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Decisão sobre terra na Bahia pode "iluminar" julgamento da Raposa/Serra do Sol, diz Mendes
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GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília
O STF (Supremo Tribunal Federal) julga nesta quarta-feira ação sobre a demarcação da terra indígena Caramuru-Paraguaçu (BA), que pode servir de base para a decisão sobre a homologação da reserva Raposa/Serra do Sol (RR).
O presidente do STF, Gilmar Mendes, disse hoje que a decisão sobre a reserva da Bahia pode "iluminar" o julgamento da Raposa. "É um caso com peculiaridades, mas, obviamente, dependendo do tipo de manifestação, pode iluminar o julgamento próximo. É um caso que tem peculiaridades", afirmou Mendes.
O presidente do STF disse acreditar que o caso Raposa/Serra do Sol retorne à pauta do plenário até o início de dezembro.
No caso da reserva da Bahia, o STF vai julgar ação da Funai (Fundação Nacional do Índio) com o pedido para que sejam declarados nulos os títulos de propriedade sobre imóveis rurais na terra indígena. Cerca de 4,5 mil índios vivem na região, mas fazendeiros conseguiram obter títulos de posse das terras mesmo após a demarcação do espaço como terra indígena.
A Funai defende, na ação, que as terras sejam ocupadas exclusivamente pelos índios. Segundo a entidade, os títulos de posse são resultado de "transmissões ilegais e inconstitucionais do Estado da Bahia, como também de todos e quaisquer atos anteriores ou posteriores restritivos do domínio da União e da posse indígena".
Raposa/Serra do Sol
No final de agosto, o Supremo suspendeu o julgamento da ação que contesta a demarcação contínua da reserva indígena Raposa/Serra do Sol após pedido de vista do ministro Carlos Alberto Menezes Direito.
Relator da ação, o ministro Carlos Ayres Britto deu voto favorável à demarcação contínua da reserva, e pediu que seja derrubada a liminar que impedia a operação da Polícia Federal de retirada de não-índios da região.
Em seu voto, Britto reconheceu a competência constitucional da União para não apenas demarcar, mas "proteger" as terras ocupadas por indígenas. "O formato é contínuo", disse o ministro, ressaltando, contudo, que é possível a conciliação entre índios e não-índios.
O STF julga a legalidade do decreto assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2005, que estabeleceu a demarcação contínua da reserva Raposa/Serra do Sol. A constitucionalidade do decreto é contestada por parlamentares e governo do Estado, e produtores de arroz instalados na região.
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A ambição por terras e o melhor negócio que existe, não precisa plantar nas terras é consegui-las, sendo esse o principal objetivos dos índios e dos fazendeiros, depois vem o negocio para quem trabalha é honesto e desenvolve a terra.
Para esse vai sobrar a oportunidade de arrendar essas terras, comprar essa terras de Índios e Fazendeiros e outros oportunistas e tirar o lucro que a terra pode propiciar.
Interessante ninguem fala que os sem terra daquela região que estão lá a mais de 20 anos estão produzindo, tantas toneladas de Arroz, de Soja de feijão, de milho.
Ninguem fala isso que os Índios tambem estão produzindo o mesmo nas terras que ganharão de presente da União, ninguem fala nada e todos querem as terras os objetivos são divernos!
O primeiro ojjetivo e os bons emprestimos do governo Federal com os Bancos Publicos, já estão por lá o BNDES, e a CEF.
Bem todos querem o principal o cerne sem precisarem trabalhar, depois da valorização vai vir o negocio e o dinheiro da vendo ou do Arrendamento e é claro vai ter uma lei que vai aprovar que os Índios possam vender parte das suas reservas que os assentados do MST, tambem possam vender e assim vai indo.
Apareceu esses dias na TV que assentados a mais de dois anos não conseguiam produzir nada e olhem que tem o MST por traz de tudo.
Muitos já venderam os lotes.
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