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18/12/2007 - 21h40

Lula reúne lideranças para definir estratégia de aprovação da DRU

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RENATA GIRALDI
da Folha Online, em Brasília

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reúne hoje com as principais lideranças dos partidos aliados num jantar de confraternização no Palácio da Alvorada, em Brasília. A Folha Online apurou que o presidente pretende definir com os líderes uma estratégia para aprovar no Senado a emenda que prorroga até 2011 a DRU (Desvinculação de Receitas da União) --mecanismo que permite que o governo gaste livremente 20% das receitas vinculadas, aquelas com destinação obrigatória.

O líder do PSB no Senado, Renato Casagrande (ES), disse na entrada do jantar que a estratégia deve se basear na reunificação da base aliada e no diálogo com a oposição.

"Eu tenho certeza que o presidente Lula terá outro espírito. O [espírito] de unir a sua base, de dar o tom e à altura daqui para a frente, que é a orientação pelo diálogo com a base e a oposição", disse Casagrande.

Questionado sobre o espírito do jantar, Casagrande respondeu que era de "conciliação e de retomada do diálogo".

Casagrande descartou que o presidente use o jantar de hoje para dar um puxão de orelha na base pela derrota da proposta de prorrogação da CPMF no Senado, na semana passada. "Acho que o presidente Lula não tem de dar puxões de orelha em ninguém. Até porque houve erros por parte de todos", afirmou. ""O governo tem de melhorar a relação com o Parlamento."

Participam do jantar o ministro José Múcio (Relações Institucionais); o presidente do PT, Ricardo Berzoini; o presidente do PMDB, Michel Temer; o líder do PMDB no Senado, Valdir Raupp (RO); a líder do governo no Congresso, Roseana Sarney (PMDB-MA); o líder do governo na Câmara, Henrique Fontana (PT-RS); o líder do PT na Câmara, Luiz Sérgio (RJ); o líder do PR na Câmara, Luciano Castro (RR); e os senadores Epitácio Cafeteira (PTB-MA) e Francisco Dornelles (PP-RJ).

A Folha Online apurou que o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), se reuniu hoje com a oposição para discutir a votação da DRU. Na votação da DRU, no primeiro turno, Jucá pediu para a oposição pelo menos ajudar com esse item, já que a CPMF tinha sido rejeitada pelo plenário do Senado.

A oposição sinalizou que vai fechar acordo com o governo para a votação da DRU, em segundo turno, nesta quarta-feira. Apesar do DEM e do PSDB terem imposto uma série de condições ao governo para a aprovação da DRU, os dois partidos só estão dispostos a trabalhar pelo adiamento da votação se o governo se precipitar no anúncio de medidas para compensar o fim da CPMF.

"Com a DRU, o governo fecha as contas de 2008. A oposição quer o compromisso de que não haverá nenhuma surpresa fiscal depois da aprovação da DRU", disse o presidente do DEM, Rodrigo Maia (RJ).

A oposição condiciona a votação da DRU ao compromisso do governo de não recriar a CPMF. Além disso, tucanos e democratas querem a certeza de que não haverá aumento de impostos. Os dois partidos também não querem ser apontados pelo governo como responsáveis pelo "caos econômico" supostamente provocado pelo fim da CPMF.

"O governo não sabe o que quer, o que vai fazer, ainda está pedalando. Nós precisamos saber exatamente o que eles vão fazer, o que vão propor, se vem novo imposto por aí para sabermos como agir. Isso será feito no momento oportuno e esse momento não é agora", afirmou o senador do PSDB, Sérgio Guerra (PE).

Pacote

O presidente Lula se reúne amanhã com o conselho político para discutir o pacote de medidas compensatórias. Com a extinção da CPMF, o governo deixará de arrecadar R$ 40 bilhões em 2008.

No entanto, as medidas só devem ser anunciadas depois da votação, em segundo turno, da prorrogação da DRU (Desvinculação das Receitas da União) --mecanismo que permite que o governo gaste livremente 20% das receitas vinculadas, aquelas com destinação obrigatória.

Comentários dos leitores
Eduardo Giorgini (488) 27/01/2010 11h27
Eduardo Giorgini (488) 27/01/2010 11h27
Fim da estabilidade de servidores públicos seria uma saída respeitosa ao gargalo de crescimentoe diminuição de gastos.
Herança do Brasil colonial, serviço público fica refem de sindicatos que defendem, obviamente, somente aumentos de salarios e regalias e estão nem ai para a sociedade privada, que os sustentam.
Mas se pensar, precisamos de uma reforma generalizada, ou seja, um "Nascer de novo" que o torna totalmente inviavel.
Complicado a situação do Brasil.
[]s
Eduardo.
sem opinião
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Pedro Carvalho (2) 28/09/2009 13h40
Pedro Carvalho (2) 28/09/2009 13h40
É errado fazer essa divisão de quem merece mais ou quem merece menos, pois, a princípio, todos os partidos são iguais. No entanto, nós sabemos disso, que, se o DEM ou o PSDB estivesse no poder, ele também iriam fazer a mesma coisa. Isso sempre existirá nessa política pobre que é a brasileira. 1 opinião
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Hilton Leonel (6) 08/09/2009 18h15
Hilton Leonel (6) 08/09/2009 18h15
VIVA O PMDB: ESTÁ SEMPRE PRONTO PARA PREJUDICAR O POVO. QUE SAUDADE DE ULISSES
GUIMARÃES. O povo Brasileiro não aguenta mais.
sem opinião
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