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20/06/2009 - 08h25

Em 1985, nomeação de Roseana foi mantida em segredo

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da Folha de S.Paulo, em Brasília

Esta não é a primeira vez que um membro da família Sarney é apontado como beneficiário de um atos sigilosos. Em 1986, a Folha revelou que Roseana Sarney, filha do então presidente da República José Sarney, fora nomeada um ano antes junto com parentes de outros 25 senadores em uma decisão mantida em segredo.

Na realidade, o grupo de 60 pessoas começou a ingressar na folha de pagamento do Senado em 1981, no início da legislatura, sem concurso. Por indicações políticas, foram nomeados "assessores técnicos".

Deveriam deixar o Parlamento em 1985, com o fim do mandato dos padrinhos políticos, mas foram transformados em funcionários do quadro permanente pelo ato 6/85 do então presidente do Senado, Moacyr Dalla (PDS-ES). Ganharam a função de "técnico de legislação e orçamento" e a estabilidade dos servidores estatutários. As efetivações só foram descobertas após a publicação pelo Senado de um almanaque de funcionários da Casa.

A Folha localizou o ato que permitiu a entrada de Roseana no Senado. Foi assinado em novembro de 1984, por Moacyr Dalla. Ela foi lotada no gabinete do pai. Roseana foi procurada, mas não comentou o caso por meio de sua assessoria.

Em 1985 Roseana ainda foi cedida para trabalhar no governo federal, atendendo a uma requisição da Casa Civil de maio daquele ano, dois meses depois de José Sarney ser empossado presidente, após a morte de Tancredo Neves.

Na lista de efetivados pela decisão tomada em silêncio também constava João Agripino Maia -primo de José Agripino Maia (DEM-RN), então governador do Rio Grande do Norte e hoje senador.

Um funcionário antigo do Senado contou que, até 1988, ano de aprovação da Constituição, esta era uma prática comum no Congresso. Os parlamentares tinham uma cota de indicações, e muitos parentes foram nomeados pelo regime celetista, que dispensava concurso. Depois, eram efetivados no final das legislaturas.

Comentários dos leitores
Freddy Grandke (250) 02/02/2010 10h27
Freddy Grandke (250) 02/02/2010 10h27
"servidores que ameaçam recorrer à Justiça contra a implantação do novo sistema por meio do Sindilegis (Sindicato dos Servidores do Poder Legislativo e do Tribunal de Contas da União)".
Quer dizer que apesar de ser funcionário "público" eles não querem estar sob controle. Demitam todos e ai eles vão ver como era bom ser funcionário público.
sem opinião
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Washington Marques (129) 02/02/2010 09h57
Washington Marques (129) 02/02/2010 09h57
A Galera que vai trabalhar na campanha dos senadores para a releição ficaram fora do ponto eletronico. No Senado Federal, quanto maior o cargo do funcionário e do Senador, é que a fiscalização tem que ser maior, uma vez que na rede da tranbicagem peixe pequeno não entra. sem opinião
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Plinio Vieira Soares (2) 01/02/2010 22h54
Plinio Vieira Soares (2) 01/02/2010 22h54
É lamentavel que o ex presidente Jose Sarney nao tenha o menor apesso pela sua biografia; Um politico sem carisma, que para se manter no poder negociou com todos os governos possiveis e aceitou as maiores torpezas podia ao menos na velhice respeitar o papel de homem da transiçao democratica e nao terminar assim como uma das maiores vergonhas da classe politica.
Esta promessa de ponto eletronicao é como a de reforma administrativa no Senado, se o Senado fosse uma empresa ja teria quebrado, sua eficiencia é vergonha para os cidadãos.
Se nosso sistema politico exigisse um numero minimo de votos sem os quais nao se elegeriam um politico poderiamos ter uma camara com 500, ou com 400, ou 300 ou 200 representaantes.
O ex presidente deveria se retirar para Ilha do Calhau e rezar para que o país o esquecesse.
sem opinião
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