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18/03/2008 - 15h48

Relator da CPI dos Cartões rejeita quebra de sigilos dos gastos da Presidência

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GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília

O deputado Luiz Sérgio (PT-RJ), relator da CPI mista (com deputados e senadores) dos Cartões Corporativos, defendeu nesta terça-feira que a comissão não quebre os sigilos dos gastos da Presidência da República efetuados com os cartões. Na opinião do relator, é possível investigar abusos nos gastos com cartões corporativos sem que a CPI tenha acesso aos dados sigilosos.

"Até o momento, eu realmente não vi nenhuma motivação para quebrar o sigilo. Mas a dinâmica da CPI vai nos colocar diante dessa necessidade ou não", afirmou. Na semana que vem, a comissão vai ouvir os depoimentos do ministro Jorge Félix (Gabinete de Segurança Institucional) para explicar se a quebra dos sigilos de gastos da Presidência da República pode trazer riscos à segurança nacional.

Sérgio avalia que o STF (Supremo Tribunal Federal) já se manifestou em diversas ocasiões contra a revelação das informações sigilosas. "Não é que se queira ocultar dados ou não. Se houver o entendimento que é essencial a segurança do Estado brasileiro, o sigilo não será quebrado", enfatizou.

Ao contrário de Sérgio, a presidente da CPI, senadora Marisa Serrano (PSDB-MS), defendeu a quebra do sigilo para que haja avanços nas investigações. "Na minha ótica, não há como ter dados sigilosos para o Congresso Nacional. Se forem restritos, teremos que ter cuidado para que não se espalhem. Mas fica ao nosso critério fazer esse sigilo", defendeu.

A senadora rebateu críticas da própria oposição de que a CPI se tornou uma "farsa" ao cogitar realizar as investigações sem quebras de sigilo. "Não podemos ser açodados. Não há farsa e não há tempo para dizer que há um clima de desconfiança. Não é um grande personagem que faz a CPI andar. Qualquer ação pode mudar a face da CPI", disse.

Para Sérgio, a oposição fez um pré-julgamento ao afirmar que a CPI só terá avanços se houver quebras de sigilo. "O que não pode é fazer um pré-julgamento de que a CPI só é para valer se quebrar um grande número de sigilos. (...) Nós tivemos uma ministra que foi exonerada [Matilde Ribeiro, da Igualdade Racial] e não foi preciso quebrar sigilo", afirmou.

Embate

A quebra do sigilo de gastos da Presidência da República com os cartões corporativos virou o principal embate entre governo e oposição na CPI. O senador Álvaro Dias (PSDB-PR) reiterou hoje que a oposição poderá abandonar a comissão se as investigações não tiverem avanços.

"Eu defendo uma postura de radicalização da oposição, até mesmo se retirando da CPI, para não legitimar uma farsa. Quero reafirmar o que tenho dito: esta CPI se constituirá em farsa absoluta se mantiver os procedimentos inicialmente adotados", afirmou.

Marisa Serrano pediu o prazo de mais uma semana para que as investigações avancem, antes que a oposição discuta uma eventual debandada da comissão.

Comentários dos leitores
Eduardo Giorgini (345) 12/10/2009 11h02
Eduardo Giorgini (345) 12/10/2009 11h02
"Oposição critica sigilo em gastos do governo após análise das informações no TCU"
Pela lógica, as fichas para corrupção do PT vem da éra FHC ou Serra?
Uma equação um tanto estranha para justificar as falcatruas do PT.
A culpa é de Serra entao?
[]s
Eduardo.
sem opinião
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Luís da Velosa (1172) 18/08/2009 07h48
Luís da Velosa (1172) 18/08/2009 07h48
Cartão Corporativo... mais atos secretos. Cadê a transparência?! Meu Deus, que horror! Quanto cinismo! Quanta corrupção! sem opinião
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Monica Rego (311) 17/08/2009 15h49
Monica Rego (311) 17/08/2009 15h49
La vem a mídia conservadora e os demos tucanos, com memória curta já devem ter se esquecido do serra-card ou alguma coisa mudou?!
Ainda veremos muito tucano e demos pfl na cadeia e o povo paulista, mineiro, gaúcho pedindo desculpas por tamanha ignorância...!!!
33 opiniões
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