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13/07/2004 - 08h04

Serra critica prefeitura e delega a aliados ataques pessoais a Marta

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MURILO FIUZA DE MELO
da Folha de S.Paulo

Desde o início da campanha eleitoral, o candidato do PSDB à Prefeitura de São Paulo, José Serra, tem evitado fazer atacar pessoais a seus adversários. Essa tarefa tem sido delegada a políticos de sua coligação (PSDB/ PFL/ PPS).

A estratégia é mostrar que Serra faz uma campanha "propositiva", sem bate-boca. "Quero fazer uma campanha para frente, discutindo os problemas da cidade. As questões pessoais, eu deixo para lá", afirmou Serra, após participar ontem de um encontro com candidatos a vereador de sua coligação.

A estratégia tucana se baseia nas pesquisas de intenção de voto, que colocam Serra na liderança, com a menor rejeição. "Estamos numa posição confortável. Não vamos entrar no jogo do PT, que tentará levar a eleição para o confronto", disse o presidente municipal do PSDB, Edson Aparecido.

Os ataques aos adversários têm sido feitos pelos correligionários de Serra. Ontem, Aparecido e o vice-governador Cláudio Lembo (PFL) acusaram o PT de usar as máquinas federal e municipal em prol da reeleição de Marta.
Lembo chegou até a anunciar que seu partido irá enviar um ofício à ONU (Organização das Nações Unidas) informando que o PT está utilizando o secretário-geral da instituição, Kofi Annan, como "garoto-propaganda" de obras da administração de Marta.

"Vamos oficiar a ONU, para saber se ele [Annan] se prestou ao papel de garoto-propaganda de um partido político sem saber ou se fez isso conscientemente,o que é igualmente grave", disse Lembo.

As primeira críticas públicas a adversários de Serra feitos por integrantes de sua campanha ocorreram anteontem, durante comício do ex-ministro em Jaraguá (zona norte). O deputado Alberto Goldman (SP) fez ataques pessoais a Marta e seu marido, Luis Favre, ao perguntar se eles sabem onde está o dinheiro de São Paulo.

Ao invés de partir para o confronto direto, Serra tem batido na tecla do endividamento do município, que ficou em R$ 26,1 bilhões em 2003. "Temos que ser pão-duros, sovinas, na administração do dinheiro público, porque ele não é nosso, vem do povo. De cada R$ 4 pagos em impostos em São Paulo, apenas R$ 1 fica na cidade", disse.

Na avaliação de Serra, a prefeitura tem despesas demais com o pagamento de cargos em comissão. "Não tenho dúvidas nenhuma de que houve empreguismo, inclusive na contratação de assessores especiais", disse. Segundo ele, a prefeitura já gastou cerca de R$ 100 milhões com contratações.

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