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Após fiscalização, empresa acusada de trabalho degradante regulariza problemas
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THIAGO REIS
da Agência Folha
Menos de uma semana após o grupo móvel do Ministério do Trabalho encontrar mais de 1.500 trabalhadores em situação precária em unidades de Goiás e Mato Grosso da Brenco, empresa do ramo de biocombustíveis, foram feitas todas as desinterdições das frentes de trabalho e dos alojamentos, onde haviam sido constatadas as irregularidades.
Dois funcionários do setor de RH (Recursos Humanos) foram demitidos pela empresa, que também abriu uma sindicância interna.
Segundo a auditora-fiscal Jacqueline Carrijo, coordenadora da ação, quase todos os problemas apontados durante a fiscalização --como nas instalações elétricas e sanitárias-- foram corrigidos em um curto espaço de tempo.
O procurador do Trabalho Antônio Carlos Cavalcante disse que os alojamentos --que tiveram obras de emergência-- foram esvaziados, já que muitos trabalhadores rescindiram os contratos.
"Muitos foram embora, mas receberam indenização e a passagem de volta", disse Carrijo. Dezessete já haviam sido resgatados pela blitz do Ministério do Trabalho.
O diretor-presidente da empresa, Henri Philippe Reichstul, afirmou que o trabalho de adequação foi feito "dia e noite" e que já está "tudo em ordem". "Os valores e as práticas da empresa convergem claramente com as preocupações da Procuradoria e do Ministério do Trabalho para o setor."
Bill Clinton, ex-presidente dos EUA, é um dos investidores da Brenco, que tem entre os fundadores Stephen Case, fundador da AOL, James Wolfensohn, ex-presidente do Banco Mundial, e Vinod Khosla, indiano radicado nos EUA e fundador da Sun Microsystems.
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