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19/12/2007 - 12h59

Lula descarta aumento de impostos e pacote de medidas, mas exige cortes

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RENATA GIRALDI
da Folha Online, em Brasília

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva descartou nesta quarta-feira o aumento de impostos e o lançamento de um pacote de medidas compensatórias como alternativas para o fim da cobrança da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira). Sem o "imposto do cheque", o governo deixará de arrecadar R$ 40 bilhões no ano que vem. A idéia é cortar gastos para garantir o equilíbrio das contas públicas.

Lula determinou que os ministros Guido Mantega (Fazenda) e Paulo Bernardo (Planejamento) preparem um estudo detalhado sobre os eventuais cortes que devem ser efetuados na proposta orçamentária de 2008. Os cortes deverão ser anunciados até fevereiro --quando o Orçamento Geral da União deve ser votado no Congresso.

"Teremos um final de ano tranqüilo, sem sobressaltos, sem pacote e sem medidas de corte", afirmou o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), após reunião do presidente com integrantes da equipe econômica. "O empresariado pode aproveitar tranqüilo o Natal e o Ano Novo", ressaltou.

Por cerca de duas horas, o presidente se reuniu com os ministros Dilma Rousseff (Casa Civil), Mantega, Paulo Bernardo e Miguel Jorge (Desenvolvimento), além de Jucá, no Palácio do Planalto.

Sem sustos

Jucá disse que Lula dividiu a reunião em duas etapas: na primeira, fez uma análise sobre o cenário positivo da economia nacional. Na segunda, deu as orientações aos ministro Mantega e Paulo Bernardo. Também reiterou que não haveria elevação de impostos nem surpresas para este ano.

"O corte deverá ocorrer em toda a proposta orçamentária. Vamos cortar, mas discutindo com os três Poderes [Executivo, Legislativo e Judiciário]", disse Jucá, ao final do encontro. "O governo estará com a proposta pronta até fevereiro", reiterou.

De acordo com o líder, depois de definidos os setores que sofrerão os cortes, as propostas serão remetidas ao Senado para uma nova rodada de discussões. "Trabalhamos com ampliação da base de cobrança e também com a redução da carga tributária", disse Jucá.

Em relação aos gastos com saúde, Jucá afirmou que o governo cumprirá os preceitos constitucionais que determinam que as despesas devem obedecer o aumento do valor do PIB (Produto Interno Bruto) nominal. Também assegurou que o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) será preservado.

Votação

Após a reunião, Jucá afirmou também que ainda hoje será votada, em segundo turno, a proposta de prorrogação da DRU (Desvinculação de Receitas da União). Com ela, o governo poderá gastar livremente 20% do orçamento --cerca de R$ 90 bilhões. "Vamos votar hoje e eu espero que seja o primeiro item da pauta [de votações]", afirmou.

As negociações em busca de um acordo com a oposição para votar a DRU foram intensificadas nos últimos dias. A oposição pediu ao governo, como garantia para apoiar a proposta, não haver aumento da carga tributária nem a criação de uma nova CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira).

Comentários dos leitores
Eduardo Giorgini (488) 27/01/2010 11h27
Eduardo Giorgini (488) 27/01/2010 11h27
Fim da estabilidade de servidores públicos seria uma saída respeitosa ao gargalo de crescimentoe diminuição de gastos.
Herança do Brasil colonial, serviço público fica refem de sindicatos que defendem, obviamente, somente aumentos de salarios e regalias e estão nem ai para a sociedade privada, que os sustentam.
Mas se pensar, precisamos de uma reforma generalizada, ou seja, um "Nascer de novo" que o torna totalmente inviavel.
Complicado a situação do Brasil.
[]s
Eduardo.
sem opinião
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Pedro Carvalho (2) 28/09/2009 13h40
Pedro Carvalho (2) 28/09/2009 13h40
É errado fazer essa divisão de quem merece mais ou quem merece menos, pois, a princípio, todos os partidos são iguais. No entanto, nós sabemos disso, que, se o DEM ou o PSDB estivesse no poder, ele também iriam fazer a mesma coisa. Isso sempre existirá nessa política pobre que é a brasileira. 1 opinião
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Hilton Leonel (6) 08/09/2009 18h15
Hilton Leonel (6) 08/09/2009 18h15
VIVA O PMDB: ESTÁ SEMPRE PRONTO PARA PREJUDICAR O POVO. QUE SAUDADE DE ULISSES
GUIMARÃES. O povo Brasileiro não aguenta mais.
sem opinião
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