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Garibaldi e Virgílio batem boca no Senado; tucano diz que não tolera chacota
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GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília
O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), trocou farpas nesta terça-feira com o presidente da Casa, Garibaldi Alves (PMDB-RN). O bate-boca teve início depois que Virgílio cobrou explicações do peemedebista sobre a sessão em que os governistas aprovaram a medida provisória que criou a TV Pública, na semana passada.
Na ocasião, Virgílio fez uma série de críticas à atuação de Garibaldi na condução dos trabalhos. O tucano chegou a ameaçar romper o diálogo com o presidente do Senado, além de ter encaminhado requerimento para que Garibaldi explicasse a sua conduta.
Virgílio cobrou, nesta tarde, uma resposta de Garibaldi sobre o requerimento com explicações aos seus questionamentos. Sem perder a tradicional calma, o peemedebista disse que não compreende porque perdeu a confiança do tucano. "O que eu posso fazer se o senador Virgílio não quer mais se entender comigo? Eu não posso fazer nada", disse Garibaldi.
No fundo do plenário, o senador Pedro Simon (PMDB-RS) disse em tom bem-humorado que Garibaldi poderia renunciar à presidência para voltar a se entender com o tucano. Irritado, Virgílio reagiu à brincadeira dos colegas. "Eu não vou admitir ser tratado com brincadeira. Eu não estou aqui para ser motivo de chacota, nem ser desrespeitado", enfatizou.
Garibaldi, por sua vez, pediu desculpas ao tucano --que manteve o tom exaltado no debate. "Eu não estou aqui para sorrir, e sim para cumprir o meu dever para que as pessoas me dêem o mesmo tratamento. Não precisa pedir perdão. Eu quero é ter liberdade no plenário do Congresso Nacional. Não se faça de vítima, Vossa Excelência não tente castrar o meu exercício de líder."
Apesar da exaltação de Virgílio, Garibaldi reiterou seu pedido de desculpas. Mas disse que as ameaças do tucano "não contribuem em nada" para melhorar o clima na Casa. O bate-boca só foi encerrado depois que Simon disse que Garibaldi, pelo regimento interno do Senado, não deve trocar diálogos com os senadores quanto estiver na presidência dos trabalhos.
No fim da discussão, Garibaldi prometeu a partir de agora cumprir a regra do rodízio entre partidos políticos para a relatoria dos projetos que chegam na Casa --reivindicação apresentada por Virgílio em meio ao bate-boca.
"Se é o rodízio que divide a oposição e nos constrange, estou disposto a fazer. Mas repito que vou fazer se não for na base da ameaça, goste Vossa Excelência ou não goste", afirmou o peemedebista ao tucano.
Manobra
O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), negou que o governo tenha usado qualquer manobra para aprovar a MP da TV Pública, na semana passada. A oposição se irritou com a articulação utilizada por Jucá para apressar a aprovação da TV Pública.
O líder recomendou a rejeição de uma medida provisória editada pelo próprio governo considerando que ela não era urgente nem relevante, com o objetivo de permitir que a MP da TV Pública fosse votada.
"Naquela noite, até o último momento, eu propus o entendimento. Mas eu não ia impedir a votação de uma matéria importante para o governo por causa de uma manobra da oposição, que obstruiu os trabalhos. O que nós vimos foi lamentável", disse Jucá.
Virgílio também reclamou da ameaça do governo em encaminhar uma "enxurrada" de medidas provisórias ao Congresso com liberação de créditos extraordinários caso o Orçamento não fosse aprovado na semana passada. "Não existe ameaça maior para o funcionamento do Congresso Nacional que uma enxurrada de MPs", enfatizou.
Jucá, por sua vez, disse que em nenhum momento a postura do governo federal foi de ameaça. "Não há ameaça, o governo quer o entendimento. Ninguém está querendo fazer rolo compressor."
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Eles fazem leis que serão aprovadas e colocadas em execução, o outro é o executor dessas leis e tambem tem o poder de legislar.
E começa a grande fanfarra das leis:
De incentivo ao esporte amador, de incentivo as ONGs, de incentivo a cultura, de incentivo a muita coisa que pode levar o dinheiro do povo brasileiro.
Nesse ponto entram as Estatais que estão sempre financiando uns e outros desses incentivos e desses esportes tidos como amadores com salarios mensais maiores muito maiores que o salario minimo.
O que nossos politicos fazem, são projetos para beneficiar todo um sistema corporativista que interage entre si.
E a Nação o povo coitado, fica na berlinda, fica de lado e exposto a todo o tipo de sorte que possa conseguir para sobreviver nessa onde de violência.
E o dinheiro vai saindo fazendo um mensalão aqui, outro mensalão ali, e muitos mensalões vão sendo construidos se transformando na maior industria do mundo com o produto sendo a corrupção.
Realmente tudo isso é vergonhoso e o pior é que ninguem faz nada para evitar tanta violencia contra a Nação brasileira.
E vem eleições, sai as eleições e o povo burro, comprado, manipulado, massa de manobra, vota sempre sa mesma cambada de safados, e eternamente essa vergonha toda se institucionaliza nos fazendo de refens dessa covarde atitude de um poder politico.
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Ou essa política radical ambientalista é para evitar a concorrência internacional no agronegócio? Enquanto eles aumentam suas áreas, mandam ONGs para doutrinar os brasileiros a não produzirem e eles permanecerem hegemônicos e mais ricos.
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