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25/11/2004 - 22h01

PF prende na Bahia mais três suspeitos da chacina em MG

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PAULO PEIXOTO
da Agência Folha, em Belo Horizonte
THIAGO GUIMARÃES
da Agência Folha, em Felisburgo

A Polícia Federal prendeu hoje na cidade baiana de Itajuípe (distante 30 km de Ilhéus) mais três suspeitos de terem participado no sábado passado da chacina de sem-terra em Felisburgo, quando pelo menos 11 homens invadiram o acampamento do MST e mataram cinco sem-terra e feriram outros 13.

Com as prisões de hoje, já são seis homens presos. Outros cinco estão sendo procurados, entre eles o fazendeiro Adriano Chafik Luedy, que a polícia diz ser o "autor intelectual e direto" do crime, juntamente com o parente dele Calixto Luedy Filho. As buscas a eles prosseguem, principalmente na Bahia. A Justiça mineira expediu mandados de prisão temporária para todos eles.

O delegado Samuel Rodrigues Martins Oliveira, da PF em Ilhéus, disse que Edvan Luiz dos Santos e Senilson Marcílio dos Santos foram presos em suas respectivas casas, em Itajuípe. Wadson Teixeira de Jesus, o terceiro suspeito, se apresentou espontaneamente na PF de Ilhéus. Segundo o delegado, Luedy não foi encontrado nas suas propriedades em Itajuípe.

Wadson Jesus e Senilson Santos seguiram ontem mesmo para Minas Gerais. Edvan deve seguir hoje para Felisburgo, já que ficou na PF para que fosse lavrada ocorrência por porte ilegal de arma, que os agentes encontraram na sua residência. Ele também possuía identidade falsa.

A PF em Montes Claros (MG) informou que o que facilitou chegar aos três suspeitos na Bahia foi o inquérito instaurado em 2002 pela Polícia Civil mineira, no qual os três foram denunciados pelos sem-terra por ameaçá-los de morte. No inquérito estava o endereço deles.

O delegado da Polícia Civil que preside o inquérito da chacina, Wagner Pinto, disse que, com mais essas prisões, vai poder saber se eles de fato participaram da chacina. Pinto disse que os três eram contratados para fazer a segurança eventual da fazenda Nova Alegria, palco das mortes dos sem-terra.

"As prisões vão nos proporcionar fazer o reconhecimento deles junto aos sem-terra, verificar o álibi deles e estabelecer o vínculo deles com o sr. Adriano. Isso vai permitir individualizar a participação deles. Se, por ventura, não tiverem envolvimento, serão liberados."

A reportagem não conseguiu falar com os detidos ou com seus advogados.

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