Publicidade
Publicidade
Garibaldi diz que aceita condições do PSDB para apoiá-lo à presidência do Senado
Publicidade
GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília
O senador Garibaldi Alves (PMDB-RN) disse hoje estar disposto a aceitar as condições impostas pelo PSDB para conquistar o apoio dos tucanos nas eleições para a presidência do Senado. O peemedebista disse acreditar no apoio de todos os partidos à sua candidatura, sem o lançamento de outros nomes na disputa no momento da votação --marcada para esta quarta-feira.
"Claro que se eu conseguir consenso entre os demais partidos, eu terei muito mais autoridade [para presidir a Casa] do que se partimos para a disputa, mesmo sabendo que a disputa é democrática", afirmou Garibaldi.
O peemedebista disse, porém, que vai precisar do apoio de todos os partidos para implementar parte das condições impostas pela bancada tucana. "Isso nós vamos fazer juntos. Eu pretendo fazer um trabalho de recuperação da credibilidade do Senado junto com o líderes partidários."
O senador disse que, como sua principal plataforma de campanha, está a recuperação da imagem do Senado --abalada após a crise política que atingiu o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) por mais de seis meses, desde maio deste ano. "A credibilidade não se recupera com palavras, discursos. Só vamos recuperá-la com trabalho, com as reformas política e tributária para discuti-la e votá-la", afirmou.
Se for eleito presidente do Senado, Garibaldi disse que vai trabalhar para modificar o rito de tramitação das matérias na Casa. O peemedebista também pretende manter a independência de suas ações em relação ao Palácio do Planalto, como sugerido pelo PSDB.
Os tucanos condicionaram o apoio à candidatura de Garibaldi ao compromisso do peemedebista em detalhar como será sua relação com o governo federal, o seu tratamento com os partidos de oposição, assim como mostrar disposição em colocar em votação vetos presidenciais e ações de transparência no Senado.
"Autonomia não significa confronto com o Executivo, mas independência de um poder em relação ao outro. Eu não vejo dificuldade em assumir esses compromissos. Tenho o compromisso fundamental que é com o Senado. Eu tenho, eles têm, todos nós temos", afirmou.
Eleições
O presidente interino do Senado, Tião Viana (PT-AC), marcou as eleições para esta quarta-feira, a partir do meio-dia. O nome de Garibaldi foi indicado pela bancada do PMDB que, por reunir o maior número de senadores, tem a prerrogativa de apontar o nome que vai substituir o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) no comando da Casa.
O PSDB promete lançar um nome independente na disputa somente se Garibaldi não acatar as condições impostas pelo partido. O peemedebista conta com o apoio de partidos da base aliada do governo e do DEM --já que o líder democrata no Senado, José Agripino Maia (RN), é aliado de Garibaldi no Estado.
"O DEM fez uma reunião e vai apoiar a candidatura dele como consensual. Eu espero que ele implemente medidas como o rodízio de relatores de medidas provisórias, a transparência do Legislativo e a não submissão aos outros poderes. Ele disse que está de acordo com essas teses", disse Agripino.
Leia mais
- PMDB decide escolher Garibaldi para a presidência do Senado
- Com desistências, PMDB terá de escolher entre Garibaldi e Simon
- Valter Pereira e Leomar Quintanilha desistem de disputar presidência do Senado
- Líder do PMDB articula lançamento de candidatura única à presidência do Senado
- Obras da série "Folha Explica" discutem política e eleições
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Nomeação de novo juiz do Supremo pode ter impacto sobre a Lava Jato
- Indicação de Alexandre de Moraes vai aprofundar racha dentro do PSDB
- Base no Senado exalta currículo de Moraes e elogia indicação
- Na USP, Moraes perdeu concursos e foi acusado de defender tortura
- Escolha de Moraes só possui semelhança com a de Nelson Jobim em 1997
+ Comentadas
- Manifestantes tentam impedir fala de Moro em palestra em Nova York
- Temer decide indicar Alexandre de Moraes para vaga de Teori no STF
+ EnviadasÍndice
Herança do Brasil colonial, serviço público fica refem de sindicatos que defendem, obviamente, somente aumentos de salarios e regalias e estão nem ai para a sociedade privada, que os sustentam.
Mas se pensar, precisamos de uma reforma generalizada, ou seja, um "Nascer de novo" que o torna totalmente inviavel.
Complicado a situação do Brasil.
[]s
Eduardo.
avalie fechar
avalie fechar
GUIMARÃES. O povo Brasileiro não aguenta mais.
avalie fechar