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Agricultores protestam em 12 Estados por melhoria no campo
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da Agência Folha
Trabalhadores rurais realizaram ontem protestos em 12 Estados por melhorias nas condições de trabalho no campo. Houve bloqueios de rodovias e manifestações em frente a bancos e órgãos de governos.
O MPA (Movimento dos Pequenos Agricultores) organizou a jornada, que contou com apoio do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) e da Via Campesina.
Os manifestantes pedem crédito para a produção de alimentos, regularização fundiária, melhoria na infraestrutura do trabalho dos camponeses, moradia e são contra o agronegócio. Neste ano, incluíram na pauta a questão das enchentes no Nordeste e a seca no Sul.
"Neste ano, uma das principais reivindicações da jornada é tratar dos problemas causados por alterações climáticas às produções. Medidas emergenciais não resolvem o problema", disse Valmir Noventa, da direção nacional do MPA.
Segundo o MPA, houve atos no Espírito Santo, Minas Gerais, Rondônia, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Goiás, Bahia, Sergipe, Pernambuco, Piauí e Alagoas.
No Rio Grande do Sul, a PRF (Polícia Rodoviária Federal) informou que houve bloqueios de rodovias e pontes em quatro pontos do Estado, em regiões de fronteira e divisas.
Na BR-290, próximo a Eldorado do Sul, manifestantes liberaram as cancelas de um pedágio por 30 minutos. Veículos deixaram de pagar tarifa. Cerca de 1.500 pessoas, segundo o movimento, saíram de Guaíba em direção a Porto Alegre, onde devem realizar ato hoje.
Em São Borja, na BR-285, agricultores bloquearam ponte na fronteira com a Argentina. Em Iraí e Vacaria, divisa com Santa Catarina, houve bloqueio de rodovia.
Em Minas Gerais, em Araçuaí, na região do Vale do Jequitinhonha, agricultores fizeram protestos em frente à agência do Banco do Brasil.
No Espírito Santo, cerca de 1.500 agricultores, de 28 cidades do Estado, percorreram as ruas de Vitória e foram recebidos pelo governo estadual.
No Paraná, uma marcha com 400 integrantes do MST e da Via Campesina segue em direção a Curitiba. Parte dos manifestantes saiu de Porecatu, e a outra, de Foz de Iguaçu. A previsão é que cheguem à capital do Estado no dia 4.
Em Goiás, a Polícia Rodoviária Federal informou que pequenos agricultores e sem-terra bloquearam por volta das 7h30 a BR-153 entre Uruaçu e Campinorte. Em Rondônia, integrantes do MPA foram recebidos por secretários estaduais em Porto Velho.
Na Bahia, o MPA protestou por duas horas em frente à sede da Coelba (Companhia de Eletricidade do Estado da Bahia) em Vitória da Conquista. Segundo o movimento, também foram feitas marchas de trabalhadores pelas ruas de Ponto Novo e Bonfim.
Em Pernambuco, houve atos nas ruas de Ouricuri, no sertão do Araripe. O MPA quer ser recebido hoje pelo ministro do Desenvolvimento Agrário.
Em Mato Grosso, o MST bloqueou duas rodovias, mas a razão apontada é a "morosidade" da superintendência estadual do Incra em relação aos processos de desapropriação de sete fazendas no Estado.
Colaboraram CÍNTIA ACAYABA, RODRIGO VARGAS, PABLO SOLANO e JOSÉ MASCHIO
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Má distribuição de riquezas e terras são problemas, mas não são mais graves do que o nosso sistema educacional público. Este sim, nosso maior problema, que perpetua o ciclo vicioso da concentração de riquezas. Resolva-se o problema da educação e eliminamos o problema da miséria. Educação dá discernimento, cidadania, melhora a qualidade na escolha de políticos e multiplica as chances de inclusão social e econômica. É a solução mais eficaz e qualquer estatística sobre índices de desenvolvimento humano mostram isso, e isso independe do sujeito pertencer ao campo ou a cidade.
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Se a Cutrale grilou ou não fazenda a justiça que resolve, não o MST que eu nunca votei nem autorizei a fazer valer a vontade da lei. MST não tem legitimidade para isso.
A anos atrás quando eu estudei o MST seu principal argumento para invasões sempre era os grandes latifúndios improdutivos, terras paradas nas mãos da especulação. O que aconteceu com essa justificativa do MST?
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