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13/07/2004
-
07h48
RICARDO WESTIN
da Folha de S.Paulo
A candidata Luiza Erundina (PSB) afirmou ontem que, caso seja eleita prefeita de São Paulo, seu vice, Michel Temer (PMDB), ficará encarregado da segurança pública da cidade.
"O nosso vice não será um mero figurante. Ele é um especialista em segurança e se dispôs a cuidar do problema da violência na nossa cidade", discursou Erundina a cerca de 800 desempregados.
Temer foi secretário da Segurança Pública do Estado de São Paulo nos governos Franco Montoro, de 1984 a 1986, e Luiz Antônio Fleury Filho, de 1992 a 1993.
No discurso, Erundina citou apenas a segunda passagem de Temer pela secretaria. O governo Fleury se notabilizou na segurança pública pelo recorde de pessoas mortas por policiais paulistas (1.428 mortes em 1992) e pelo massacre do Carandiru (111 detentos mortos na invasão do presídio pela polícia, ocorrida em 2 de outubro de 1992).
Após o discurso, lembrada do episódio no Carandiru, Erundina apressou-se em responder: "Naquela época não era o Temer".
Michel Temer assumiu a pasta cinco dias depois das mortes no presídio. A crise levou à queda do então secretário, Pedro Franco de Campos.
"Quando falei da experiência de Temer, eu não estava avaliando o governo Fleury. Não tenho dados para fazer isso", continuou ela. "É melhor argüir o próprio deputado para ouvir a avaliação dele."
De acordo com a Constituição, a segurança pública é de responsabilidade da União (Polícia Federal, por exemplo) e dos Estados (polícias Civil e Militar).
"Entendo que a prefeitura não pode ficar omissa diante dos problemas da criminalidade e da violência", afirmou a candidata.
Força Sindical
Erundina falou numa espécie de debate promovido pela Força Sindical, do qual participaram apenas ela e Paulo Pereira da Silva (PDT).
A Força -da qual Paulinho é presidente, mas está afastado por causa da campanha- quer que os debates se repitam toda segunda-feira. No primeiro, na semana passada, só foi Paulinho, que afirmou que irá a todos. Para a semana que vem, não há nenhum outro candidato confirmado.
O debate ocorreu de madrugada, às 5h30. Na platéia havia pessoas que diariamente formam fila em frente à Força, na Liberdade (centro), em busca de emprego. Elas foram cadastradas após ouvir os discursos dos candidatos.
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Temer não é mero figurante e vai cuidar da segurança, diz Erundina
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da Folha de S.Paulo
A candidata Luiza Erundina (PSB) afirmou ontem que, caso seja eleita prefeita de São Paulo, seu vice, Michel Temer (PMDB), ficará encarregado da segurança pública da cidade.
"O nosso vice não será um mero figurante. Ele é um especialista em segurança e se dispôs a cuidar do problema da violência na nossa cidade", discursou Erundina a cerca de 800 desempregados.
Temer foi secretário da Segurança Pública do Estado de São Paulo nos governos Franco Montoro, de 1984 a 1986, e Luiz Antônio Fleury Filho, de 1992 a 1993.
No discurso, Erundina citou apenas a segunda passagem de Temer pela secretaria. O governo Fleury se notabilizou na segurança pública pelo recorde de pessoas mortas por policiais paulistas (1.428 mortes em 1992) e pelo massacre do Carandiru (111 detentos mortos na invasão do presídio pela polícia, ocorrida em 2 de outubro de 1992).
Após o discurso, lembrada do episódio no Carandiru, Erundina apressou-se em responder: "Naquela época não era o Temer".
Michel Temer assumiu a pasta cinco dias depois das mortes no presídio. A crise levou à queda do então secretário, Pedro Franco de Campos.
"Quando falei da experiência de Temer, eu não estava avaliando o governo Fleury. Não tenho dados para fazer isso", continuou ela. "É melhor argüir o próprio deputado para ouvir a avaliação dele."
De acordo com a Constituição, a segurança pública é de responsabilidade da União (Polícia Federal, por exemplo) e dos Estados (polícias Civil e Militar).
"Entendo que a prefeitura não pode ficar omissa diante dos problemas da criminalidade e da violência", afirmou a candidata.
Força Sindical
Erundina falou numa espécie de debate promovido pela Força Sindical, do qual participaram apenas ela e Paulo Pereira da Silva (PDT).
A Força -da qual Paulinho é presidente, mas está afastado por causa da campanha- quer que os debates se repitam toda segunda-feira. No primeiro, na semana passada, só foi Paulinho, que afirmou que irá a todos. Para a semana que vem, não há nenhum outro candidato confirmado.
O debate ocorreu de madrugada, às 5h30. Na platéia havia pessoas que diariamente formam fila em frente à Força, na Liberdade (centro), em busca de emprego. Elas foram cadastradas após ouvir os discursos dos candidatos.
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