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27/07/2004 - 15h06

Pistoleiros confessam assassinatos em Unaí, mas PF ainda procura mandantes

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EDUARDO CUCOLO
da Folha Online, em Brasília

Os pistoleiros presos neste fim de semana pela Polícia Federal confessaram o assassinato dos fiscais do trabalho em Unaí (MG), em janeiro deste ano.

Segundo a PF, estão presas seis pessoas acusadas de participação no crime: o empresário Hugo Alves Pimenta --apontado até o momento como possível mandante-- e seu funcionário José Alberto de Castro, conhecido como Zezinho; Francisco Élder Pinheiro, ou "Chico Pinheiro", acusado de contratar os pistoleiros Irinaldo Vaconcelos da Silva, o Júnior, Rogério Alan Rocha Rios e William Miranda.

A PF acredita, no entanto, ainda não ter descoberto quem são os mandantes do crime. Segundo o delegado da PF responsável pelo caso, Antonio Celso de Salles, nem mesmo o empresário Hugo Pimenta teria motivos para cometer o crime, a não ser a mando de fazendeiros da região.

"Nós trabalhamos com a hipótese de que, acima do Hugo [Pimenta], exista mais alguém", afirmou o delegado. "Em tese, várias pessoas teriam motivação para o crime."

O empresário, do ramo de compra e venda de cereais, tem ligações com muitos proprietários locais, que estão sendo investigados. Entre eles aparece o nome do fazendeiro Norberto Mânica, para quem Pimenta teria telefonado logo após receber a confirmação do assassinato dos fiscais, segundo a PF.

Os proprietários da família Mânica foram autuados várias vezes pelo fiscal do Ministério do Trabalho Nelson José da Silva, principal alvo dos pistoleiros. Pimenta também teria uma dívida de cerca de R$ 180 mil com Mânica.

Pimenta e seu funcionário Zezinho foram presos ontem pela PF e serão ouvidos ainda hoje sobre o caso. Eles são os únicos que não confessaram ter participado dos assassinatos. A PF encontrou com um dos pistoleiros um relógio que pertencia a um dos fiscais. Eles confessaram ter jogado uma das armas e o carro utilizados no crime no Lago Paranoá, em Brasília, onde serão feitas buscas.

O delegado responsável pela investigação disse que ainda não há material para se pedir a prisão de outras pessoas que possam estar envolvidas no caso, mas as investigações continuam. Os seis detidos estão com mandados de prisão temporária de 30 dias, prorrogáveis pelo mesmo período.

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