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Hage defende investigações para apurar irregularidades no uso dos cartões corporativos
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GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília
Em meio à ameaça da oposição de abandonar a CPI mista (com deputados e senadores) dos Cartões Corporativos, o ministro Jorge Hage (Controladoria Geral da União) disse nesta quarta-feira ser favorável às investigações para apurar irregularidades no uso dos cartões. Depois de prestar depoimento por quase quatro horas na CPI, o ministro disse não acreditar que a comissão se transformará em uma "farsa" --como acusa a oposição.
"Para mim, toda CPI é importante, pode ser útil. Além das medidas que o governo já tomou para aprimorar o uso do cartão, não somos donos da verdade. Temos certeza que surgirão novas contribuições", afirmou.
Hage disse acreditar que surgirão novas denúncias de irregularidades no uso dos cartões, uma vez que o mecanismo é utilizado pela administração federal desde 1998. O ministro afirmou que outros integrantes do primeiro escalão do governo podem ter usado cartões corporativos para o pagamento de despesas alimentícias de forma irregular --a exemplo do que foi realizado pelos ministros Orlando Silva (Esportes) e Altemir Gregolin (Pesca).
"Como a CPI se propõe a investigar suprimentos de fundos desde 1998, vamos ser instados a prestar informações sobre exercícios passados. É possível que encontremos algo muito além da tapioca, que se tornou algo jocoso. A opção de alimentar-se com a tapioca é uma escolha pessoal. O erro é pagar alimentação em Brasília com o cartão."
Sigilos
O ministro disse que caberá à própria CPI discutir a quebra de sigilo dos gastos com cartões corporativos, uma vez que existe legislação específica para normatizar o tema.
"Se a CPI no final entender que deve formular proposta de alteração legislativa, está no local legítimo para fazê-lo. O presidente Lula não mudou as leis. Se a legislação é adequada ou não, o lugar de discuti-la é o Congresso", disse.
Depois do depoimento de Hage, a CPI começou a ouvir o ministro Paulo Bernardo (Planejamento) sobre o uso dos cartões corporativos no governo federal. Ao chegar à comissão, o ministro disse não ver nenhum problema em se manter o sigilo sobre informações de gastos do governo federal.
"As ações de caráter sigiloso existem com regulamentação prevista em lei. Normalmente, quando se vota o Orçamento, se incluem gastos sigilosos. Não vejo nenhum problema nisso", afirmou Bernardo.
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Pela lógica, as fichas para corrupção do PT vem da éra FHC ou Serra?
Uma equação um tanto estranha para justificar as falcatruas do PT.
A culpa é de Serra entao?
[]s
Eduardo.
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Ainda veremos muito tucano e demos pfl na cadeia e o povo paulista, mineiro, gaúcho pedindo desculpas por tamanha ignorância...!!!
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