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24/03/2003
-
18h16
da Folha Online, em Brasília
O presidente da Ajufe (Associação dos Juízes Federais do Brasil) divulgou nota oficial no final da tarde na qual cobrou ações urgentes do governo federal para combater o crime organizado do país. A nota foi motivada pelo assassinato do juiz Alexandre Martins de Castro Filho, da Vara de Execuções Penais do Espírito Santo, ocorrido na manhã desta segunda-feira.
Martins foi assassinado com cinco tiros, em frente a uma academia de ginástica, em Vila Velha, na região metropolitana de Vitória. O juiz pertencia ao Grupo de Repreensão ao Crime Organizado, que atua no Estado desde o ano passado.
"O governo precisa informar quais são as medidas práticas que está tomando para garantir a segurança dos juízes. Apenas colocar seguranças para escoltá-los não vai resolver o problema, embora, neste momento, tenha se tornado uma medida imprescindível", diz nota assinada pelo presidente da Ajufe, Paulo Sérgio Domingues.
Para a entidade, o estágio "gravíssimo" que a situação atingiu exige que o governo "pare de discursar e parta para a ação efetiva em áreas prioritárias". A Ajufe citou como prioridades o combate à raiz do crime organizado, ou seja, em que setores o crime está infiltrado.
"Neste ponto, uma das medidas fundamentais é descobrir onde estão as infiltrações desses criminosos dentro dos órgãos públicos e governos", afirmou Domingues.
Outra medida básica, segundo o presidente da Ajufe, é o aperfeiçoamento urgente do sistema de inteligência da polícia, para permitir o acesso rápido às informações em todo país, de forma integrada, o que tornaria as investigações realmente eficientes. Domingues também cobrou mais ação por parte do Congresso Nacional.
'Ao mesmo tempo, o Congresso também precisa fazer sua parte, aprovando, finalmente, o pacote de medidas referentes à segurança pública que está lá, parado há um ano, desde a morte do prefeito de Santo André, Celso Daniel', disse o magistrado.
O presidente da Ajufe afirmou ainda que a entidade continuará cobrando medidas efetivas do governo enquanto elas não forem colocadas em prática.
"Onde estão os assassinos do juiz Antonio José Machado Dias, executado semana passada em Presidente Prudente? Espero que não tenhamos de cobrar a mesma coisa daqui a dez ou quinze dias, com o assassinato de outro juiz", disse Domingues.
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Associação de juízes cobra medidas contra crime organizado
RICARDO MIGNONEda Folha Online, em Brasília
O presidente da Ajufe (Associação dos Juízes Federais do Brasil) divulgou nota oficial no final da tarde na qual cobrou ações urgentes do governo federal para combater o crime organizado do país. A nota foi motivada pelo assassinato do juiz Alexandre Martins de Castro Filho, da Vara de Execuções Penais do Espírito Santo, ocorrido na manhã desta segunda-feira.
Martins foi assassinado com cinco tiros, em frente a uma academia de ginástica, em Vila Velha, na região metropolitana de Vitória. O juiz pertencia ao Grupo de Repreensão ao Crime Organizado, que atua no Estado desde o ano passado.
"O governo precisa informar quais são as medidas práticas que está tomando para garantir a segurança dos juízes. Apenas colocar seguranças para escoltá-los não vai resolver o problema, embora, neste momento, tenha se tornado uma medida imprescindível", diz nota assinada pelo presidente da Ajufe, Paulo Sérgio Domingues.
Para a entidade, o estágio "gravíssimo" que a situação atingiu exige que o governo "pare de discursar e parta para a ação efetiva em áreas prioritárias". A Ajufe citou como prioridades o combate à raiz do crime organizado, ou seja, em que setores o crime está infiltrado.
"Neste ponto, uma das medidas fundamentais é descobrir onde estão as infiltrações desses criminosos dentro dos órgãos públicos e governos", afirmou Domingues.
Outra medida básica, segundo o presidente da Ajufe, é o aperfeiçoamento urgente do sistema de inteligência da polícia, para permitir o acesso rápido às informações em todo país, de forma integrada, o que tornaria as investigações realmente eficientes. Domingues também cobrou mais ação por parte do Congresso Nacional.
'Ao mesmo tempo, o Congresso também precisa fazer sua parte, aprovando, finalmente, o pacote de medidas referentes à segurança pública que está lá, parado há um ano, desde a morte do prefeito de Santo André, Celso Daniel', disse o magistrado.
O presidente da Ajufe afirmou ainda que a entidade continuará cobrando medidas efetivas do governo enquanto elas não forem colocadas em prática.
"Onde estão os assassinos do juiz Antonio José Machado Dias, executado semana passada em Presidente Prudente? Espero que não tenhamos de cobrar a mesma coisa daqui a dez ou quinze dias, com o assassinato de outro juiz", disse Domingues.
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