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25/03/2008 - 15h50

Presidente do conselho da Finatec rejeita quebra de seus sigilos pela CPI das ONGs

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da Agência Senado
da Folha Online, em Brasília

O presidente do Conselho Superior da Finatec (Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos), Antônio Manoel Dias Henriques, não autorizou nesta terça-feira a quebra de seus sigilos bancário e telefônico pela CPI das ONGs. O pedido foi feito pelo senador Álvaro Dias (PSDB-PR).

"Coloco-me à disposição da CPI, caso seja necessário, mas entendo que existe uma intervenção judicial na Finatec e, portanto, caso seja necessária a quebra dos meus sigilos, prefiro que seja realizada pela Justiça", afirmou Henriques.

Ele presta esclarecimentos à comissão sobre as denúncias de uso de recursos públicos da Finatec, no total de R$ 470 mil, para mobiliar o apartamento funcional ocupado pelo reitor da UnB (Universidade de Brasília), Timothy Mulholland.

No depoimento, Henriques negou participação no episódio, mas reconheceu que os recursos poderiam ter sido "melhor aplicados" pela Finatec. "Como presidente do conselho superior não tive participação nenhuma na autorização dessas compras. O conselho superior tem como objetivo dar políticas gerais da fundação", afirmou.

Ele disse ainda que não teve conhecimento dos gastos da Finatec no apartamento do reitor porque, como presidente da entidade, não era sua função tomar conhecimento de todas as despesas aplicadas pelo órgão.

Contratos

No depoimento à CPI, o presidente da Finatec também rebateu acusações de que a entidade teria utilizado influências políticas para firmar contratos com municípios e órgãos públicos. Segundo Henriques, o órgão em nenhum momento usou a relação com petistas ligados ao governo federal para ampliar seus contratos no país.

O Ministério Público do Distrito Federal investiga a suspeita de que administrações do PT tenham usado a Finatec como forma de estabelecer, sem licitação, contratos de mais de R$ 23 milhões com empresas pertencentes a um consultor com ligações com o PT.

Segundo a Promotoria, duas empresas foram subcontratadas pela Finatec para realizar serviços, recebendo R$ 23 milhões de um total de R$ 50 milhões: a Intecorp Consultoria Empresarial e Camarero & Camarero Consultoria Empresarial.

À CPI, Henriques negou que a parceria com as empresas tivesse objetivos políticos. "A Finatec tem como grande parte de seus clientes órgãos públicos, até pela localização dela, na capital federal, junto ao governo federal e várias representações de governos e prefeituras. A fundação só teve condições de captar projetos porque tinha um produto desenvolvido em parceria com a Intercorp, que lhe permitia ter expertise para buscar contratos no mercado", justificou.

Henriques disse ainda que todas as atividades da entidade cumprem a determinação legal, com aplicação de seus recursos em pesquisa e tecnologia. "Esse tipo de trabalho está perfeitamente compatível com os objetivos estatutários da fundação", enfatizou.

Críticas

O senador Heráclito Fortes (DEM-PI) criticou a relação entre a Finatec e os órgãos públicos para permitir a contratação de empresas privadas sem a necessidade de realização de licitação pública. "É uma relação frouxa, fraca e promíscua entre o público e o privado."

Já o senador José Agripino (DEM-RN) lembrou que a Finatec, como uma fundação de apoio à UnB, foi criada com o objetivo de captar recursos para o desenvolvimento de atividades científicas e tecnológicas.

"Parece que a Finatec era o elemento quebrador de concorrências públicas. Essa CPI vai investigar com a profundidade devida para proteger o interesse público e a coletividade."

Comentários dos leitores
José Candido (6) 09/06/2009 20h08
José Candido (6) 09/06/2009 20h08
O brasileiro é pirata por origem (PO) e isso nunca vai mudar. E o ditado que diz "Ladrão que rouba ladrão tem 100 anos de perdão" esta sendo levado à risca. Tem ONG de todo tipo, e para todos os fins. E o pior é que tem PT infiltrado em todos os setores públicos do país. Será que eles pensam que essa proposta burra de todo mundo viver às custas dos impostos vai durar muito tempo? Sem ninguém produzir nada? Cuba já era. URSS desmoronou. A China vive de trabalho escravo. Albania ninguém nem escuta falar mais. Acorda gente. O Feijão e o Sonho é só conto da carochinha. E a galinha dos ovos de ouro? O velho fez coxinha dela. O PT quer fazer o mesmo com o nosso país. sem opinião
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Percevera Esperança (13) 09/06/2009 06h55
Percevera Esperança (13) 09/06/2009 06h55
O descredito e inoperancia do Congresso Nacional junto a opiniao publica tem nome: chama-se PSBB. 7 opiniões
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Percevera Esperança (13) 09/06/2009 06h38
Percevera Esperança (13) 09/06/2009 06h38
O PSDB ameaça trancar votações do Senado em protesto à manobra para tirar Virgílio de CPI, assim paralizando o Brasil, essa tem sido nos ultimos sete anos a extrategia deles, travar as votacoes no congresso nacional, assim pensam que voltarao ao poder promovendo a desordem, o retrocesso e aires de caos no Brasil, acreditam que serao favorecidos ao alcancar sua meta, almejam favorecimento ao protagonizado sua tese de que no Brasil: " o quanto pior, melhor " ! 9 opiniões
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