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17/01/2008 - 12h38

Tarso defende Tuma Júnior e atribui esvaziamento do DRCI a "impasse administrativo"

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LÍSIA GUSMÃO
Colaboração para a Folha Online, em Brasília

O ministro da Justiça, Tarso Genro, defendeu hoje o secretário nacional de Justiça, Romeu Tuma Júnior, acusado pela revista "Veja" de politizar o DRCI (Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional). O ministro resumiu a polêmica a um "impasse administrativo" e negou que seu subordinado tenha interferido politicamente no DRCI, contrariando os técnicos.

"O que houve, na minha opinião, foi um impasse administrativo entre colegas que estavam trabalhando lá, pessoas responsáveis, sérias, que não se adaptaram ao novo secretário", disse o ministro.

Segundo ele, os departamentos do ministério trabalham de forma integrada e verticalizada. "Nós temos um sistema, no Ministério da Justiça, no qual os departamentos se reportam ao secretário, e o secretário se reporta ao ministro. Nós trabalhamos de maneira integrada e com relações verticalizadas. Talvez tenha dado algum atrito em relação a isso. Mas não houve nenhum tipo de postura do Tuma de mudar orientação técnica, de fazer qualquer intervenção política."

O ministro da Justiça afirmou que Tuma Júnior está dando continuidade à "luta contra o crime organizado". "Houve um desentendimento de procedimento administrativo. Eu estou absolutamente confiante que o Tuma agiu bem e está agindo corretamente", completou.

O ministro lembrou que Tuma Júnior assumiu a Secretaria Nacional de Justiça sob a desconfiança que a indicação serviria para convencer seu pai, o senador Romeu Tuma (PTB-SP) a votar a favor da prorrogação da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira). "Essa expectativa foi frustrada porque o Tuma [Júnior] não foi para lá em função das suas relações políticas nem para fazer política partidária."

Outra defesa

O secretário-executivo do Ministério da Justiça, Luiz Paulo Teles Barreto, já havia defendido, na terça-feira, o secretário nacional de Justiça.

De acordo com a reportagem da revista "Veja", Tuma Júnior teria cobrado uma lista de investigados para poder fazer barganha política, o que teria provocado a demissão da diretora do órgão Maria Rosa Loula e da sua adjunta Carolina Yume.

Criado em 2004, o DRCI é responsável por investigações que envolvam contas de brasileiros no exterior. Também tem autorização para bloquear as contas e repatriar os recursos. É um órgão vinculado à Secretaria Nacional de Justiça e que reúne 42 funcionários. De acordo com Barreto, exceto Yume e Loura, o quadro foi mantido inalterado.

Para 2008, estão previstos R$ 3 milhões para o departamento. Segundo Barreto, entre as propostas para este ano está a criação de laboratórios técnicos, instaurados nas dependências da PF (Polícia Federal), para que os dois órgãos tenham atuação conjunta.

Segundo a "Veja", essa área teria sido transferida para a PF. Barreto negou a informação e disse ainda que o comando dos laboratórios será mantido sob responsabilidade do DRCI.

 

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