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Oposição chama Dilma de aloprada e ameaça com nova CPI no Senado
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GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília
Em discurso no plenário, do Senado, o líder do PSDB, Arthur Virgílio (AM), chamou hoje a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) de "aloprada" ao comentar o vazamento de informações do suposto dossiê com gastos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) com cartões corporativos. O tucano lembrou que o termo foi utilizado pelo próprio presidente Lula em 2006, quando um grupo de petistas teria ordenado a montagem de dossiê anti-tucano na disputa eleitoral.
Exaltado, o líder disse que a ministra tinha consciência do vazamento para o dossiê. "Não há essa história de que existe aloprado, não. Ela é aloprada. Aconteceu o alopramento da ministra Dilma. Ela é aloprada. Isso que aconteceu foi alopramento. Para ficarmos na linguagem amena do presidente Lula", disse o tucano.
Segundo Virgílio, a ministra não pode "adotar a cultura do eu não sabia", ou mesmo negar que tenha supostamente autorizado o vazamento das informações. "A ministra, provavelmente, sabia o que se passava, ligando para resolver um problema político do governo. E aí é que vem a teia da democracia caindo como uma mosca, quem sabe, na teia que a democracia arma para pegar contradições."
Virgílio comparou o suposto dossiê com informações do ex-governo FHC no uso dos cartões corporativos ao episódio da quebra do sigilo do caseiro Francenildo Costa, autorizado por assessores do ex-ministro Antonio Palocci (Fazenda). "Ele que foi um dos grandes ministros da Fazenda deste país, caiu porque pesou sobre ele a deprimente suspeita de ter participado de uma manobra que quebrou o sigilo de um brasileiro", disse
A oposição está disposta a criar uma nova CPI para investigar os cartões corporativos do governo se a base aliada do governo insistir em blindar Dilma para evitar que ela preste depoimento sobre o suposto dossiê.
A Folha Online apurou que parlamentares do DEM e PSDB reiniciaram as conversas para que a CPI seja instalada apenas no Senado --onde o governo não tem maioria. É que na CPI mista (formada por deputados e senadores) dos Cartões, o governo tem a maioria dos cargos e vem impedindo a oposição de convocar integrantes do governo.
Críticas
O tucano também disparou críticas à secretária-executiva da Casa Civil, Erenice Alves Guerra, braço-direito da ministra Dilma Rousseff, que teria dado a ordem para a organização do dossiê, segundo reportagem publicada pela Folha.
Virgílio se encontrou com Erenice nesta quinta-feira, quando foi ao Palácio do Planalto ao lado de outros tucanos para pedir a quebra dos gastos da Secretaria Geral da Presidência da República no período em que comandou a pasta, na gestão FHC.
O líder disse que ficou "chocado" ao saber do envolvimento de Erenice no caso, uma vez que a secretária disse ontem que investigava o vazamento e considerava o fato "lamentável". "Eu considero, e não tem como ela dizer que não preparou isso, que conheci uma pessoa perigosa. Se alguém quisesse montar uma quadrilha e quisesse passar pelo aeroporto sem despertar suspeita de ninguém, poderia colocá-la à testa do negócio, porque ninguém ia suspeitar dela no aeroporto", afirmou.
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"Segundo o parecer da Procuradoria, "com exceção das imputações feitas nas referidas representações --imputações que não se confirmaram-- não consta dos autos sequer indícios da participação da ministra da Casa Civil Dilma Rousseff, do ministro da Justiça Tarso Genro e do ministro Jorge Hage, da Controladoria-Geral da República, nos fatos noticiados, nenhuma prova de que partiu da primeira a ordem para a elaboração do dossiê ou para a divulgação dos dados, nem da omissão dos demais na apuração dos fatos". "
Tá bom, vou fazer de conta que eu acredito.
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Só espero que o senado barre essa aquisição do TCU. Se for eleição 50% + 1 ela tá dentro, mas se tiver que ser 2/3 do senado, temos alguma chance para que isso não ocorra.
Prefiro o Múcio, pois não é fiel a ninguém, só a ele mesmo e assim alguma falcatrua sempre sobra e nós ficamos sabendo e podemos pressionar, com a Eunice isso não aocnteceria, apenas o que fosse oposição, o que fosse da casa seria suprimido.
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