans, USA, com o KATRINA. onde o governo, todos sabiam a quem defendia e a quem representava. O que permitiu que um fenomeno da natureza devastasse a cidade, mostrando o sofrimento e a miseria que os poderosos tanto se empenham em esconder....São Paulo uma cidade triste, população se sente abandonada por aqueles no qual confiou seu voto.... Esse deveria ser o lema do PSDB: Brasil um Pais para poucos 5 opiniões
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Você sabia que no Paraguai (que não tem nenhum poço de petróleo) a gasolina custa R$ 1,45 o litro e sem adição de álcool . Na Argentina, Chile e Uruguai que juntos (somados os 3) produzem menos de 1/5 da produção brasileira, o preço da gasolina gira em torno de R$ 1,70 o litro e sem adição de álcool. Você sabia, que já desde o ano de 2007 e conforme anunciado aos "quatro ventos" pelo LULA e sua Ministra DILMA... o Brasil já é AUTO-SUFICIENTE em petróleo e possui a TERCEIRA maior reserva de petróleo do MUNDO.
Realmente, só tem uma explicação para pagarmos R$ 2,67 o litro: a GANÂNCIA do Governo com seus impostos e a busca desenfreada dos lucros exorbitantes da nossa querida e estimada estatal brasileira que refina o petróleo por ela mesma explorado nas "terras tupiniquins", então o "velho PT", lembram-se deles, quando oposição???Vão ao MP,contra o Serra devido as enchentes........e dá para entender???
8 opiniões
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