Publicidade
Publicidade
16/10/2002
-
17h20
O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, elogiou hoje em Roma o candidato do PT à Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva, definindo-o como "o representante de uma corrente renovadora".
"A possível vitória de Lula vai marcar um poderoso passo adiante de uma corrente renovadora que percorre a América Latina por todas as partes", afirmou Chávez, ao ser questionado sobre as consequências que teria para o continente a eleição de um ex-sindicalista de esquerda no Brasil.
Chávez e Lula são amigos e mantêm contatos constantes desde o ano passado. O venezuelano enviou ao petista uma espada de Simon Bolívar para presenteá-lo pela votação obtida no primeiro turno das eleições.
"Lula é um operário, um trabalhador, um homem humilde e muito honesto com o qual compartilhamos visões", disse. "A esquerda retoma seus objetivos humanistas. A tese do fim das ideologias está derrotada, não há razão moral para sustentá-la", afirmou.
A ligação de Chávez com Lula, líder nas pesquisas de intenção de voto, chegou a ser aludida pelo adversário do petista na disputa, José Serra (PSDB). O tucano relacionou uma eventual vitória de Lula à uma situação de instabilidade política, como a que vive atualmente a Venezuela.
O presidente da Venezuela enfrenta dificuldades internas e pressão de grupos empresariais e sindicalistas, por causa da profunda recessão, inflação alta e desemprego, que abalaram a confiança dos investidores e dificultam o acesso do governo a financiamento internacional.
A situação começou a piorar no ano passado, quando Chávez lançou e conseguiu aprovar um pacote de 49 leis que permitiu expropriar terras para exploração de petróleo. A atitude causa indignação entre o setor empresarial -maior opositor de Chávez- que dá início a greves. A exemplo dos petroleiros, outros setores também começam a se opor às ações de Chávez.
Vitória petista
"Um golpe no Brasil? Não acredito. Creio que as Forças Armadas brasileiras estão convencidas de que entramos em um novo ciclo", disse Chávez sobre as consequências de uma vitória de Lula. "Vão acontecer muitas coisas na América Latina."
Segundo Chávez, será preciso um consenso dos países da América do Sul, como Brasil e Argentina, para encontrar uma saída "conjunta" para o problema da dívida externa.
"Em 30 anos pagamos o dobro do valor que devíamos e hoje a dívida é maior", declarou Chávez, convidado de honra da cerimônia realizada pela Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO), por ocasião do Dia Mundial da Alimentação.
Chávez, que estava em Paris, permanecerá apenas um dia na Itália. O presidente da Venezuela ainda visitará o Reino Unido e a Noruega antes de retornar a seu país no próximo sábado (19).
Com agências internacionais
Leia mais:
Em entrevista a jornal italiano, Lula rechaça comparação com Chávez
Milhares de venezuelanos saem às ruas contra Chávez
Veja também o especial Eleições 2002
Para Chávez, Lula é representante de "corrente renovadora"
da Folha OnlineO presidente da Venezuela, Hugo Chávez, elogiou hoje em Roma o candidato do PT à Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva, definindo-o como "o representante de uma corrente renovadora".
"A possível vitória de Lula vai marcar um poderoso passo adiante de uma corrente renovadora que percorre a América Latina por todas as partes", afirmou Chávez, ao ser questionado sobre as consequências que teria para o continente a eleição de um ex-sindicalista de esquerda no Brasil.
Chávez e Lula são amigos e mantêm contatos constantes desde o ano passado. O venezuelano enviou ao petista uma espada de Simon Bolívar para presenteá-lo pela votação obtida no primeiro turno das eleições.
"Lula é um operário, um trabalhador, um homem humilde e muito honesto com o qual compartilhamos visões", disse. "A esquerda retoma seus objetivos humanistas. A tese do fim das ideologias está derrotada, não há razão moral para sustentá-la", afirmou.
A ligação de Chávez com Lula, líder nas pesquisas de intenção de voto, chegou a ser aludida pelo adversário do petista na disputa, José Serra (PSDB). O tucano relacionou uma eventual vitória de Lula à uma situação de instabilidade política, como a que vive atualmente a Venezuela.
O presidente da Venezuela enfrenta dificuldades internas e pressão de grupos empresariais e sindicalistas, por causa da profunda recessão, inflação alta e desemprego, que abalaram a confiança dos investidores e dificultam o acesso do governo a financiamento internacional.
A situação começou a piorar no ano passado, quando Chávez lançou e conseguiu aprovar um pacote de 49 leis que permitiu expropriar terras para exploração de petróleo. A atitude causa indignação entre o setor empresarial -maior opositor de Chávez- que dá início a greves. A exemplo dos petroleiros, outros setores também começam a se opor às ações de Chávez.
Vitória petista
"Um golpe no Brasil? Não acredito. Creio que as Forças Armadas brasileiras estão convencidas de que entramos em um novo ciclo", disse Chávez sobre as consequências de uma vitória de Lula. "Vão acontecer muitas coisas na América Latina."
Segundo Chávez, será preciso um consenso dos países da América do Sul, como Brasil e Argentina, para encontrar uma saída "conjunta" para o problema da dívida externa.
"Em 30 anos pagamos o dobro do valor que devíamos e hoje a dívida é maior", declarou Chávez, convidado de honra da cerimônia realizada pela Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO), por ocasião do Dia Mundial da Alimentação.
Chávez, que estava em Paris, permanecerá apenas um dia na Itália. O presidente da Venezuela ainda visitará o Reino Unido e a Noruega antes de retornar a seu país no próximo sábado (19).
Leia mais:
Veja também o especial Eleições 2002
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Nomeação de novo juiz do Supremo pode ter impacto sobre a Lava Jato
- Indicação de Alexandre de Moraes vai aprofundar racha dentro do PSDB
- Base no Senado exalta currículo de Moraes e elogia indicação
- Na USP, Moraes perdeu concursos e foi acusado de defender tortura
- Escolha de Moraes só possui semelhança com a de Nelson Jobim em 1997
+ Comentadas
- Manifestantes tentam impedir fala de Moro em palestra em Nova York
- Temer decide indicar Alexandre de Moraes para vaga de Teori no STF
+ EnviadasÍndice
