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26/09/2004 - 17h52

ONGs recomendam candidatos para eleitores gays

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CAIO JUNQUEIRA
da Folha Online

Duas das maiores organizações militantes dos direitos homossexuais, a Associação do Orgulho GLBT de São Paulo --que promove a Parada Gay-- e o GGB (Grupo Gay da Bahia) recomendam votos em candidatos simpatizantes ou homossexuais.

A organização paulista indica o vereador candidato à reeleição Carlos Giannasi (PT), o ativista Fernando Quaresma (PPS) e a ex-secretária municipal de Esportes Nádia Campeão (PC do B).

Giannasi foi o único vereador na atual legislatura a apresentar projetos voltados para os homossexuais. O primeiro deles, que visava criar uma coordenadoria homossexual em São Paulo, foi julgado inconstitucional pela Comissão de Constituição de Justiça e arquivado.

O segundo projeto de lei, que pretende instituir o pagamento de pensão aos companheiros dos servidores públicos homossexuais, já passou por todas as comissões da Câmara e aguarda votação. O vereador criou também um Disque-Denúncia contra discriminação, cujo telefone é o do seu gabinete na Câmara (0/xx/11/3111-2648).

"Tive muita briga com setores conservadores e religiosos na Câmara. O Erasmo Dias (PP), Carlos Apolinário (PDT). Quando apresentei o projeto, fui ao programa do Ratinho e lá estava o vereador Erasmo Dias, que me chamou de veado. Os governos, parlamentares têm medo de se expor, de colocar o dedo na ferida e de perder voto", diz Giannasi.

Quaresma é ativista homossexual e critica a gestão Marta por, segundo ele, ter prometido projetos para o segmento e não tê-los cumprido. "O que os homossexuais querem é a igualdade de direitos. O PT sempre teve essa bandeira, dizia-se voltado para políticas homossexuais. Só que, com a eleição, nada foi feito. A coordenadoria homossexual não foi feita e a lei do Iprem (Instituto de Previdência Municipal de São Paulo) também não."

Ele fundou a Aiessp (Associação de Incentivo à Educação e Saúde de São Paulo), que tem como importante projeto a Defensoria Homossexual, responsável por vitórias recentes contra planos de saúde e contra o Iamspe (Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual), plano de saúde de funcionários do governo paulista. Eles foram obrigados a incluir os parceiros homossexuais como dependentes.

Nádia Campeão diz que, apesar de a ligação com o movimento homossexual ser recente, assumiu o compromisso de ser seu canal político na Câmara. "Tenho bastante simpatia pela luta deles. A minha trajetória de pessoa ligada ao PC do B foi de enfrentar preconceito por ser comunista. Além disso, sou uma militante feminista. Tenho uma pré-disposição de enfrentar grupos contra preconceitos."

Bahia

Em algumas cidades, o GGB recomenda nomes para os eleitores. A lista, disponibilizada no site da organização (www.ggb.org.br), apresenta 15 homossexuais: nove gays, quatro transexuais e duas lésbicas. Além disso, a organização baiana dá dicas para as cidades em que não houver candidatos.

De acordo com o grupo, primeiro, o eleitor deve "escolher um candidato da comunidade GLBT que tenha como programa de campanha proposta de inclusão social dos homossexuais e a defesa das reivindicações da comunidade".

Caso nenhum tenha essa característica, o eleitor deve escolher "aquele que em seu programa inclua a defesa das reivindicações GLBT".

Se, eventualmente, não houver nenhuma dessas duas opções, o GGB recomenda ao eleitor que vote em "um candidato progressista que tenha uma linha de ação em defesa das liberdades civis e da democracia".

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