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18/11/2004 - 14h15

Governo Lula sofre debandada pós-eleitoral

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da Folha Online

A confirmação da saída do presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Carlos Lessa, amplia a lista de baixas do governo Luiz Inácio Lula da Silva após o período das eleições municipais no país.

Por razões distintas, a gestão Lula perdeu seis nomes neste final de ano. As saídas também forçam o presidente a promover mudanças em sua equipe, o que pode, inclusive, precipitar uma reformulação ministerial mais ampla.

Por enquanto, Lula tem optado por remanejar ministros e até o vice-presidente da República, José Alencar, que acumularam funções.

Paralelamente às baixas na equipe econômica e em sua assessoria, Lula também enfrenta problemas com o PMDB, que ameaça romper com o governo.

Principal aliado no Congresso Nacional --possui a maior bancada no Senado e a segunda maior na Câmara--, o PMDB chefia dois ministérios: Comunicações e Previdência Social.

Veja abaixo uma breve cronologia das mudanças:

4 de novembro - O presidente Lula aceitou pedido de demissão do ministro José Viegas (Defesa) e acaba nomeando o vice-presidente, José Alencar, para substitui-lo. Viegas deixou o governo por se sentir desmoralizado e sem poder sobre as Forças Armadas. Em meados de outubro, o Exército divulgou nota com tom elogioso a práticas da época da ditadura militar sem o conhecimento de Viegas.

6 de novembro - O jornalista Ricardo Kotscho anuncia que deixará a Secretaria de Imprensa e Divulgação da Presidência da República, sendo substituído pelo atual secretário-adjunto, Fábio Kerche. Kotscho alegou questões pessoais. Afirmou que queria ficar mais perto da família, que vive em São Paulo, e finalizar um livro.

15 de novembro - O presidente da Comissão de Mortos e Desaparecidos Políticos, João Luiz Duboc Pinaud, anuncia que deixará o cargo em dezembro por discordar do ministro-chefe da Secretaria Especial dos Direitos Humanos, Nilmário Miranda. Pinaud saiu atirando contra Nilmário por ele não ter assumido posição mais firme a favor da abertura dos arquivos do regime militar.

16 de novembro - O presidente do Banco do Brasil, Cássio Casseb, pede demissão do cargo devido a divergências internas com a ala petista que domina diversas diretorias do banco. A disputa de poder dentro do banco incluiu o vazamento de denúncias contra Casseb para a mídia, o que irritou o executivo. Casseb foi substituído interinamente por Rossano Maranhão, funcionário de carreira do banco.

18 de novembro - Frei Betto confirma que vai deixar o cargo de assessor especial da Presidência da República em dezembro por motivos pessoais. Amigo pessoal de Lula e conselheiro em programas sociais, como o Bolsa-Família, ele planeja continuar a trabalhar para o Planalto como consultor. Seu substituto ainda não foi anunciado.

18 de novembro - Carlos Lessa deixa o cargo de presidente do BNDES. Sua gestão foi atribulada. Desde os primeiros meses de governo, Lessa enfrentou rumores sobre sua iminente demissão devido a críticas à equipe econômica. O estopim da crise foi uma entrevista concedida por Lessa à Folha de S.Paulo na semana passada, na qual Lessa afirmou que a gestão do presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, era um "pesadelo". A pedido da equipe econômica, Lula decidiu pela saída de Lessa.

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