Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
14/12/2007 - 22h13

Governo não está "perturbado" pelo fim da CPMF, afirma Dilma

Publicidade

SIMONE IGLESIAS
da Agência Folha, em Porto Alegre

A ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) afirmou hoje, em Porto Alegre, que o governo não está "perturbado" pela derrubada da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira) no Senado.

Um dos nomes do PT para disputar a Presidência em 2010, Dilma disse que quem perdeu com a queda de arrecadação, estimada em R$ 38 bilhões, foram os usuários do SUS (Sistema Único de Saúde), sobretudo os mais pobres.

"Tentamos [aprovar a prorrogação da CPMF] até o último momento não por desespero, mas por consciência da importância de colocar esse dinheiro na saúde. Não estamos perturbados com esse fato além do que o ministro [da Saúde José Gomes] Temporão disse, que estamos de luto pela saúde. O governo está absolutamente tranqüilo, fazendo uma avaliação serena para tomar as medidas necessárias para preservar o crescimento do país."

A ministra afirmou ainda que a equipe econômica analisa alternativas à redução de receita, mas que não há "pressa" no governo para isso. "Não iremos fazer nada atribulado, não temos pressa. O que temos é clareza que vamos manter o superávit primário, a robustez fiscal, a inflação sob controle, as políticas sociais e o PAC [Programa de Aceleração do Crescimento]."

Dilma também relacionou os "setores mais lúcidos da oposição" entre os derrotados no episódio, ao lado do governo e da população carente. Incluiu entre esses "setores lúcidos" os governadores do PSDB que apoiavam a prorrogação da CPMF, como Aécio Neves (MG), José Serra (SP) e Yeda Crusius (RS) --a única citada nominalmente pela ministra.

"Sabemos que há uma oposição responsável e isso é uma coisa muito boa, porque há um conjunto de lideranças da oposição que tem a compreensão clara da importância da CPMF", disse.

A ministra rebateu críticas de congressistas de que o Planalto só aceitou negociar quando percebeu que perderia a batalha em torno da prorrogação do tributo. "Não apresentamos propostas na undécima hora, tentamos negociar antes. Lamentamos o que ocorreu, porque o governo tem experiência na arte de negociar."

Dilma foi a Porto Alegre informar oficialmente Yeda sobre a autorização, pela União, de tomada de financiamento pelo Estado com o Bird (Banco Mundial) de US$ 1 bilhão. O aval federal era necessário para a negociação ocorrer. O dinheiro será usado para reestruturar parte da dívida do Estado com a União.

A ministra, que completou hoje 60 anos, foi recepcionada por Yeda no Palácio Piratini, sede do governo gaúcho, com torta de chocolate, vela de aniversário e "parabéns gaúcho" (versão local do "Parabéns a Você") tocado em gaita e violão.

Comentários dos leitores
Eduardo Giorgini (488) 27/01/2010 11h27
Eduardo Giorgini (488) 27/01/2010 11h27
Fim da estabilidade de servidores públicos seria uma saída respeitosa ao gargalo de crescimentoe diminuição de gastos.
Herança do Brasil colonial, serviço público fica refem de sindicatos que defendem, obviamente, somente aumentos de salarios e regalias e estão nem ai para a sociedade privada, que os sustentam.
Mas se pensar, precisamos de uma reforma generalizada, ou seja, um "Nascer de novo" que o torna totalmente inviavel.
Complicado a situação do Brasil.
[]s
Eduardo.
sem opinião
avalie fechar
Pedro Carvalho (2) 28/09/2009 13h40
Pedro Carvalho (2) 28/09/2009 13h40
É errado fazer essa divisão de quem merece mais ou quem merece menos, pois, a princípio, todos os partidos são iguais. No entanto, nós sabemos disso, que, se o DEM ou o PSDB estivesse no poder, ele também iriam fazer a mesma coisa. Isso sempre existirá nessa política pobre que é a brasileira. 1 opinião
avalie fechar
Hilton Leonel (6) 08/09/2009 18h15
Hilton Leonel (6) 08/09/2009 18h15
VIVA O PMDB: ESTÁ SEMPRE PRONTO PARA PREJUDICAR O POVO. QUE SAUDADE DE ULISSES
GUIMARÃES. O povo Brasileiro não aguenta mais.
sem opinião
avalie fechar
Comente esta reportagem Veja todos os comentários (6950)
Termos e condições
 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página