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29/06/2004
-
18h27
VINÍCIUS QUEIROZ GALVÃO
da Folha Online
A CPI da Assembléia fluminense que investiga irregularidades na Loterj (Loteria do Estado do Rio) encerra os trabalhos nesta quarta-feira e vai indiciar o ex-presidente do órgão e ex-assessor do Planalto Waldomiro Diniz pelos crimes de corrupção ativa, corrupção passiva, improbidade administrativa e concussão (extorsão praticada por funcionário público).
Waldomiro foi flagrado em vídeo de 2002, enquanto presidia a Loterj, pedindo propina e contribuição de campanha ao empresário do jogo Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. A fita foi gravada pelo próprio Cachoeira.
A comissão ouviu Waldomiro em 13 de abril deste ano, dois meses após a eclosão do caso, divulgado pela revista "Época". Ele disse ter sido "chantageado" por Cachoeira e "vítima de uma engenharia criminosa".
Contradições entre os depoimentos de Waldomiro e de Cachoeira levaram a CPI a promover uma acareação, sem sucesso, na semana passada. Ambos sustentaram as versões prestadas anteriormente.
Denúncia
Concluído o prazo para diligências e depoimentos, o presidente da CPI, deputado estadual Alessandro Calazans (PV), e os relatores, Paulo Melo (PMDB) e Luiz Paulo Rocha (PSDB), têm 15 dias para preparar um relatório, que será votado na comissão e em plenário, e, se aprovado, será remetido ao Ministério Público, que pode oferecer denúncia à Justiça.
Como a Assembléia do Rio entra em recesso a partir de 1º de julho e só volta às atividades em 2 de agosto, Calazans tem, na prática, 45 dias para elaborar o relatório e reunir novas provas contra os indiciados. O prazo de 15 dias corridos só começa a ser contado depois do recesso.
Entre as provas a receber, a comissão espera a quebra do sigilo bancário de Waldomiro, pedida na última quinta-feira ao STF (Supremo Tribunal Federal), depois que o Banco Central negou a solicitação extrajudicial.
Outro lado
O advogado de Waldomiro Diniz, Luiz Guilherme Vieira, disse à Folha Online que as conclusões da CPI "não causam nenhuma surpresa". Ele afirma já haver "diversas investigações pertinentes ao caso" e que a comissão "é soberana e decide o que bem entender".
Ele cita a denúncia do Ministério Público Federal contra Waldomiro por concussão, corrupção passiva e gestão fraudulenta e temerária de instituição financeira, rejeitada na semana passada pela Justiça Federal: "uma denúncia rejeitada significa impropriedade da acusação".
A denúncia da procuradoria baseou-se na suposta atuação de Waldomiro na renovação de um contrato de cerca de R$ 650 milhões entre a Caixa Econômica Federal e a empresa multinacional GTech.
Vieira questionou o fato de a CPI não ter a fita original da conversa entre Waldomiro e Cachoeira. Segundo disse, o único vídeo de que a comissão dispõe é uma cópia editada fornecida pelo senador Antero Paes de Barros (PSDB-MT).
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CPI do Rio vai indiciar Waldomiro por corrupção e extorsão
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da Folha Online
A CPI da Assembléia fluminense que investiga irregularidades na Loterj (Loteria do Estado do Rio) encerra os trabalhos nesta quarta-feira e vai indiciar o ex-presidente do órgão e ex-assessor do Planalto Waldomiro Diniz pelos crimes de corrupção ativa, corrupção passiva, improbidade administrativa e concussão (extorsão praticada por funcionário público).
Waldomiro foi flagrado em vídeo de 2002, enquanto presidia a Loterj, pedindo propina e contribuição de campanha ao empresário do jogo Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. A fita foi gravada pelo próprio Cachoeira.
A comissão ouviu Waldomiro em 13 de abril deste ano, dois meses após a eclosão do caso, divulgado pela revista "Época". Ele disse ter sido "chantageado" por Cachoeira e "vítima de uma engenharia criminosa".
Contradições entre os depoimentos de Waldomiro e de Cachoeira levaram a CPI a promover uma acareação, sem sucesso, na semana passada. Ambos sustentaram as versões prestadas anteriormente.
Denúncia
Concluído o prazo para diligências e depoimentos, o presidente da CPI, deputado estadual Alessandro Calazans (PV), e os relatores, Paulo Melo (PMDB) e Luiz Paulo Rocha (PSDB), têm 15 dias para preparar um relatório, que será votado na comissão e em plenário, e, se aprovado, será remetido ao Ministério Público, que pode oferecer denúncia à Justiça.
Como a Assembléia do Rio entra em recesso a partir de 1º de julho e só volta às atividades em 2 de agosto, Calazans tem, na prática, 45 dias para elaborar o relatório e reunir novas provas contra os indiciados. O prazo de 15 dias corridos só começa a ser contado depois do recesso.
Entre as provas a receber, a comissão espera a quebra do sigilo bancário de Waldomiro, pedida na última quinta-feira ao STF (Supremo Tribunal Federal), depois que o Banco Central negou a solicitação extrajudicial.
Outro lado
O advogado de Waldomiro Diniz, Luiz Guilherme Vieira, disse à Folha Online que as conclusões da CPI "não causam nenhuma surpresa". Ele afirma já haver "diversas investigações pertinentes ao caso" e que a comissão "é soberana e decide o que bem entender".
Ele cita a denúncia do Ministério Público Federal contra Waldomiro por concussão, corrupção passiva e gestão fraudulenta e temerária de instituição financeira, rejeitada na semana passada pela Justiça Federal: "uma denúncia rejeitada significa impropriedade da acusação".
A denúncia da procuradoria baseou-se na suposta atuação de Waldomiro na renovação de um contrato de cerca de R$ 650 milhões entre a Caixa Econômica Federal e a empresa multinacional GTech.
Vieira questionou o fato de a CPI não ter a fita original da conversa entre Waldomiro e Cachoeira. Segundo disse, o único vídeo de que a comissão dispõe é uma cópia editada fornecida pelo senador Antero Paes de Barros (PSDB-MT).
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