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Grupo entrega hoje propostas de reforma administrativa e pede a Sarney demissão de diretor
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GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília
Os parlamentares que defendem uma ampla reforma administrativa no Senado vão encaminhar nesta quinta-feira ao presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP), as propostas de mudanças na instituição. No total, 20 dos 81 senadores assinaram o documento que reúne uma lista de sugestões para melhorar a imagem da Casa, mergulhada em denúncias.
Os 20 senadores que integram o grupo afirmam que o Senado precisa dar respostas públicas à crise que atinge a imagem da instituição.
"O Senado está tomando as medidas depois que aconteceu uma grande pressão popular. Isso não diminui o desgaste do Senado. Daqui para frente, a gente precisa mobilizar o debate e agilidade na apresentação dessas propostas", disse o senador Renato Casagrande (PSB-ES).
Os parlamentares esperam que Sarney anuncie as mudanças na semana que vem, depois da reunião da Mesa Diretora. Entre as ações imediatas defendidas pelo grupo está a exoneração a demissão do diretor-geral do Senado, Alexandre Gazineo, responsável por assinar parte dos atos secretos editados pela instituição nos últimos anos. Os parlamentares também sugerem que o nome do novo diretor-geral seja aprovado pelo plenário.
Apesar de integrar o grupo, o senador Arthur Virgílio (AM), líder do PSDB, defendeu que o Senado tome medidas duras contra os responsáveis pela edição de atos secretos nos últimos 14 anos --apesar da proposta do grupo não incluir sugestões de punições. "Faltou falarmos de punições, mas são coisas que a gente pode apresentar depois. Se ficar comprovado que tem senador envolvido, para isso tem o Conselho de Ética. Eu não vejo porque fazer distinção a quem quer que seja", defendeu o tucano.
O senador Cristovam Buarque (PDT-DF) disse que o número de adesões à proposta pode aumentar até a semana que vem, quando Sarney deve anunciar a esperada "reforma administrativa" na Casa. "Coletamos as assinaturas suficientes para apoiar a proposta. Quando chegamos em 20 senadores, paramos", disse Cristovam.
Ética
Os parlamentares negam a classificação de "grupo ético" e preferem se intitular de "grupo patriótico interessado em discutir o Senado". Os senadores reivindicam, além de mudanças na direção da Casa, investigações conduzidas por um órgão externo do Senado sobre os atos secretos editados nos últimos 14 anos.
O grupo cobra a apresentação de uma proposta de reforma administrativa no Senado, a meta de redução no quadro de pessoal da instituição e a eliminação de "vantagens acessórias" do mandato parlamentar. Outro pedido é a realização de reunião mensal, no plenário da Casa, para a definição da pauta de votações do mês subsequente e a votação de medidas administrativas.
Os senadores solicitam também a realização de auditoria externa para analisar todos os contratos firmados pela Casa. O grupo, porém, se mostrou contrário a um eventual afastamento de Sarney da presidência do Senado. "Para mim, ficar ou não ficar é irrelevante. O importante é dar rumo à Casa, o que ele [Sarney] não consegue", disse o senador Jarbas Vasconcelos (PE).
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Quer dizer que apesar de ser funcionário "público" eles não querem estar sob controle. Demitam todos e ai eles vão ver como era bom ser funcionário público.
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Esta promessa de ponto eletronicao é como a de reforma administrativa no Senado, se o Senado fosse uma empresa ja teria quebrado, sua eficiencia é vergonha para os cidadãos.
Se nosso sistema politico exigisse um numero minimo de votos sem os quais nao se elegeriam um politico poderiamos ter uma camara com 500, ou com 400, ou 300 ou 200 representaantes.
O ex presidente deveria se retirar para Ilha do Calhau e rezar para que o país o esquecesse.
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