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26/06/2009 - 11h24

Simon critica Renan e volta a defender afastamento de Sarney, mas descarta cassação

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GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília

Depois de defender o afastamento temporário do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), o senador Pedro Simon (PMDB-RS) criticou nesta sexta-feira a postura de lideranças peemedebistas que defendem a permanência do parlamentar no cargo.

Simon criticou, em especial, o líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros (AL) --que nos bastidores se tornou um dos principais defensores de Sarney em meio à crise que atinge a Casa.

Simon disse que Renan é hoje uma espécie de "rei do Senado" na tentativa de comandar todas as atividades que acontecem na instituição. "Ele [Renan] está certo, o Sarney sempre foi fiel a quem está no poder. Sai o Sarney e vai continuar tudo como está, isso só não resolve", afirmou.

Na opinião do peemedebista, Sarney deve deixar o cargo porque a cada dia a imagem da instituição sai mais arranhada com novas denúncias sobre contratação de familiares do parlamentar. "Isso torna a presença dele delicada", disse.

O senador afirmou, porém, não haver motivos para a cassação de Sarney, como ocorreu com presidentes do Senado que renunciaram ao cargo para evitar um processo por quebra de decoro.

"A diferença do presidente Sarney e seus antecessores Antônio Carlos Magalhães, Jader Barbalho e Renan é porque eles renunciaram porque iam ser cassados. Não é o caso do Sarney, ninguém pensa em cassar o Sarney", afirmou Simon.

Denúncias

Reportagem da Folha publicada nesta sexta-feira afirma que a teia de nomeações políticas nos gabinetes do grupo liderado pelo senador Sarney mostra pelo menos nove novos casos de aparelhamento envolvendo o clã. Principal "faz-tudo" da família em Brasília, o ex-deputado Chiquinho Escórcio foi recompensado com empregos para sua mulher, Alba Leide Nunes Lima, e sua filha, Juliana.

Usando um mecanismo regimental polêmico, Sarney encaixou na estrutura da Direção Geral seu assessor de imprensa para o Amapá, Said Dib. Sem vagas disponíveis em seu gabinete, ele pediu ajuda ao então diretor-geral Agaciel Maia, segundo Dib.

Em seu gabinete, Sarney deu emprego ainda para três antigos aliados políticos: seu suplente Jorge Nova da Costa (conforme revelou ontem o "Painel" da Folha), o ex-presidente do PMDB do Amapá Raimundo Azevedo Costa e o ex-secretário estadual no Maranhão Wilson Ramos Neiva.

Comentários dos leitores
Freddy Grandke (250) 02/02/2010 10h27
Freddy Grandke (250) 02/02/2010 10h27
"servidores que ameaçam recorrer à Justiça contra a implantação do novo sistema por meio do Sindilegis (Sindicato dos Servidores do Poder Legislativo e do Tribunal de Contas da União)".
Quer dizer que apesar de ser funcionário "público" eles não querem estar sob controle. Demitam todos e ai eles vão ver como era bom ser funcionário público.
sem opinião
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Washington Marques (129) 02/02/2010 09h57
Washington Marques (129) 02/02/2010 09h57
A Galera que vai trabalhar na campanha dos senadores para a releição ficaram fora do ponto eletronico. No Senado Federal, quanto maior o cargo do funcionário e do Senador, é que a fiscalização tem que ser maior, uma vez que na rede da tranbicagem peixe pequeno não entra. sem opinião
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Plinio Vieira Soares (2) 01/02/2010 22h54
Plinio Vieira Soares (2) 01/02/2010 22h54
É lamentavel que o ex presidente Jose Sarney nao tenha o menor apesso pela sua biografia; Um politico sem carisma, que para se manter no poder negociou com todos os governos possiveis e aceitou as maiores torpezas podia ao menos na velhice respeitar o papel de homem da transiçao democratica e nao terminar assim como uma das maiores vergonhas da classe politica.
Esta promessa de ponto eletronicao é como a de reforma administrativa no Senado, se o Senado fosse uma empresa ja teria quebrado, sua eficiencia é vergonha para os cidadãos.
Se nosso sistema politico exigisse um numero minimo de votos sem os quais nao se elegeriam um politico poderiamos ter uma camara com 500, ou com 400, ou 300 ou 200 representaantes.
O ex presidente deveria se retirar para Ilha do Calhau e rezar para que o país o esquecesse.
sem opinião
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