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14/01/2003 - 16h58

Suíça confirma que contas bloqueadas são de remessas ilegais do Rio

ANA PAULA GRABOIS
da Folha Online

O governo da Suíça, por meio de sua embaixada no Brasil, confirmou que os 33 milhões de euros (cerca de R$ 110 milhões) bloqueados pela Justiça em contas de brasileiros depositados nos bancos do país são referentes à remessa ilegal de verbas do Rio.

O dinheiro vem de um esquema de remessa ilegal supostamente montado por funcionários da fiscalização estadual durante o governo de Anthony Garotinho, que incluiria também extorsão e lavagem de dinheiro.

O motivo do bloqueio das contas, segundo informou a Procuradoria de Berna, é a suspeita de lavagem de dinheiro.

O Ministério Público Federal pediu ontem à Justiça brasileira o repatriamento de US$ 33,45 milhões (cerca de R$ 110 milhões) depositados em contas na Suíça. Foi a própria fiscalização suíça que iniciou a investigação.

O Ministério Público Estadual do Rio de Janeiro abriu na quinta-feira passada (9) inquérito civil contra funcionários do governo do Estado que estariam envolvidos no esquema para investigar se houve crime de improbidade administrativa dos servidores do Estado no caso.

Os suspeitos
O esquema de envio dinheiro à Suíça envolveria o ex-secretário-adjunto de Administração Tributária do governo de Anthony Garotinho (PSB), Rodrigo Silveirinha Corrêa, que também foi assessor financeiro da campanha de Rosinha Garotinho, atual governadora.

Silveirinha seria titular de uma das contas na Suíça que teriam recebido ilegalmente verbas do Brasil. Ontem, em entrevista, ele negou a informação.

A Polícia Federal (PF) abriu inquérito para investigar possíveis crimes de sonegação fiscal e lavagem de dinheiro no dia 11 de dezembro praticados pelos oito funcionários públicos. A PF avalia que o dinheiro depositado na Suíça não condiz com a ocupação dos envolvidos.

Além de Silveirinha, são investigados os servidores Lúcio Manoel Picanço, Carlos Eduardo Ramos e Romulo Gonçalves. Outros quatro fiscais da Receita Federal estão sendo investigados apenas pelo Ministério Público Federal.

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