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21/11/2004
-
12h28
da Folha Online, no Rio
O corpo do economista Celso Furtado foi enterrado neste domingo (21), às 12h, no Mausoléu dos Imortais da Academia Brasileira de Letras, no cemitério São João Batista, em Botafogo, no Rio.
O caixão com o corpo do economista chegou ao cemitério em um caminhão do Corpo de Bombeiros e sob a guarda de honra formada por cadetes da Academia da Polícia Militar do Rio de Janeiro.
A cerimônia de sepultamento foi rápida. O presidente da Associação Nacional dos Anistiaidos Políticos e Aposentados, Nilson Venâncio, pediu para que as pessoas presentes cantassem o Hino da Independência.
Entre as personalidades presentes ao enterro estavam a prefeita de São Paulo, Marta Suplicy, o escritor João Ubaldo Ribeiro, o ex-presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento), Carlos Lessa, o senador Eduardo Suplicy (PT-SP), o governador da Paraíba, Cássio Cunha Lima, o Corregedor Geral da União, ministro Waldir Pires, e o presidente da Academia Brasileira de Letras, Ivan Junqueira, entre outros.
O escritor João Ubaldo Ribeiro, também membro da ABL, disse ter vindo para fazer uma "homenagem derradeira" a Furtado. "Vou pouco à academia, mas costumava sentar junto a ele nas sessões. Era muito meu camarada, não chegava a ter intimidade comigo porque pouco convivemos e ele era de outra geração, mas era muito meu camarada", comentou.
Sem Lula
Apesar da expectativa geral de que o presidente Lula comparecesse ao enterro, a presidência não enviou nenhum representante oficial. A prefeita Marta Suplicy afirmou estar representando o PT. O senador Eduardo Suplicy disse ter vindo em nome do Senado, mas destacou a presença do futuro presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Guido Mantega. Ele compareceu ao velório, mas não acompanhou o enterro.
Ao chegar, Suplicy ainda afirmou que Lula deveria chegar "em instantes". Ele demonstrou surpresa ao saber que o presidente não iria comparecer. "Deve estar havendo algum motivo importante porque sei o quanto o presidente Lula tem estima e respeito pelo professor Celso Furtado", disse.
Questionado sobre o envio de um representante oficial da Presidência da República, Waldir Pires, disse que todos estavam representando o presidente.
História
Doutor em economia pela Sorbonne, de Paris (França), Furtado foi o primeiro ministro do Planejamento da história do país (1962-64) no governo do presidente João Goulart (1961-64). Ele também ocupou a pasta da Cultura no governo de José Sarney (1985-90). Entre suas realizações, está a criação da Sudene (Superintendência para o Desenvolvimento do Nordeste) na década de 50.
Em uma de suas últimas manifestações políticas, Furtado assinou um abaixo-assinado organizado por petistas e personalidades em defesa da manutenção de Carlos Lessa no comando do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), que acabou demitido na última quinta-feira (18).
Na última semana, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva telefonou para o economista para explicar os motivos da demissão de Lessa.
Em novembro do ano passado, o Senado aprovou a indicação da candidatura de Furtado para o Prêmio Nobel de Economia por suas teorias sobre os países em desenvolvimento, formuladas principalmente na década de 60.
Homenagem
Em junho deste ano, Furtado foi homenageado durante a abertura oficial da Unctad (Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento).
Na ocasião, imagens da vida de Furtado foram projetadas em dois telões no auditório do Anhembi (zona norte de SP), enquanto o secretário-geral Rubens Ricupero relembrava a trajetória do economista.
Também foi apresentada, durante a homenagem, uma rara imagem de Furtado como militar brasileiro enviado à Itália para lutar na Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A Prefeitura de São Paulo mudou o nome do Grande Auditório do Anhembi, onde aconteceu a Unctad, para Economista Celso Furtado. O espaço foi reinaugurado, em um novo formato, por ocasião do encontro da Unctad, em junho.
