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12/02/2008 - 09h02

Ministros do STF são contra sigilo do cartão corporativo

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da Folha de S.Paulo, em Brasília

Os ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) Celso de Mello e Marco Aurélio de Mello criticaram ontem o sigilo do Palácio do Planalto sobre os próprios gastos com cartão corporativo e atacaram a alegação de segurança, apresentada pela Presidência.

"Preocupa-me a invocação do princípio da segurança nacional, porque quando invocado em tempos históricos recentes o foi para subverter as liberdades políticas", disse Celso de Mello. "Nada mais adequado do que a prática transparente das atividades governamentais, notadamente quando se cuida de atividades financeiras", completou o ministro.

Após escândalos envolvendo o uso irregular dos cartões corporativos, o governo anunciou que a intenção de parar de divulgar as despesas feitas pelos seguranças que protegem a família do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O anúncio chegou a ser feito em entrevista pelos ministros Dilma Rousseff (Casa Civil), Franklin Martins (Comunicação Social) e Jorge Armando Félix (Segurança Institucional), no início do mês. O governo alega questões de segurança para não disponibilizar, por exemplo, gastos com a refeição servida nos palácios da Alvorada e do Planalto.

Blindagem

Já Marco Aurélio reafirmou: "Não se pode evocar a proteção em si da Presidência para ter-se uma verdadeira blindagem [...] Não deve haver o sigilo de forma alguma. Nós vivemos em uma República, e é princípio básico da administração pública a publicidade, que nada mais é que a transparência".

Ao contrário dos dois ministros do STF, o procurador-geral da República, Antonio Fernando Souza, disse que o sigilo pode ocorrer em algumas circunstâncias. "A regra é a publicidade, mas determinadas ações podem justificar o sigilo", afirmou o procurador.

Tribunais

Marco Aurélio Mello disse que o TSE (Tribunal Superior Eleitoral), que ele preside, não utiliza o cartão corporativo, criticou o seu uso e acrescentou que informou ao TCU (Tribunal de Contas da União) o fato de vários tribunais regionais eleitorais utilizarem esse instrumento de despesa.

Segundo o ministro Marco Aurélio, o TSE aprovou, em setembro do ano passado, uma resolução contra o uso desse cartão corporativo. A decisão vale apenas para o próprio órgão, porque os tribunais regionais têm autonomia administrativa para decidir. Para o ministro, a existência em si desse instrumento viabiliza abusos.

Comentários dos leitores
Eduardo Giorgini (345) 12/10/2009 11h02
Eduardo Giorgini (345) 12/10/2009 11h02
"Oposição critica sigilo em gastos do governo após análise das informações no TCU"
Pela lógica, as fichas para corrupção do PT vem da éra FHC ou Serra?
Uma equação um tanto estranha para justificar as falcatruas do PT.
A culpa é de Serra entao?
[]s
Eduardo.
sem opinião
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Luís da Velosa (1172) 18/08/2009 07h48
Luís da Velosa (1172) 18/08/2009 07h48
Cartão Corporativo... mais atos secretos. Cadê a transparência?! Meu Deus, que horror! Quanto cinismo! Quanta corrupção! sem opinião
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Monica Rego (311) 17/08/2009 15h49
Monica Rego (311) 17/08/2009 15h49
La vem a mídia conservadora e os demos tucanos, com memória curta já devem ter se esquecido do serra-card ou alguma coisa mudou?!
Ainda veremos muito tucano e demos pfl na cadeia e o povo paulista, mineiro, gaúcho pedindo desculpas por tamanha ignorância...!!!
33 opiniões
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