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10/08/2004 - 12h36

João Paulo cobra explicações sobre vazamento de dados de CPI

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ROSE ANE SILVEIRA
da Folha Online, em Brasília

O presidente da Câmara dos Deputados, João Paulo Cunha (PT-SP), convocou hoje o deputado José Mentor (PT-SP) para explicar alguns procedimentos adotados pela CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) do Banestado, instalada no Congresso.

Mentor é relator da comissão mista --funciona com a participação de deputados e senadores-- e terá de justificar, por exemplo, os pedidos de quebra de sigilos fiscais e bancários de 1.700 pessoas físicas ou jurídicas.

O presidente do CPI, senador Antero Paes de Barros (PSDB-MT), não confirmou a reunião da comissão, agendada para a tarde de hoje. Ele disse que antes da sessão da CPI terá encontro com o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP).

Paes de Barros também voltou a negar que a CPI tenha responsabilidade no vazamento de informações sobre a quebra dos sigilos dos presidentes do Banco Central, Henrique Meirelles, e do Banco do Brasil, Cássio Casseb.

Vazamento

Os integrantes da CPI do Banestado estão sendo acusados de vazar informações sigilosas que constam das investigações. Paes de Barros confirmou que o documento referente ao depósito de US$ 50 mil feito por Meirelles na conta de um doleiro está em poder da CPI.

O senador, no entanto, se defendeu dizendo que só confirmou essa informação depois que o próprio Meirelles assumiu o depósito. Barros disse que desconhecia a existência do documento até ontem e afirmou que a CPI do Banestado nunca viu indícios que levassem à necessidade de convocação de Meirelles.

"Eu ou qualquer membro da oposição não teríamos problema nenhum de convocar [Meirelles a prestar esclarecimentos] se fosse o caso. Não houve vazamento. Existem interesses contrários à CPI", afirmou o senador.

O líder do governo no Congresso, senador Fernando Bezerra (PMDB-RN), afirmou que espera que a sessão da CPI de hoje seja adiada. Os motivos seriam a morte do deputado Afonso Gil Castelo Branco (PDT-PI) e a necessidade de mais conversas entre todos os partidos. "O clima dentro da CPI se transformou em clima de conflito político."

Sarney disse que todos os líderes estão preocupados com o rumo da CPI do Banestado e defendem que os trabalhos sejam interrompidos neste momento para que se tente "melhorar o clima" dentro da comissão e para que os trabalhos da CPI no futuro não sejam contestados na Justiça.

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