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21/12/2007 - 15h41

Lupi não pode escolher entre PDT e ministério, dizem assessores

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GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília

Por meio de seus assessores, o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, disse que não pode escolher entre o cargo e a presidência do PDT. De acordo com seus assessores, só o diretório do PDT --que o elegeu presidente--, pode tirá-lo do comando da legenda.

Segundo eles, esse mesmo entendimento se aplica ao cargo de ministro, já que foi o presidente Luiz Inácio Lula da Silva que o escolheu para o cargo. Os assessores de Lupi dizem que somente Lula pode tirá-lo de lá.

A polêmica surgiu porque a Comissão de Ética Pública informou que vai encaminhar nos próximos dias ofício ao presidente Lula no qual recomenda a demissão do ministro Carlos Lupi (Trabalho) por "choque de funções". Os integrantes da comissão haviam recomendado que Lupi deixasse a presidência nacional do PDT para evitar o conflito entre o cargo de ministro e o cargo no partido.

Como o ministro não respondeu à comissão --depois de um prazo de 20 dias que terminou nesta quinta-feira--, o órgão decidiu encaminhar a recomendação da demissão ao presidente Lula, mas ainda vai definir o teor do ofício.

No dia 26 de novembro, a comissão recomendou que o ministro deixasse a presidência do PDT porque considera que a função dele no partido pode prejudicar suas atividades no governo federal.

A AGU (Advocacia Geral da União), em resposta a uma consulta formulada pelo próprio ministro, sugeriu que a comissão "suspenda" o processo envolvendo Lupi até que parecer definitivo da advocacia seja concluído.

No despacho assinado pelo advogado-geral da União, José Antonio Dias Toffoli, a AGU afirma que do "ponto de vista estritamente jurídico", em uma análise preliminar, não há "nenhuma ilegalidade ou inconstitucionalidade" na acumulação de cargos.

A comissão, no entanto, decidiu não seguir a recomendação da AGU porque considera que o órgão tem autonomia para tomar providências em relação a desvios éticos de autoridades.

Lupi já afirmou publicamente que permanecerá no cargo apesar da decisão da comissão. Segundo ele, cabe ao presidente Lula decidir se ele continua ou não no governo, já que se trata de um cargo de confiança.

Comentários dos leitores
Evandro Loes (54) 26/12/2007 17h27
Evandro Loes (54) 26/12/2007 17h27
Que bom seria se os problemas do país se resumissem na questão de ética de um dirigente partidário ser ou não ministro. Infelizmente essa questão é secundária, pois os problemas do país e do próprio governo são muito maiores. Acho que o Ministro Lupi deveria se afastar da presidência se quiser continuar no cargo governamental, porque o PDT adotou uma linha de oposição no primeiro mandato, ainda sob o comando do Brizola. O partido reviu sua posição, mas não é unanimidade no PDT o apoio ao governo. Além disso, Lula pode estar fazendo um governo razoável, mas seus erros não poderão ser contestados pelo PDT, uma vez que o presidente do partido ocupa um cargo no ministério.
Muito sábias as palavras do Sr. Guttenberg. Só vejo que se as políticas em vigor são as melhores para o país, por que não adotá-las. Já opinei em outro comentário de que não será surpresa se José Serra for o suc essor apoiado por Lula.
sem opinião
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Guttemberg Guarabyra (12) 24/12/2007 14h18
Guttemberg Guarabyra (12) 24/12/2007 14h18
Henrique Meirelles, presidente do Banco Central, desembarcou do PSDB e associou-se ao PT para compor a equipe econômica, ex de FHC, que continuava mantendo o mesmo programa, agora a serviço do governo Lula. Porém, chefiando o grupo, os quadros do PT forneceram Antonio Palocci - sobre quem FHC teceu mais ou menos o seguinte comentário: "Se soubesse que o PT tinha alguém pensando a economia desse jeito, eu mesmo o teria requisitado"
Tratava-se do primeiro passo rumo à grande experiência de simbiose jamais realizada na história deste país.
A experiência progrediu quando o Bolsa Escola, da era FHC, e seus primos se metamorfosearam no Bolsa Família. O Fundef, da era FHC, mudou apenas uma simples letra, e grafou Fundeb, para firmar a simbiose mais simples da série. O programa Luz no Campo (maior programa de eletrificação rural do mundo, da era FHC) transformou-se, num só golpe simbionte no melhor estilo petista, em Luz para Todos. Agora, só falta o PSDB apoiar a recriação da CPMF e Lula continuar privatizando (coisa que jurava que jamais faria) para que a barba do presidente acabe dotando de cabelos a careca de José Serra, numa simbiose perfeita. Apresentando um fenômeno de simbiose desses, o Brasil, que jamais obteve o prêmio, ano que vem terá condição absoluta de ganhar o Nobel de Ciência. Ou, no mínimo, o Oscar de melhor comédia.
2 opiniões
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