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19/02/2004 - 16h10

Procurador pede quebra dos sigilos de Waldomiro Diniz

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ANA PAULA GRABOIS
da Folha Online, no Rio

O Ministério Público Federal pediu à Justiça a quebra dos sigilos bancário, telefônico e fiscal do ex-subchefe de Assuntos Parlamentares da Casa Civil Waldomiro Diniz. O pedido foi feito pelo procurador José Augusto Vagos.

O pedido se refere a um inquérito da Polícia Federal, instaurado em 2001, para apurar bingos e agentes públicos. Neste inquérito, são investigados o Bingo Scala, a Loterj (Loteria do Estado do Rio de Janeiro) e Waldomiro Diniz.

Filmado cobrando propina durante a campanha eleitoral de 2002, Waldomiro presidiu a Loterj durante os governos Anthony Garotinho (1999 a abril de 2002) e Benedita da Silva (abril a dezembro de 2002), de fevereiro de 2001 a dezembro de 2002.

"Diante desse novo fato, que já é público e notório, a medida se faz necessária nessa outra investigação sobre bingos", disse o procurador.

No mesmo inquérito da PF são investigados os empresários Francisco Recarey Vilar, Antônio Vilar Maronas e Daniel Homem de Carvalho. O Ministério Público Federal também pediu a quebra dos sigilos bancário, telefônico e fiscal de Daniel Homem de Carvalho, antecessor de Waldomiro Diniz na presidência da Loterj, durante a gestão de Garotinho.

Lavagem

A investigação do Ministério Público Federal no Rio sobre Waldomiro Diniz apura a suposta ligação dele com um caso de lavagem de dinheiro do tráfico internacional de drogas, usando casas de jogos eletrônicos como lavanderia.

Por enquanto, no entanto, não há provas que confirmem a suspeita de que Waldomiro participa de um esquema de lavagem de dinheiro.

Ontem, o líder do governo no Senado, Aloizio Mercadante (PT-SP), disse que "o Planalto trabalha com a hipótese" de Waldomiro "ter tentado interferir politicamente em decisões do governo" quando era subchefe de Assuntos Parlamentares da Casa Civil.

"Até o momento não existe indício de conduta irregular [do Waldomiro] no governo federal, mas acho provável que exista. É possível que tenha usado o cargo para favorecer alguém, mas ele não tinha poder de decisão. Não lidava com orçamento, não tinha verba", declarou Mercadante.

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