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Corpo de Celso Furtado é enterrado no Rio
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O corpo do economista Celso Furtado foi enterrado neste domingo (21), às 12h, no Mausoléu dos Imortais da Academia Brasileira de Letras, no cemitério São João Batista, em Botafogo, no Rio.
O caixão com o corpo do economista chegou ao cemitério em um caminhão do Corpo de Bombeiros e sob a guarda de honra formada por cadetes da Academia da Polícia Militar do Rio de Janeiro.
A cerimônia de sepultamento foi rápida. O presidente da Associação Nacional dos Anistiaidos Políticos e Aposentados, Nilson Venâncio, pediu para que as pessoas presentes cantassem o Hino da Independência.
Entre as personalidades presentes ao enterro estavam a prefeita de São Paulo, Marta Suplicy, o escritor João Ubaldo Ribeiro, o ex-presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento), Carlos Lessa, o senador Eduardo Suplicy (PT-SP), o governador da Paraíba, Cássio Cunha Lima, o Corregedor Geral da União, ministro Waldir Pires, e o presidente da Academia Brasileira de Letras, Ivan Junqueira, entre outros.
O escritor João Ubaldo Ribeiro, também membro da ABL, disse ter vindo para fazer uma "homenagem derradeira" a Furtado. "Vou pouco à academia, mas costumava sentar junto a ele nas sessões. Era muito meu camarada, não chegava a ter intimidade comigo porque pouco convivemos e ele era de outra geração, mas era muito meu camarada", comentou.
Sem Lula
Apesar da expectativa geral de que o presidente Lula comparecesse ao enterro, a presidência não enviou nenhum representante oficial. A prefeita Marta Suplicy afirmou estar representando o PT. O senador Eduardo Suplicy disse ter vindo em nome do Senado, mas destacou a presença do futuro presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Guido Mantega. Ele compareceu ao velório, mas não acompanhou o enterro.
Ao chegar, Suplicy ainda afirmou que Lula deveria chegar "em instantes". Ele demonstrou surpresa ao saber que o presidente não iria comparecer. "Deve estar havendo algum motivo importante porque sei o quanto o presidente Lula tem estima e respeito pelo professor Celso Furtado", disse.
Questionado sobre o envio de um representante oficial da Presidência da República, Waldir Pires, disse que todos estavam representando o presidente.
História
Doutor em economia pela Sorbonne, de Paris (França), Furtado foi o primeiro ministro do Planejamento da história do país (1962-64) no governo do presidente João Goulart (1961-64). Ele também ocupou a pasta da Cultura no governo de José Sarney (1985-90). Entre suas realizações, está a criação da Sudene (Superintendência para o Desenvolvimento do Nordeste) na década de 50.
Em uma de suas últimas manifestações políticas, Furtado assinou um abaixo-assinado organizado por petistas e personalidades em defesa da manutenção de Carlos Lessa no comando do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), que acabou demitido na última quinta-feira (18).
Na última semana, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva telefonou para o economista para explicar os motivos da demissão de Lessa.
Em novembro do ano passado, o Senado aprovou a indicação da candidatura de Furtado para o Prêmio Nobel de Economia por suas teorias sobre os países em desenvolvimento, formuladas principalmente na década de 60.
Homenagem
Em junho deste ano, Furtado foi homenageado durante a abertura oficial da Unctad (Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento).
Na ocasião, imagens da vida de Furtado foram projetadas em dois telões no auditório do Anhembi (zona norte de SP), enquanto o secretário-geral Rubens Ricupero relembrava a trajetória do economista.
Também foi apresentada, durante a homenagem, uma rara imagem de Furtado como militar brasileiro enviado à Itália para lutar na Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A Prefeitura de São Paulo mudou o nome do Grande Auditório do Anhembi, onde aconteceu a Unctad, para Economista Celso Furtado. O espaço foi reinaugurado, em um novo formato, por ocasião do encontro da Unctad, em junho.
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