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22/06/2004
-
17h41
ANA PAULA GRABOIS
da Folha Online, no Rio
Os tucanos Geraldo Alckmin, governador de São Paulo, Aécio Neves, governador de Minas Gerais, e José Serra, pré-candidato à Prefeitura de São Paulo, não quiseram comentar as vaias que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ministros de seu governo receberam ao chegar ao velório do ex-governador Leonel Brizola, 82, no Palácio Guanabara, sede do governo Rio.
Os três, que chegaram praticamente no mesmo horário ao velório, falaram da importância de Brizola para a democracia brasileira.
Segundo Alckmin, "é uma profunda perda. Vai fazer muita falta. Era um homem de princípios, coerente nos seus valores, na sua vida política. Foi governador de dois Estados brasileiros, líder do trabalhismo e dedicado às questões sociais como a educação".
Já Aécio Neves, que chegou acompanhado do ex-presidente Itamar Franco, disse que Brizola mostrou que por meio da bravura e da coragem é possível mudar um país. "Brizola era brasileiro na essência maior que a expressão possa caber e lutou pelo seu país até o seu último sopro de vida".
Aécio disse ainda que Brizola "fecha o ciclo de homens públicos que nos deram o maior legado que qualquer sociedade poderia buscar, as liberdades democráticas", disse.
História
Já José Serra afirmou que a morte de Brizola significa o fechamento de grande parte da história brasileira. "O seu desaparecimento fecha não um capítulo, mas um tomo, um volume, da história nacional. Ele era o herdeiro do trabalhismo de [Getúlio] Vargas mais autêntico."
Serra destacou também o lado crítico do ex-governador, especialmente no momento atual e disse que "Brizola ocupava um lugar importante no país, porque a democracia precisa do contraditório e da paixão que Brizola demonstrava".
O ex-presidente Itamar Franco destacou o nacionalismo que os unia. "Nos somamos nos interesses nacionais, na busca da democracia desse Brasil, em seu sentido de ética e de amor a esse povo. Ele lutou por aqueles que mais precisavam, por um Brasil mais solidário".
Enterro
O velório acontecerá durante todo o dia no Palácio Guanabara.
Na quarta-feira, o corpo de Brizola, presidente do PDT, será levado até o Ciep (Centro Integrado de Educação Pública) Tancredo Neves, no Catete, zona sul do Rio, onde haverá, às 8h, uma solenidade em homenagem ao ex-governador.
Após a cerimônia, o corpo segue para Porto Alegre (RS), onde será velado no Palácio Piratini, sede do governo estadual.
Na quinta-feira, o corpo embarca para São Borja (RS), onde será enterrado às 16h no cemitério municipal. No local também estão enterrados a mulher de Brizola, Neuza Goulart, e os ex-presidentes Getúlio Vargas e João Goulart.
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da Folha Online, no Rio
Os tucanos Geraldo Alckmin, governador de São Paulo, Aécio Neves, governador de Minas Gerais, e José Serra, pré-candidato à Prefeitura de São Paulo, não quiseram comentar as vaias que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ministros de seu governo receberam ao chegar ao velório do ex-governador Leonel Brizola, 82, no Palácio Guanabara, sede do governo Rio.
Os três, que chegaram praticamente no mesmo horário ao velório, falaram da importância de Brizola para a democracia brasileira.
Segundo Alckmin, "é uma profunda perda. Vai fazer muita falta. Era um homem de princípios, coerente nos seus valores, na sua vida política. Foi governador de dois Estados brasileiros, líder do trabalhismo e dedicado às questões sociais como a educação".
Já Aécio Neves, que chegou acompanhado do ex-presidente Itamar Franco, disse que Brizola mostrou que por meio da bravura e da coragem é possível mudar um país. "Brizola era brasileiro na essência maior que a expressão possa caber e lutou pelo seu país até o seu último sopro de vida".
Aécio disse ainda que Brizola "fecha o ciclo de homens públicos que nos deram o maior legado que qualquer sociedade poderia buscar, as liberdades democráticas", disse.
História
Já José Serra afirmou que a morte de Brizola significa o fechamento de grande parte da história brasileira. "O seu desaparecimento fecha não um capítulo, mas um tomo, um volume, da história nacional. Ele era o herdeiro do trabalhismo de [Getúlio] Vargas mais autêntico."
Serra destacou também o lado crítico do ex-governador, especialmente no momento atual e disse que "Brizola ocupava um lugar importante no país, porque a democracia precisa do contraditório e da paixão que Brizola demonstrava".
O ex-presidente Itamar Franco destacou o nacionalismo que os unia. "Nos somamos nos interesses nacionais, na busca da democracia desse Brasil, em seu sentido de ética e de amor a esse povo. Ele lutou por aqueles que mais precisavam, por um Brasil mais solidário".
Enterro
O velório acontecerá durante todo o dia no Palácio Guanabara.
Na quarta-feira, o corpo de Brizola, presidente do PDT, será levado até o Ciep (Centro Integrado de Educação Pública) Tancredo Neves, no Catete, zona sul do Rio, onde haverá, às 8h, uma solenidade em homenagem ao ex-governador.
Após a cerimônia, o corpo segue para Porto Alegre (RS), onde será velado no Palácio Piratini, sede do governo estadual.
Na quinta-feira, o corpo embarca para São Borja (RS), onde será enterrado às 16h no cemitério municipal. No local também estão enterrados a mulher de Brizola, Neuza Goulart, e os ex-presidentes Getúlio Vargas e João Goulart.
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