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26/10/2004
-
20h08
HUDSON CORRÊA
da Agência Folha, em Campo Grande
O empresário de jogos Carlos Augusto de Almeida Ramos, 40, o Carlinhos Cachoeira, disse hoje não ter dúvidas que o deputado federal André Luiz (PMDB-RJ) falava em nome da CPI da Loterj quando supostamente pediu propina de R$ 4 milhões para inocentá-lo nas investigações.
Cachoeira deu a declaração após a Assembléia Legislativa do Rio aprovar, hoje à tarde, o relatório da CPI que pede as prisões dele e de Waldomiro Diniz, ex-presidente da Loterj e ex-assessor da Casa Civil do governo federal.
"Não tenho dúvidas, não. Ele [André Luiz] falava em nome de alguns membros da CPI", disse Cachoeira.
A prova de que a CPI sabia do pedido de propina é, segundo Cachoeira, o depoimento prestado por ele no mês de abril em Goiânia. De acordo com Cachoeira, a CPI concordou em interrogá-lo em Goiás, e não no Rio de Janeiro, para mostrar que, se houvesse pagamento de propina, o relatório não pediria a prisão dele.
"O depoimento em Goiânia foi para [a CPI] mostrar força. Quanto tem alguma coisa, você mostra, entendeu?", afirmou o empresário.
Ainda conforme Cachoeira, o relatório foi votado de forma precipitada ontem. "Os trabalhos não foram concluídos, faltando ainda a análise de fatos importantes, como a quebra de sigilo do Waldomiro. Isso foi provocação para me intimidar diante das denúncias graves que eu fiz [sobre pedido de propina]", afirmou o empresário.
"Não me curvarei a essas provocações. Estou à disposição da Justiça e do Ministério Público do Rio para esclarecimento dos fatos, além entregar o meu passaporte", acrescentou Cachoeira.
De acordo com ele, o relatório foi aprovado na Assembléia devido às acusações feitas contra a CPI. "Tranqüilamente. Isso está mais que provado".
No sábado passado, Cachoeira havia dito à Agência Folha que a CPI estava "desmoralizada depois que vieram esses pedidos todos aí [de propina]".
O advogado criminalista Raimundo Hermes Barbosa, que defende Cachoeira, disse ontem que deve entrar com um pedido de habeas corpus (ação na Justiça para impedir a prisão de acusados de crime) e apresentar defesa ao Ministério Público Estadual, que receberá o relatório da CPI.
Hermes afirmou que Cachoeira sofreu extorsão de Waldomiro em 2002 e agora do deputado André Luiz.
Segundo o advogado, o pedido de prisão não era necessário porque o empresário tem colaborado com as investigações.
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Cachoeira diz "não ter dúvidas" que deputado falava em nome de CPI
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da Agência Folha, em Campo Grande
O empresário de jogos Carlos Augusto de Almeida Ramos, 40, o Carlinhos Cachoeira, disse hoje não ter dúvidas que o deputado federal André Luiz (PMDB-RJ) falava em nome da CPI da Loterj quando supostamente pediu propina de R$ 4 milhões para inocentá-lo nas investigações.
Cachoeira deu a declaração após a Assembléia Legislativa do Rio aprovar, hoje à tarde, o relatório da CPI que pede as prisões dele e de Waldomiro Diniz, ex-presidente da Loterj e ex-assessor da Casa Civil do governo federal.
"Não tenho dúvidas, não. Ele [André Luiz] falava em nome de alguns membros da CPI", disse Cachoeira.
A prova de que a CPI sabia do pedido de propina é, segundo Cachoeira, o depoimento prestado por ele no mês de abril em Goiânia. De acordo com Cachoeira, a CPI concordou em interrogá-lo em Goiás, e não no Rio de Janeiro, para mostrar que, se houvesse pagamento de propina, o relatório não pediria a prisão dele.
"O depoimento em Goiânia foi para [a CPI] mostrar força. Quanto tem alguma coisa, você mostra, entendeu?", afirmou o empresário.
Ainda conforme Cachoeira, o relatório foi votado de forma precipitada ontem. "Os trabalhos não foram concluídos, faltando ainda a análise de fatos importantes, como a quebra de sigilo do Waldomiro. Isso foi provocação para me intimidar diante das denúncias graves que eu fiz [sobre pedido de propina]", afirmou o empresário.
"Não me curvarei a essas provocações. Estou à disposição da Justiça e do Ministério Público do Rio para esclarecimento dos fatos, além entregar o meu passaporte", acrescentou Cachoeira.
De acordo com ele, o relatório foi aprovado na Assembléia devido às acusações feitas contra a CPI. "Tranqüilamente. Isso está mais que provado".
No sábado passado, Cachoeira havia dito à Agência Folha que a CPI estava "desmoralizada depois que vieram esses pedidos todos aí [de propina]".
O advogado criminalista Raimundo Hermes Barbosa, que defende Cachoeira, disse ontem que deve entrar com um pedido de habeas corpus (ação na Justiça para impedir a prisão de acusados de crime) e apresentar defesa ao Ministério Público Estadual, que receberá o relatório da CPI.
Hermes afirmou que Cachoeira sofreu extorsão de Waldomiro em 2002 e agora do deputado André Luiz.
Segundo o advogado, o pedido de prisão não era necessário porque o empresário tem colaborado com as investigações.
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