Planejamento diz que reajuste de servidores federais atingiu até 240%

No momento em que várias categorias de servidores públicos federais reivindicam aumentos salariais, o Ministério do Planejamento divulgou um balanço sobre os reajustes concedidos desde 2003, primeiro ano do governo Lula. O levantamento mostra que em alguns casos os aumentos chegaram a praticamente 240%.

Segundo o Planejamento, a criação da mesa nacional de negociação, em 2003, foi responsável pela reorganização de 112 tabelas de remuneração, concursos para a contratação de 108 pessoas, sendo que 32 mil substituíram trabalhadores terceirizados.

Além disso, segundo o levantamento, alguns concursos foram feitos para atender a uma nova demanda, como o aumento dos investimentos em infra-estrutura e analistas em políticas sociais.

Entre os aumentos efetuados entre 2002 e 2007, está o de pesquisados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) com doutorado. Antes, esse cargo fazia parte da carreira de Ciência e Tecnologia e tinha um salário inicial de R$ 3.120,17. Com a reestruturação, passou para R$ 6.367,48, alta de 104,07%. Para os servidores com mestrado, a remuneração inicial passou de R$ 2.186,29 para R$ 5.956,72.

Um analista da CVM (Comissão de Valores Mobiliários) passou de R$ 2.970,03 em dezembro de 2002 para R$ 8.484,53 em dezembro de 2007.

Os controladores de vôo civis também tiveram um aumento expressivo, segundo o levantamento do Planejamento. O piso passou de R$ 1.654,49 para R$ 4.855,95, alta de 193,50%.

O maior reajuste ocorreu na categoria de servidores ligados à área administrativa. A remuneração do PCC (Plano de Classificação de Cargos) com nível superior passou de R$ 729,49 para R$ 2.327,87 e, com nível intermediário, de R$ 534,80 para R$ 1.807,87, uma elevação de 238,05%.