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12/02/2008 - 18h25

PPS pede para o STF fim do sigilo dos cartões corporativos do governo

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GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília

O PPS ingressou hoje no STF (Supremo Tribunal Federal) com pedido para o fim do sigilo das informações referentes às despesas do governo federal com gastos de administração --o que inclui detalhes sobre o uso dos cartões corporativos. O partido defende que o STF modifique o decreto-lei 200, de 1967, que estabelece regras para o sigilo de informações quando referentes à segurança nacional do país.

"Nós entendemos que a Constituição de 1988 não recepcionou esse decreto, que é próprio de um sistema da segurança nacional, de um tempo em que até lei era secreta, coisa inédita no mundo", disse o presidente do PPS, Roberto Freire (PE).

Na ADPF (argüição de descumprimento de preceito fundamental) apresentada ao STF, o PPS argumenta que o decreto está em "colisão direta" com as regras estabelecidas pela Constituição Federal de 1988. Segundo o partido, a Constituição não faz menção ao sigilo no que diz respeito a gastos da administração pública federal.

"Não se mostra suficiente simplesmente alegar que o sigilo das informações se deve à segurança do Estado, sem apresentar a devida motivação. Por que a publicidade de um determinado ato ameaça a segurança do Estado?", questiona o partido na argüição.

O PPS solicitou que o STF conceda liminar para suspender o sigilo na movimentação de créditos públicos, assim como a notificação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para que preste, por meio da AGU (Advocacia Geral da União), as informações necessárias sobre os sigilos.

Disputa

O fim do sigilo nas informações referentes aos cartões corporativos se tornou uma bandeira da oposição desde a divulgação de irregularidades no uso desse mecanismo de gastos. DEM, PSDB e PPS defendem que o STF modifique a atual legislação para garantir o amplo acesso da população aos gastos do governo --especialmente os da presidência da República.

Assim como o PPS, o PSDB também promete ingressar esta semana com consulta no STF para questionar os sigilos de informações do governo. O presidente do PSDB, Sérgio Guerra (PE), defendeu que a CPI dos Cartões Corporativos não tenha limites para investigar os gastos do governo.

"Queremos ter clareza sobre o âmbito legal que nos permite atuar na CPI e qual é a limitação de uma comissão dessas. Não queremos prejulgar ninguém, não queremos caça às bruxas, nem fulanizar a CPI. Mas não queremos entrar numa comissão restritos", afirmou.

Na defesa do sigilo dos gastos, o senador Tião Viana (PT-AC) disse que o governo não deve revelar dados que ponham em risco a segurança nacional, nem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

"A oposição age muitas vezes por modismo. Temos que apurar tudo, mas quando é questão de segurança nacional, temos que ter o devido respeito. No que diz respeito à segurança do presidente, não temos que divulgar", defendeu.

Comentários dos leitores
Eduardo Giorgini (345) 12/10/2009 11h02
Eduardo Giorgini (345) 12/10/2009 11h02
"Oposição critica sigilo em gastos do governo após análise das informações no TCU"
Pela lógica, as fichas para corrupção do PT vem da éra FHC ou Serra?
Uma equação um tanto estranha para justificar as falcatruas do PT.
A culpa é de Serra entao?
[]s
Eduardo.
sem opinião
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Luís da Velosa (1172) 18/08/2009 07h48
Luís da Velosa (1172) 18/08/2009 07h48
Cartão Corporativo... mais atos secretos. Cadê a transparência?! Meu Deus, que horror! Quanto cinismo! Quanta corrupção! sem opinião
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Monica Rego (311) 17/08/2009 15h49
Monica Rego (311) 17/08/2009 15h49
La vem a mídia conservadora e os demos tucanos, com memória curta já devem ter se esquecido do serra-card ou alguma coisa mudou?!
Ainda veremos muito tucano e demos pfl na cadeia e o povo paulista, mineiro, gaúcho pedindo desculpas por tamanha ignorância...!!!
33 opiniões
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