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12/11/2004
-
15h11
da Folha Online
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou na tarde de hoje que foram assinados pelos ministros brasileiros acordos bilaterais nas áreas de turismo, indústria e combate ao crime organizado e energia com os representantes do governo chinês, que visitam o Brasil, nesta sexta-feira.
A informação foi divulgada por Lula num comunicado conjunto com o presidente da China, Hu Jintao, nesta tarde, após reunião no Palácio do Planalto. "Foram assinados diversos acordos bilaterais em áreas que vão do comércio e a indústria, ao combate ao crime organizado, passando por ciência e tecnologia, energia, turismo", disse.
De acordo com Lula, os protocolos assinados permitirão dar seqüência ao programa de lançamento conjunto de satélites, incluindo o lançamento de um novo satélite, o CBERS 2-B, e a venda e cessão de imagens geradas pelo programa.
Também foi firmado o "Mecanismo de Destino Aprovado", que, segundo Lula, intensificará o fluxo de turistas chineses ao Brasil.
Lula "comemorou" ainda que a China "tornou-se o terceiro maior destino das exportações brasileiras no mundo".
Veja abaixo a íntegra do comunicado:
"Excelentíssimo senhor Hu Jintao, presidente da República Popular da China,
Senhores e senhores integrantes das comitivas da China e do Brasil,
Senhoras e senhores jornalistas brasileiros e chineses,
Ministros da China e do Brasil,
Acabo de ter uma longa e produtiva reunião com o presidente da China, Hu Jintao. Fiquei muito contente porque o presidente Hu aceitou o convite que lhe fiz na China, em maio passado, para visitar o Brasil. Minha visita à China foi a primeira visita de um presidente brasileiro desde 1995.
Duas visitas de Estado num único ano conferem o brilho merecido ao aniversário de 30 anos do estabelecimento de relações diplomáticas entre nossos países.
Desde o início de meu governo, determinei que fosse dada prioridade às relações sino-brasileiras. Nossa parceria estratégica, estabelecida há mais de dez anos, consolida-se a cada dia, tanto pela intensidade crescente dos contatos como pelo aumento significativo no volume das transações econômico-comerciais.
Nossas relações também se fortalecem pelo propósito compartilhado de contribuir para o equilíbrio e a eqüidade do sistema internacional e para a estabilidade e a paz mundiais.
A visita do presidente Hu Jintao ao Brasil está sendo extremamente produtiva. Foram assinados diversos acordos bilaterais em áreas que vão do comércio e a indústria, ao combate ao crime organizado, passando por ciência e tecnologia, energia, turismo.
Destaco os protocolos que permitirão continuar com nosso bem sucedido programa de lançamento conjunto de satélites, modelo de cooperação em alta tecnologia entre dois países do Sul. Os protocolos permitirão o lançamento de um novo satélite --o CBERS 2-B-- e a venda e cessão de imagens geradas pelo programa, que continua sendo uma das principais frentes de cooperação entre o Brasil e a China.
Gostaria de mencionar, também, o Mecanismo de Destino Aprovado, que intensificará o fluxo de turistas chineses ao Brasil. A intensificação dos contatos entre nossas sociedades será um passo essencial na ampliação do conhecimento mútuo e no aprofundamento de nossas relações.
O Brasil é o primeiro parceiro comercial da China na América Latina. A China tornou-se o terceiro maior destino das exportações brasileiras no mundo. Em setembro de 2004, nossas exportações para a China já haviam alcançado o volume total de todo o ano de 2003, cerca de US$ 4,5 bilhões. Nosso comércio, que hoje chega a US$ 8 bilhões, pode mais do que duplicar nos próximos cinco anos.
Aliás, neste item, o presidente Hu Jintao me disse para trabalharmos para que nos próximos três anos alcancemos uma relação comercial da ordem de US$ 20 bilhões.
Para assegurar esse prognóstico, estamos promovendo um amplo entendimento comercial que, esperamos, venha beneficiar o Brasil e a China, bem como nossos parceiros do Mercosul. Um dos objetivos do Brasil é a diversificação da pauta comercial bilateral. Pretendemos exportar para a China carne bovina, carne de frango, frutas e suco de laranja, além de produtos de maior valor agregado.
Também estamos avançando em relação aos investimentos chineses na infra-estrutura brasileira, em particular na recuperação da malha ferroviária, na reforma de portos e em projetos siderúrgicos e de produção e transmissão de energia.
Considero de fundamental importância as parcerias e associações entre empresas dos dois países. Temos hoje, aqui, mais de 300 empresários chineses. Neste mesmo momento, está se realizando uma reunião do Conselho Empresarial Brasil-China, criado para promover a aproximação entre os investidores dos dois países.
Por fim, gostaria de reiterar que o presidente Hu Jintao e sua comitiva são recebidos de forma muito cordial em nosso país. Nutrimos pela China uma amizade sólida, a qual cultivamos com muita atenção, entusiasmo e zelo. Por isso, desejo em nome do governo brasileiro e em meu próprio, que o presidente Hu Jintao e sua comitiva recebam do povo brasileiro a mesma acolhida calorosa que desfrutei quando da minha passagem pela China.
