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21/11/2004 - 10h27

Corpo de Celso Furtado será enterrado neste domingo

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da Folha Online

O corpo do economista Celso Furtado será enterrado neste domingo, no mausoléu da ABL (Academia Brasileira de Letras), no cemitério São João Batista, em Botafogo (zona sul do Rio de Janeiro). Ele morreu por volta das 12h deste sábado, aos 84 anos.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decretou luto oficial de três dias pela morte de Furtado e deve comparecer à cerimônia.

A 11ª cadeira da academia era ocupada por Furtado havia sete anos. Vítima de um colapso cardíaco, o economista morreu em seu apartamento, em Copacabana (zona sul do Rio).
29.set.2003/Folha Imagem
O economista Celso Furtado, que morreu aos 84 anos, no Rio


Estiveram no velório, entre outras personalidades, o ex-ministro da Educação, senador Cristóvão Buarque, a governadora do Rio de Janeiro, Rosinha Matheus (PMDB), o ministro do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, Jaques Wagner, o ex-ministro Luis Carlos Bresser Pereira, o ex-secretário Darc Costa e Hélio Jaguaribe.

Doutor em economia pela Sorbonne, de Paris (França), Furtado foi o primeiro ministro do Planejamento da história do país (1962-64) no governo do presidente João Goulart (1961-64). Ele também ocupou a pasta da Cultura no governo de José Sarney (1985-90). Entre suas realizações, está a criação da Sudene (Superintendência para o Desenvolvimento do Nordeste) na década de 50.

Em uma de suas últimas manifestações políticas, Furtado assinou um abaixo-assinado organizado por petistas e personalidades em defesa da manutenção de Carlos Lessa no comando do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), que acabou demitido na última quinta-feira (18).

Na última semana, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva telefonou para o economista para explicar os motivos da demissão de Lessa.

Em novembro do ano passado, o Senado aprovou a indicação da candidatura de Furtado para o Prêmio Nobel de Economia por suas teorias sobre os países em desenvolvimento, formuladas principalmente na década de 60.

Minuto de silêncio

O anúncio da morte foi feito pelo senador Aloizio Mercadante (PT-SP), autor de um requerimento que indicou no ano passado o nome de Furtado para concorrer ao Prêmio Nobel de Economia. O petista estava na reunião do diretório nacional do Partido dos Trabalhadores em São Paulo. Os membros do PT prestaram homenagem ao economista fazendo um minuto de silêncio.

Mercadante disse que Furtado era um desenvolvimentista. "É um homem que nos ajudou em todo esse governo, incentivando, apoiando, sugerindo caminhos", disse. "Não só este, mas todos os governos democráticos do país tiveram de alguma forma a sua contribuição. É uma perda irreparável."

O líder do governo no Senado também lembrou que, em comum acordo com a economista Maria da Conceição Tavares, foi Furtado quem indicou Lessa para presidir o BNDES.

Homenagem

Em junho deste ano, Furtado foi homenageado durante a abertura oficial da Unctad (Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento).

Na ocasião, imagens da vida de Furtado foram projetadas em dois telões no auditório do Anhembi (zona norte de SP), enquanto o secretário-geral Rubens Ricupero relembrava a trajetória do economista.

Também foi apresentada, durante a homenagem, uma rara imagem de Furtado como militar brasileiro enviado à Itália para lutar na Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A Prefeitura de São Paulo mudou o nome do Grande Auditório do Anhembi, onde aconteceu a Unctad, para Economista Celso Furtado. O espaço foi reinaugurado, em um novo formato, por ocasião do encontro da Unctad, em junho.

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