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24/11/2004
-
09h22
da Folha Online
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva prometeu ontem conceder em 2005 um aumento maior para o salário mínimo do que o decidido para este ano e não vê mais espaço para o governo cortar gastos.
Apesar de afirmar que o aumento do mínimo estará "dentro do possível", que o governo não vai se comprometer com gastos maiores se não houver crescimento de arrecadação e que o Orçamento de 2005 será "realista", o presidente mostrou, durante entrevista para a TV Bloomberg, mais confiança de que o crescimento econômico reduzirá a pressão sobre as contas públicas.
A entrevista foi concedida no final da tarde de ontem, um dia após o presidente ouvir dos ministros petistas queixas sobre o excesso de cautela da política econômica e ataques contra o ministro Antonio Palocci (Fazenda).
Na entrevista, justificada pelo Palácio do Planalto pela inauguração da TV Bloomberg em Brasília, Lula, apesar de manter o discurso que agrada ao mercado, se mostrou mais compreensível com a ala do governo mais crítica sobre a política econômica.
Ele afirmou que o salário mínimo ainda "é muito baixo, mais baixo do que de outros países da América Latina".
Em 2004, o governo elevou o mínimo de R$ 240 para R$ 260. "Acho que podemos dar um aumento mais importante [em 2005] do que demos neste ano", afirmou.
Ele lembrou que tem um compromisso de campanha de recuperar o poder de compra do salário mínimo, mas disse que é obrigado a decidir também pensando nas prefeituras que não teriam condições de arcar com um forte aumento e com o próprio caixa da União.
Orçamento
Sobre o Orçamento de 2005, que deve ser votado pelo Congresso em dezembro, Lula afirmou que "agora o Orçamento será mais próximo da realidade, do que poderemos cumprir".
Ele afirmou que, após a aprovação do Orçamento de 2003 e 2004, o governo foi obrigado a cortar gastos. "Agora não temos mais o que cortar", disse.
Por outro lado, ele afirmou que o aumento da arrecadação gerado pelo crescimento econômico também não será gasto sem controle. "Não podemos permitir a farra do boi. (...) Não permitiremos que, porque a economia está crescendo um pouco, gaste-se demais", disse.
Reeleição
Lula ainda se recusou a responder pergunta sobre sua candidatura à reeleição em 2006. Segundo ele, o povo lhe concedeu um mandato de quatro anos e agora cabe a ele trabalhar para melhorar projetos sociais e fazer a economia crescer. "Isso [a reeleição] a gente discute no momento em que tiver que ser."
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Apesar de afirmar que o aumento do mínimo estará "dentro do possível", que o governo não vai se comprometer com gastos maiores se não houver crescimento de arrecadação e que o Orçamento de 2005 será "realista", o presidente mostrou, durante entrevista para a TV Bloomberg, mais confiança de que o crescimento econômico reduzirá a pressão sobre as contas públicas.
A entrevista foi concedida no final da tarde de ontem, um dia após o presidente ouvir dos ministros petistas queixas sobre o excesso de cautela da política econômica e ataques contra o ministro Antonio Palocci (Fazenda).
Na entrevista, justificada pelo Palácio do Planalto pela inauguração da TV Bloomberg em Brasília, Lula, apesar de manter o discurso que agrada ao mercado, se mostrou mais compreensível com a ala do governo mais crítica sobre a política econômica.
Ele afirmou que o salário mínimo ainda "é muito baixo, mais baixo do que de outros países da América Latina".
Em 2004, o governo elevou o mínimo de R$ 240 para R$ 260. "Acho que podemos dar um aumento mais importante [em 2005] do que demos neste ano", afirmou.
Ele lembrou que tem um compromisso de campanha de recuperar o poder de compra do salário mínimo, mas disse que é obrigado a decidir também pensando nas prefeituras que não teriam condições de arcar com um forte aumento e com o próprio caixa da União.
Orçamento
Sobre o Orçamento de 2005, que deve ser votado pelo Congresso em dezembro, Lula afirmou que "agora o Orçamento será mais próximo da realidade, do que poderemos cumprir".
Ele afirmou que, após a aprovação do Orçamento de 2003 e 2004, o governo foi obrigado a cortar gastos. "Agora não temos mais o que cortar", disse.
Por outro lado, ele afirmou que o aumento da arrecadação gerado pelo crescimento econômico também não será gasto sem controle. "Não podemos permitir a farra do boi. (...) Não permitiremos que, porque a economia está crescendo um pouco, gaste-se demais", disse.
Reeleição
Lula ainda se recusou a responder pergunta sobre sua candidatura à reeleição em 2006. Segundo ele, o povo lhe concedeu um mandato de quatro anos e agora cabe a ele trabalhar para melhorar projetos sociais e fazer a economia crescer. "Isso [a reeleição] a gente discute no momento em que tiver que ser."
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