Muito obrigado"
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou na tarde de hoje que foram assinados pelos ministros brasileiros acordos bilaterais nas áreas de turismo, indústria e combate ao crime organizado e energia com os representantes do governo chinês, que visitam o Brasil, nesta sexta-feira.
A informação foi divulgada por Lula num comunicado conjunto com o presidente da China, Hu Jintao, nesta tarde, após reunião no Palácio do Planalto. "Foram assinados diversos acordos bilaterais em áreas que vão do comércio e a indústria, ao combate ao crime organizado, passando por ciência e tecnologia, energia, turismo", disse.
De acordo com Lula, os protocolos assinados permitirão dar seqüência ao programa de lançamento conjunto de satélites, incluindo o lançamento de um novo satélite, o CBERS 2-B, e a venda e cessão de imagens geradas pelo programa.
Também foi firmado o "Mecanismo de Destino Aprovado", que, segundo Lula, intensificará o fluxo de turistas chineses ao Brasil.
Lula "comemorou" ainda que a China "tornou-se o terceiro maior destino das exportações brasileiras no mundo".
Veja abaixo a íntegra do comunicado:
"Excelentíssimo senhor Hu Jintao, presidente da República Popular da China,
Senhores e senhores integrantes das comitivas da China e do Brasil,
Senhoras e senhores jornalistas brasileiros e chineses,
Ministros da China e do Brasil,
Acabo de ter uma longa e produtiva reunião com o presidente da China, Hu Jintao. Fiquei muito contente porque o presidente Hu aceitou o convite que lhe fiz na China, em maio passado, para visitar o Brasil. Minha visita à China foi a primeira visita de um presidente brasileiro desde 1995.
Duas visitas de Estado num único ano conferem o brilho merecido ao aniversário de 30 anos do estabelecimento de relações diplomáticas entre nossos países.
Desde o início de meu governo, determinei que fosse dada prioridade às relações sino-brasileiras. Nossa parceria estratégica, estabelecida há mais de dez anos, consolida-se a cada dia, tanto pela intensidade crescente dos contatos como pelo aumento significativo no volume das transações econômico-comerciais.
Nossas relações também se fortalecem pelo propósito compartilhado de contribuir para o equilíbrio e a eqüidade do sistema internacional e para a estabilidade e a paz mundiais.
A visita do presidente Hu Jintao ao Brasil está sendo extremamente produtiva. Foram assinados diversos acordos bilaterais em áreas que vão do comércio e a indústria, ao combate ao crime organizado, passando por ciência e tecnologia, energia, turismo.
Destaco os protocolos que permitirão continuar com nosso bem sucedido programa de lançamento conjunto de satélites, modelo de cooperação em alta tecnologia entre dois países do Sul. Os protocolos permitirão o lançamento de um novo satélite --o CBERS 2-B-- e a venda e cessão de imagens geradas pelo programa, que continua sendo uma das principais frentes de cooperação entre o Brasil e a China.
Gostaria de mencionar, também, o Mecanismo de Destino Aprovado, que intensificará o fluxo de turistas chineses ao Brasil. A intensificação dos contatos entre nossas sociedades será um passo essencial na ampliação do conhecimento mútuo e no aprofundamento de nossas relações.
O Brasil é o primeiro parceiro comercial da China na América Latina. A China tornou-se o terceiro maior destino das exportações brasileiras no mundo. Em setembro de 2004, nossas exportações para a China já haviam alcançado o volume total de todo o ano de 2003, cerca de US$ 4,5 bilhões. Nosso comércio, que hoje chega a US$ 8 bilhões, pode mais do que duplicar nos próximos cinco anos.
Aliás, neste item, o presidente Hu Jintao me disse para trabalharmos para que nos próximos três anos alcancemos uma relação comercial da ordem de US$ 20 bilhões.
Para assegurar esse prognóstico, estamos promovendo um amplo entendimento comercial que, esperamos, venha beneficiar o Brasil e a China, bem como nossos parceiros do Mercosul. Um dos objetivos do Brasil é a diversificação da pauta comercial bilateral. Pretendemos exportar para a China carne bovina, carne de frango, frutas e suco de laranja, além de produtos de maior valor agregado.
Também estamos avançando em relação aos investimentos chineses na infra-estrutura brasileira, em particular na recuperação da malha ferroviária, na reforma de portos e em projetos siderúrgicos e de produção e transmissão de energia.
Considero de fundamental importância as parcerias e associações entre empresas dos dois países. Temos hoje, aqui, mais de 300 empresários chineses. Neste mesmo momento, está se realizando uma reunião do Conselho Empresarial Brasil-China, criado para promover a aproximação entre os investidores dos dois países.
Por fim, gostaria de reiterar que o presidente Hu Jintao e sua comitiva são recebidos de forma muito cordial em nosso país. Nutrimos pela China uma amizade sólida, a qual cultivamos com muita atenção, entusiasmo e zelo. Por isso, desejo em nome do governo brasileiro e em meu próprio, que o presidente Hu Jintao e sua comitiva recebam do povo brasileiro a mesma acolhida calorosa que desfrutei quando da minha passagem pela China.
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