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22/11/2004
-
13h19
ROSE ANE SILVEIRA
da Folha Online, em Brasília
A provável reformulação ministerial para conter a rebelião dos partidos que compõem a base do seu governo no Congresso foi o tema central das conversas entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e os ministros que o acompanham na recepção do presidente da Rússia, Vladimir Putin, nesta segunda-feira.
Antes de receber a visita oficial de Putin, Lula reuniu-se com o chamado "núcleo duro" e com a articulação política do governo. Depois, também teve conversas com os ministros Eunício de Oliveira (Comunicações), para tratar do PMDB, e com Luiz Fernando Furlan (Desenvolvimento e Indústria), para comentar sobre a nova chefia do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).
Alinhado ao Planalto, Eunício integra a ala do PMDB empenhada em conter a ameaça de rompimento do partido com o governo. Ele confirmou a realização de um almoço na próxima quarta-feira, em sua casa, entre a bancada do PMDB na Câmara e o presidente Lula.
Segundo o ministro das Comunicações, "o presidente Lula foi enfático, quer a coalizão, e tem de haver reciprocidade". Disse também que a tendência é costurar um acordo entre PT e PMDB para 2006, e "onde o PMDB for competitivo, o PT vai apoiá-lo, e onde o PT for mais forte, o PMDB vai apoiá-lo".
Para ele, a partir desse princípio, "a parte dissidente da sigla deverá entrar num acordo".
"Estamos trabalhando com a bancada, os diretórios, grupos, para tentar unificar o partido. Num momento que o Brasil tem um presidente que representa a sociedade, não pode dispersar, não pode se desvincular dessa imagem, de um governo popular", disse ele.
Eunício, no entanto, negou que ele e o presidente tenham conversado sobre novos cargos na Esplanada dos Ministérios hoje. "Não tratamos de cargos nem de nomes, quem decide isso é o presidente Lula."
O ministro Luiz Fernando Furlan não quis falar sobre a possibilidade de reforma ministerial. Disse apenas que terá uma relação "fraternal" com Guido Mantega, que deixou o Planejamento para assumir o BNDES.
Agnelo Queiroz (Esporte) também se recusou a falar da possibilidade de deixar a pasta. Na semana passada, o PP cogitou que assumirá o posto. "Cabe ao presidente da República dispor do cargo", disse Agnelo, que é filiado ao PC do B.
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da Folha Online, em Brasília
A provável reformulação ministerial para conter a rebelião dos partidos que compõem a base do seu governo no Congresso foi o tema central das conversas entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e os ministros que o acompanham na recepção do presidente da Rússia, Vladimir Putin, nesta segunda-feira.
Antes de receber a visita oficial de Putin, Lula reuniu-se com o chamado "núcleo duro" e com a articulação política do governo. Depois, também teve conversas com os ministros Eunício de Oliveira (Comunicações), para tratar do PMDB, e com Luiz Fernando Furlan (Desenvolvimento e Indústria), para comentar sobre a nova chefia do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).
Alinhado ao Planalto, Eunício integra a ala do PMDB empenhada em conter a ameaça de rompimento do partido com o governo. Ele confirmou a realização de um almoço na próxima quarta-feira, em sua casa, entre a bancada do PMDB na Câmara e o presidente Lula.
Segundo o ministro das Comunicações, "o presidente Lula foi enfático, quer a coalizão, e tem de haver reciprocidade". Disse também que a tendência é costurar um acordo entre PT e PMDB para 2006, e "onde o PMDB for competitivo, o PT vai apoiá-lo, e onde o PT for mais forte, o PMDB vai apoiá-lo".
Para ele, a partir desse princípio, "a parte dissidente da sigla deverá entrar num acordo".
"Estamos trabalhando com a bancada, os diretórios, grupos, para tentar unificar o partido. Num momento que o Brasil tem um presidente que representa a sociedade, não pode dispersar, não pode se desvincular dessa imagem, de um governo popular", disse ele.
Eunício, no entanto, negou que ele e o presidente tenham conversado sobre novos cargos na Esplanada dos Ministérios hoje. "Não tratamos de cargos nem de nomes, quem decide isso é o presidente Lula."
O ministro Luiz Fernando Furlan não quis falar sobre a possibilidade de reforma ministerial. Disse apenas que terá uma relação "fraternal" com Guido Mantega, que deixou o Planejamento para assumir o BNDES.
Agnelo Queiroz (Esporte) também se recusou a falar da possibilidade de deixar a pasta. Na semana passada, o PP cogitou que assumirá o posto. "Cabe ao presidente da República dispor do cargo", disse Agnelo, que é filiado ao PC do B.
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