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Oposição quer integrar sindicância que vai apurar vazamento de suposto dossiê anti-FHC
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GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília
O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), disse hoje que o partido vai reivindicar participação na sindicância instalada no Palácio do Planalto para apurar o vazamento de informações que deu origem a um suposto dossiê com informações de gastos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) com cartões corporativos. Virgílio disse que o partido vai solicitar à Casa Civil da Presidência da República que um parlamentar tucano acompanhe a sindicância interna.
O líder argumenta que a participação na sindicância é "fundamental" uma vez que o partido foi o principal alvo do dossiê --cujas informações que o compõem teriam sido vazadas pela Casa Civil. A intenção do PSDB é protocolar no Palácio do Planalto, ainda nesta terça-feira, requerimento com o pedido de participação na sindicância.
"A minha convicção é de que houve dossiê e que esses documentos são públicos. Eu entendi que o ministro Múcio [José Múcio, de Relações Institucionais] disse que houve, sim, que houve o dossiê. E alguém vazou criminosamente. E disse que não era alguém do governo", argumentou Virgílio.
Os governistas, por sua vez, aproveitaram a reunião da CPI nesta terça-feira para negar a existência de qualquer dossiê anti-FHC. O deputado Paulo Texeira (PT-SP) argumentou que o governo apenas fez um "banco de dados" com informações de gastos do ex-presidente com cartões corporativos.
"Nós refutamos a indicação de qualquer existência de dossiê. A informação do banco de dados era pública, o senador Virgílio sabia disso. O Palácio do Planalto está tomando todas as providências para investigar e punir o servidor que quebrou o sigilo", argumentou Teixeira.
O deputado Carlos William (PTC-MG) considerou impossível a participação da oposição na sindicância. "Não existe a menor hipótese de parlamentar acompanhar essa comissão. Ainda mais de oposição. Isso não existe. É jogar para a platéia, fazer pirotecnia."
O deputado Silvio Costa (PMN-PE) chegou a afirmar que "faltou humildade" ao líder do PSDB para reconhecer que sabia da existência do banco de dados no Palácio do Planalto.
"Desde 2005, um senador de referência da oposição [Virgílio] faz pedido de informação e o governo informa que está construindo um banco de dados. O senador não teve a humildade de reconhecer que o governo informou que em 2005 tinha um banco de dados. Faltou humildade ao senador que me antecedeu. A oposição tenta cravar a palavra dossiê, o governo diz que não existe dossiê e mostra banco de dados", enfatizou Costa.
Informações
A oposição fez um apelo para que o governo digitalize as informações que serão encaminhadas à CPI nesta terça-feira com gastos do Executivo com cartões corporativos --que não incluem as informações sigilosas reivindicadas pela oposição. A presidente da CPI, senadora Marisa Serrano (PSDB-MS) teme que "caminhões" de papéis cheguem à comissão para análise dos parlamentares.
"Eu espero que o interesse dessa casa é que não venham jamantas, caminhões. Espero que o governo mande em disquete, por meio eletrônico. Há um requerimento meu nesse sentido", afirmou.
Costa, por sua vez, disse que o governo vai encaminhar mais de duzentas mil notas fiscais, por isso fica impossível digitalizar todas as informações. Já o presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), ironizou a quantidade de papéis que serão encaminhados à CPI.
"O conjunto de dados está com o governo federal. Era fundamental que o governo tivesse banco de dados, não caminhões de papel. O que não se pode é extrair desse banco de dados um dossiê", disse.
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"Segundo o parecer da Procuradoria, "com exceção das imputações feitas nas referidas representações --imputações que não se confirmaram-- não consta dos autos sequer indícios da participação da ministra da Casa Civil Dilma Rousseff, do ministro da Justiça Tarso Genro e do ministro Jorge Hage, da Controladoria-Geral da República, nos fatos noticiados, nenhuma prova de que partiu da primeira a ordem para a elaboração do dossiê ou para a divulgação dos dados, nem da omissão dos demais na apuração dos fatos". "
Tá bom, vou fazer de conta que eu acredito.
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Só espero que o senado barre essa aquisição do TCU. Se for eleição 50% + 1 ela tá dentro, mas se tiver que ser 2/3 do senado, temos alguma chance para que isso não ocorra.
Prefiro o Múcio, pois não é fiel a ninguém, só a ele mesmo e assim alguma falcatrua sempre sobra e nós ficamos sabendo e podemos pressionar, com a Eunice isso não aocnteceria, apenas o que fosse oposição, o que fosse da casa seria suprimido.
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