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16/03/2009 - 15h15

Secretário do Senado quer sindicância para investigar denúncia de nepotismo

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GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília

O senador Heráclito Fortes (DEM-PI), primeiro-secretário do Senado, solicitou nesta segunda-feira a instalação de comissão de sindicância na Corregedoria da Casa para investigar denúncia de que familiares de servidores da Casa estariam empregados em empresas que prestam serviço ao Legislativo.

Heráclito disse que não vai anunciar medidas, como a exoneração dos funcionários, antes que a Corregedoria investigue o caso.

O senador conversou na manhã de hoje com o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), sobre a acusação da prática de nepotismo entre os servidores terceirizados.

Reportagem do jornal "O Globo" afirma que pelo menos três diretores da Casa e duas empresas estariam envolvidos no esquema. Uma das empresas, a Aval, tem como responsável José Carvalho de Araújo --empresário que foi preso pela Polícia Federal na Operação Mão de Obra, acusado de fraudes em licitações do Senado.

Segundo a reportagem, estima-se que 90% dos servidores que trabalham em empresas terceirizadas do Senado têm parentesco com funcionários do Senado.

"Eu solicitei sindicância ao corregedor para apurar os fatos. Estou esperando o resultado. O presidente Sarney achou que minha atitude foi correta", afirmou Heráclito.

Parlamentares da base aliada do governo e da oposição estão dispostos a cobrar de Sarney a exoneração de familiares de diretores da Casa Legislativa empregados em empresas que prestam serviço ao Legislativo --caso a denúncia seja comprovada.

"Isso é um absurdo. O Senado não tem que encontrar maneiras de escamotear o nepotismo. O presidente Sarney precisa tomar essa medida urgente", disse o senador Demóstenes Torres (DEM-GO), presidente da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça).

Denúncias

A pressão dos senadores sobre Sarney ganhou força depois da onda de denúncias que atingiu o Senado desde que o peemedebista assumiu a presidência da Casa. Além da contratação de familiares de servidores em empresas terceirizadas, reportagem da Folha mostrou que mais de 3.000 funcionários da Casa receberam horas extras durante o recesso parlamentar de janeiro.

Além disso, há duas semanas, Agaciel Maia, então diretor-geral do Senado, deixou o cargo após a Folha revelar que ele não registrou em cartório uma casa avaliada em R$ 5 milhões.

Na semana passada, o diretor de Recursos Humanos do Senado, José Carlos Zoghbi, pediu exoneração depois de ser acusado de ceder um apartamento funcional para parentes que não trabalhavam no Congresso.

"O Senado é a bola da vez, e até mesmo por ser a bola da vez precisamos buscar um novo modelo de gestão. Isso exige um balanço geral em termos de administração. Poderia se contratar uma auditoria externa para fazer um diagnóstico da Casa", disse o senador Álvaro Dias (PSDB-PR).

Comentários dos leitores
helio marinho (39) 07/01/2010 01h42
helio marinho (39) 07/01/2010 01h42
Se fizer um estudo profundo e sem isenção, a de se observar que fazer poltica no Brasil é função secundária,fazendo bico,a maioria dos parlamentares são diretamente ou indiretamente donos das maiores empresas de bens e serviços,bem como,as grandes fazendas ,as grandes construtoras,ou seja, todos os grandes conglomerados produtivos ativos,estão de certa maneira, ligados na sua maioria a parlamentares de uma forma ou de outra,a aspiração politica é algo que atende aos interesses proprios,e nunca aquilo que se aprende e ensinado nos livros de Teoria Geral do Estado(TGE) ou Ciencia Politica(CP),é bem duvidoso que os"politicos"saibam da existencia pratica de tais conhecimentos propedeuticos,pois,chega-se as raias do absurdo da ignorancia,fica muito dificil de acreditar,que quem tenha tais conhecimentos aja da maneira como agem os parlamentares Brasileiros,é como senão tivessem responsabilidade sobre seus feitos,sua ações e atos ou coisa alguma,as proprias controversias definitivamente mostram a falta de discernimento e clareza das proprias atitudes,são absolutamentes inunes;fraldam,extravia,mentem,roubam,formam quadrilhas e esquemas,torturam e matam,simplesmente assim,e aí de alguem se for falar alguma coisa; e as grandes preoculpações e discursões dos tribunais de justiça,é saber se pode ou não usar algemas;Deus que País é esse chamado Brasil? sem opinião
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Manoel Ferreira Jr (37) 10/12/2009 09h33
Manoel Ferreira Jr (37) 10/12/2009 09h33
Creio que ninguém em sã consciência tem essa pretensão, Lucia Reyes. Sarney é forte demais. Fraco é o nosso país. O Maranhão, coitado, pena at´hoje por ter sido seu berço. Prova disso é que está aí até hoje. Certo é que alguma coisa houve pra que a mistura entre os palanques da Praça da Sé e o pessoal da ARENA acontecesse. Ou talvez e mais provável é que não fossem tão diferentes assim.
De qualquer forma, parabéns pela sua coerência! Só desejo sinceramente que ela não seja fruto de um ato secreto qualquer!
1 opinião
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Maria Paula (3) 10/12/2009 09h31
Maria Paula (3) 10/12/2009 09h31
Será que esse povo não se cansa de ficar desenterrando denúnicas contra o bigode não? sem opinião
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