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09/08/2004
-
19h56
ROSE ANE SILVEIRA
da Folha Online, em Brasília
Após duas semanas defendendo a equipe econômica do governo, os congressistas da base tentam identificar o responsável pelo vazamento de dados sigilosos obtidos pela CPI do Banestado na Receita Federal. Os alvos são os integrantes da comissão, especialmente o presidente, senador Antero Paes de Barros (PSDB-MT).
O senador tucano é acusado pelos aliados de ter sido o responsável pelo vazamento das informações, como a quebra de sigilos bancários de 95 pessoas, incluindo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles.
O líder do governo no Senado, Aloizio Mercadante (PT-SP), disse que está em busca do responsável pelo vazamento de informações. "O parlamentar que está por trás do vazamento tem que assumir sua responsabilidade. O objetivo do vazamento é eleitoral, envolvendo pessoas do governo. O responsável foi seletivo e acovardado. Isso é inaceitável", disse.
Outro lado
Paes de Barros voltou a se defender hoje das acusações. "Não houve vazamento de nenhum documento. A CPI tem que ter o objetivo de impedir que o culpado não seja punido e também de preservar a honra dos inocentes", disse.
Além de se defender, Paes de Barros argumentou que o responsável por tantos pedidos de quebra de sigilo foi o relator da CPI, o deputado petista José Mentor (SP).
No entanto, depois de negar nos últimos dias, Paes de Barros reconheceu que as informações divulgadas na última quinta-feira, de que Meirelles movimentou US$ 50 mil por meio de doleiros que estão sob investigação de lavagem de dinheiro estão no banco de dados da CPI.
Ele afirmou que, tanto ele, como qualquer outro congressista da oposição, se soubesse que o nome de Meirelles constava nos documentos em análise na CPI, teria requerido a convocação do presidente do Banco Central.
"Por isso, com certeza não tem a menor chance dos documentos terem vazado pela comissão", disse. O tucano confirmou ainda que todos os documentos da CPMI foram lacrados em um cofre na tarde desta segunda-feira.
Investigação
O presidente da Comissão de Fiscalização e Controle do Senado, Ney Suassuna (PMDB-PB), pretende apresentar amanhã um requerimento na CPI do Banestado, solicitando ampla investigação interna para apurar quem foi o responsável pelo vazamento.
Suassuna foi um dos primeiros governistas a apoiar a convocação dos presidentes do Banco do Brasil, Cássio Casseb, e do Banco Central, Henrique Meirelles, para depor no Senado sobre as denúncias de evasão de divisas e sonegação fiscal.
Alterando seu discurso, Suassuna afirmou que é melhor investigar primeiro o vazamento de informações da CPI. Ele defende ainda que se espere a votação dos requerimentos de convocação de Casseb e Meirelles na Comissão de Assuntos Econômicos, marcada para amanhã.
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da Folha Online, em Brasília
Após duas semanas defendendo a equipe econômica do governo, os congressistas da base tentam identificar o responsável pelo vazamento de dados sigilosos obtidos pela CPI do Banestado na Receita Federal. Os alvos são os integrantes da comissão, especialmente o presidente, senador Antero Paes de Barros (PSDB-MT).
O senador tucano é acusado pelos aliados de ter sido o responsável pelo vazamento das informações, como a quebra de sigilos bancários de 95 pessoas, incluindo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles.
O líder do governo no Senado, Aloizio Mercadante (PT-SP), disse que está em busca do responsável pelo vazamento de informações. "O parlamentar que está por trás do vazamento tem que assumir sua responsabilidade. O objetivo do vazamento é eleitoral, envolvendo pessoas do governo. O responsável foi seletivo e acovardado. Isso é inaceitável", disse.
Outro lado
Paes de Barros voltou a se defender hoje das acusações. "Não houve vazamento de nenhum documento. A CPI tem que ter o objetivo de impedir que o culpado não seja punido e também de preservar a honra dos inocentes", disse.
Além de se defender, Paes de Barros argumentou que o responsável por tantos pedidos de quebra de sigilo foi o relator da CPI, o deputado petista José Mentor (SP).
No entanto, depois de negar nos últimos dias, Paes de Barros reconheceu que as informações divulgadas na última quinta-feira, de que Meirelles movimentou US$ 50 mil por meio de doleiros que estão sob investigação de lavagem de dinheiro estão no banco de dados da CPI.
Ele afirmou que, tanto ele, como qualquer outro congressista da oposição, se soubesse que o nome de Meirelles constava nos documentos em análise na CPI, teria requerido a convocação do presidente do Banco Central.
"Por isso, com certeza não tem a menor chance dos documentos terem vazado pela comissão", disse. O tucano confirmou ainda que todos os documentos da CPMI foram lacrados em um cofre na tarde desta segunda-feira.
Investigação
O presidente da Comissão de Fiscalização e Controle do Senado, Ney Suassuna (PMDB-PB), pretende apresentar amanhã um requerimento na CPI do Banestado, solicitando ampla investigação interna para apurar quem foi o responsável pelo vazamento.
Suassuna foi um dos primeiros governistas a apoiar a convocação dos presidentes do Banco do Brasil, Cássio Casseb, e do Banco Central, Henrique Meirelles, para depor no Senado sobre as denúncias de evasão de divisas e sonegação fiscal.
Alterando seu discurso, Suassuna afirmou que é melhor investigar primeiro o vazamento de informações da CPI. Ele defende ainda que se espere a votação dos requerimentos de convocação de Casseb e Meirelles na Comissão de Assuntos Econômicos, marcada para amanhã.
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