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10/07/2008 - 07h33

Justiça do Acre adia júri popular do "crime da motosserra"

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PABLO SOLANO
da Agência Folha

O júri popular do "crime da motosserra" --marcado originalmente para a próxima segunda-feira-- foi adiado ontem pela Justiça do Acre. O motivo é a ausência de advogados para defender o deputado federal cassado Hildebrando Pascoal e o irmão dele, Pedro Pascoal. Ainda não há nova data para o júri popular.

De acordo com o MP-AC (Ministério Público do Acre), os dois irmãos, ajudados por outras pessoas, seqüestraram e mataram em 1996 Agilson Santos Firmino, o "Baiano". Antes de matá-lo, perfuraram seus olhos e cortaram com uma motosserra suas pernas, braços e pênis. O caso veio à tona com a CPI do Narcotráfico, em 1996.

Hildebrando alegou que não possui recursos para pagar um advogado. Ele dispensou os serviços do profissional que estava destacado para sua defesa.

Já o advogado que estava apto a defender Pedro, de acordo com o Ministério Público, renunciou à procuração que lhe foi outorgada pelo réu.

Parecer do Ministério Público questiona a alegação de falta de condições financeiras e diz que os bens de Hildebrando foram passados para sua ex-mulher em um processo de separação. Seria uma forma de impedir que o patrimônio da família fosse dilapidado por decisões judiciais.

Diante da falta de advogado, o juiz Élcio Sabo Mendes Júnior solicitou para a Defensoria Pública do Acre a lista dos defensores públicos que atuam no Estado para escolher ele próprio quem cuidará da causa.

A decisão foi tomado após o defensor Valdir Perazzo Leite, nomeado pelo órgão para a tarefa, alegar que não poderia defender Hildebrando por falta de tempo para se dedicar aos autos do processo.

O parecer do Ministério Público também levanta dúvidas sobre a atuação do criminalista Sanderson Moura, que presta consultoria jurídica para Hildebrando, mas que não está constituído como defensor do réu. Moura afirma que está ao dispor do juiz para ser nomeado como advogado dativo.

Em seu blog na Internet, Moura publicou textos em defesa de Hildebrando. Para ele, as provas contra o réu são frágeis e baseadas em reportagens da imprensa.

 

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